A Substituta

A Substituta

Capítulo 1

⚠️Minhas histórias são sobre mocinhas frágeis e sonhadoras que esperam seu príncipe encantado. Se você gosta de histórias assim, fique à vontade!

Boa leitura*‼️*

Personagens:

Henrique Sorrentino

Melissa Alves

Capítulo 1

— Droga, droga! Arrrghr! — Urrou Henrique atirando o celular o mais longe possível, enquanto gritava uma sequência de palavrões.

— Calma, cara! — Era a calma voz do seu amigo e advogado Arthur.

— Como assim, calma? A Marcela acaba de me abandonar, Arthur! Como você me pede pra

ter calma?

Henrique estava desnorteado. A porta do quarto se abriu.

— O que está acontecendo aqui? — Era Isabela, atraída pelos gritos do irmão.

— Entre e feche a porta! — Pediu Arthur e ela prontamente obedeceu.

Henrique sentou-se à beira da cama desolado. Ele estava começando a se arrumar para a

cerimônia do seu casamento, quando recebeu uma mensagem de sua noiva terminando

tudo.

— E então Henrique, o que tá acontecendo? — Repetiu a irmã.

— A Marcela fugiu com o André. — Respondeu sem rodeios seu amigo Arthur, enquanto

recolhia o celular do chão que, por sorte, não estava espatifado pois a cortina

amorteceu sua queda — Ela enviou uma mensagem agora há pouco.

Isabella pegou o aparelho e leu em voz alta:

“Sinto muito, mas não posso me casar com você. Tentei te amar, mas não

consegui. Estou apaixonada por outra pessoa e não podemos mais negar o que

sentimos. Se nos casarmos seremos infelizes. ”

— Meu Deus! Que vaca! E como você sabe que foi com o André que ela fugiu? — Perguntou

Isabela, pálida como uma vela.

— O desgraçado teve a audácia e a cara de pau de me ligar contando tudo! Tem quase

um ano que eles estavam me traindo… Bem debaixo do meu nariz! — Respondeu

Henrique.

— Nossa... Seu melhor amigo??? — Isa ainda não conseguia acreditar.

— Isso é questionável!  O melhor amigo sou eu! — Reclamou Arthur.

— Sim, mas o André é amigo de infância! — Informou ela.

— ERA amigo. Pelo menos pensei que fosse... — Corrigiu Henrique — E sim, é o mesmo André que ajudei e

apoiei por várias vezes, sem questionar! Colocaram o nome do apóstolo errado

nele, teria que ser Judas! Desgraçado!

— Nossa, maninho, eu sinto muito por você! — Falou Isabela e depois de uma pausa, perguntou: — Como a Marcela teve coragem pra acabar com tudo assim, apenas enviando uma mensagem? Por que

ela fez isso?

Henrique levantou-se agoniado.

— Porque é uma descarada, uma vadia! Porque não presta! Aliás, todas as mulheres são assim, um bando de

interesseiras, manipuladoras, desgraçadas! — Henrique gritava com muita fúria.

Isa sobressaltou-se.

— Ei, olha como fala! Eu sou sua irmã e também sou mulher!

— E é tão dissimulada como qualquer outra!

— Henrique! — Ela levou a mão ao peito, ofendida e de boca aberta.

— Pensa que não reparo no jeito que fica cozinhando o Arthur, se insinuando pra ele e tirando o corpo fora? Fazendo seu joguinho de sedução pra ele comer na sua mão como um animalzinho domado?

Você é como todas as outras, Isabela!

— Pega leve Henrique! — Repreendeu Arthur, que olhou para Isabella constrangido. Ela lhe devolveu o mesmo olhar.

Isabella enrijeceu sua feição e encarou o irmão.

— Eu vou relevar, porque sei que você está passando por um momento difícil e não está pensando direito — Declarou aborrecida e depois de respirar fundo, perguntou: — Devo avisar a todos que não

vai mais ter casamento?

Henrique se levantou subitamente e se colocou diante do espelho começando a fazer o nó da gravata.

— Não! — Disse ele decidido — Vai ter casamento sim!

Isabella e Arthur se olharam sem entender.

— Eu não vou permitir que o idiota do meu primo fique com a presidência da empresa só porque é casado! — Continuou ele — Como se isso fosse lhe dar competência! Ainda mais com aquela parasita e

fútil da Silvana que faz dele o que quer! O Lucas não tem aptidão alguma para ser presidente! O casamento está de pé!

Arthur olhou para Isabella e girou o dedo indicador envolta do ouvido, insinuando que o amigo estava louco.

Isabella perguntou:

— O que está dizendo? Como assim o casamento está de pé? Você sabe que a noiva é parte essencial, não sabe?

Henrique se virou para a irmã já todo alinhado, ajeitando as abotoaduras da camisa e respondeu tranquilamente:

— Eu vou arrumar uma noiva em meia hora, então tudo vai sair como manda o figurino — Ele aproximou-se de Isabela e segurou em seu queixo — e quanto a você, coloque seu sorriso lindo no rosto e

comece a receber os convidados!

— Henrique...

— Eu sei que você pode me ajudar, maninha... E vai me ajudar!

Ela meneou a cabeça.

— Não me meta em confusão, Henrique!

— Não tem nada de confusão, Isa! É só o meu casamento!

— Mas Henrique...

— Faça o que estou dizendo, Isabela! Conduza tudo normalmente e não conte nada sobre o que aconteceu à ninguém! Se a Marcela acha que vai me envergonhar, ela está muito enganada! — E virando-se

para o amigo, falou: — Arthur, você vem comigo!

—Eu? Pra onde?

— Vem! No caminho eu te explico.

Arthur, mesmo sem entender, seguiu o amigo. Henrique Sorrentino era o filho mais velho do casal Eugênia e Giovani Sorrentino, donos do Grupo Sorrentino e da marca SottoSapore uma das

maiores empresas do ramo alimentício do país. A empresa era um império

centenário dividido entre os irmãos Sorrentino, Giovani e Francesco. Giovani,

no entanto, detinha maior parte das ações da empresa por ser mais velho e mais

atuante que o irmão. Também era o atual presidente da SottoSapore, mas estava

prestes a passar o bastão para Henrique. Henrique havia se preparado a vida

toda para esse momento. Sempre soube que ao completar trinta anos se tornaria o

presidente da empresa, mas para isso precisava ser casado.

A família Sorrentino era conservadora e prezava por algumas tradições. Para eles, o presidente teria que

ser exemplo em todos os sentidos e a solteirice era malvista, já que essa

poderia ocasionar uma vida desregrada. O casamento também lhe garantiria filhos

legítimos para continuar o legado. Henrique tinha mais dois irmãos, Isabela de

vinte três anos e Vitório de vinte e cinco. Seu tio Francesco tinha dois

filhos, Lucas de trinta anos e Paola de vinte e quatro. Todos eles se envolviam

na empresa de alguma forma, menos Isabela que sonhava em ser uma grande

estilista e se dedicava à faculdade de moda. Quanto às regras impostas pela

empresa, Henrique achava tudo isso uma babaquice e com certeza teria batido de

frente com elas se não tivesse se apaixonado por Marcela.

Henrique nunca se considerou o tipo de cara que se casaria, mas ao conhecer Marcela, não pensava em outra coisa. Estavam juntos há três anos e a cada dia se mostrava mais amarrado a ela.

Depois de ter passado por duas decepções anteriores, estava certo de que Marcela era a mulher de sua vida e a

futura mãe de seus filhos. Ela era tudo que um homem poderia sonhar. Estava começando uma promissora carreira de designer gráfica. Uma mulher sofisticada, bem resolvida e linda. Alta, elegante, a pele alva e os olhos azuis contrastando com os cabelos negros em um corte Chanel sofisticado. Henrique a

considerava seu prumo, o alicerce da relação. Porém, em poucas horas tudo veio

abaixo. Todos os planos e sonhos com aquela mulher se transformaram em um vazio

gigantesco. Ela não era quem ele pensava. Esteve fingindo todo esse tempo,

enquanto dormia com seu amigo. Lembrou-se de André se gabando das noites

ardentes com “a garota misteriosa” que ele nunca dizia quem era. Era ela.

Henrique agora tinha certeza. Era demais para ele essa traição dupla. Se imaginou

matando os dois de várias formas diferentes. É claro que ele não faria isso.

Não iria estragar sua vida por causa daqueles vermes! Mas era satisfatório

imaginar. O fato é que Henrique se fechou completamente depois de ter recebido

aquela mensagem e estava agindo roboticamente. Ele dirigia apressadamente com

Arthur ao seu lado. Arthur não estava entendendo nada.

— Para onde estamos indo? — Perguntou o amigo.

— Vamos ao Moulin Rouge — Respondeu Henrique calmamente.

— O quê? E o que vamos fazer lá?

— Eu acho que fui bem claro quando disse que iria arrumar uma noiva.

Arthur sobressaltou-se.

— Você vai arrumar uma noiva num cabaré?

— Por que não? Só porque são vadias? Qual é, meu amigo? Todas são!

Arthur o olhava assustado.

— Você está perdendo a razão, Henrique!

— Muito pelo contrário! Eu nunca enxerguei as coisas com tanta clareza como agora. É a melhor opção. Me casando com uma prostituta vai ser algo muito prático. Vou fazer dela o que eu quiser e

nunca mais uma mulher vai me fazer de bobo!

— Não estou entendendo. O que você está pensando em fazer?

— Vou tratar essa mulher como deveria ter tratado todas as vagabundas que passaram pela minha

vida! A Bárbara, a Suzane e... A puta da Marcela! — Ele gritou o nome de suas

ex-namoradas com muita raiva, mas no último nome sua voz estava embargada — Vou

fazer da vida dela, da minha futura esposa, um inferno! Escreve o que eu tô

dizendo!

— Tá, eu entendi. Você tá muito puto, mas é melhor se acalmar! Vamos voltar... Melhor, vamos pra

minha casa. Fica lá um tempo, se isola, esfria a cabeça e deixa que eu e a

Isabela resolvemos tudo pra você...

— Não, não! Você não entendeu, Arthur! Não há nada que me impeça de me casar hoje!

Arthur meneou a cabeça.

— Você quando coloca uma coisa na cabeça...

— Isso, você já entendeu!

— Tá, se quer se casar a qualquer custo, tudo bem! Mas precisa ser com uma mulher dessas? Você

tem um monte de amiguinhas, ex-paqueras...

— Não, não! Quero me casar com uma prostituta!

— Mas por quê, Henrique? Cê tá ficando doido, cara?

— Muito simples! Com uma prostituta não terei expectativas e nunca vou me decepcionar. Saberei

exatamente quem estará do meu lado e terei alguns privilégios como homem.

Arthur o olhou meio assustado e perguntou:

— E que garantia você tem de que alguma delas vai querer se casar com você?

— Muito fácil! Todo mundo tem seu preço. Aposto como qualquer vadia dessas vai lamber o chão

que eu piso por causa de uns trocados.

— Eu tenho minhas dúvidas. Ficar com um cara por umas noites até pode ser, mas se casar?

— Pois eu tenho certeza que nem vou precisar negociar muito.

— Aposto como vai ser perda de tempo ou só vai conseguir sair daí com uma noiva depois de lhe

oferecer uns dois milhões.

Henrique sorriu de lado e falou:

— Apostado então. Quero sua garrafa de

Dalmore 15 anos.

Arthur sorriu também e disse:

— Feito.

— Assista e aprenda! — Falou Henrique estacionando o carro.

Ao entrarem no estabelecimento, se depararam com o que ainda eram os preparativos para

iniciarem os trabalhos. Algumas garotas estavam ensaiando alguns passos de

dança, a limpeza do lugar ainda estava sendo feita, o barman organizava sua

área de trabalho, mas já estava atendendo. O bar estava funcionando, por isso

eles entraram normalmente. Arthur estava visivelmente constrangido e seu

constrangimento se intensificando à medida em que as moças iam notando a

presença deles, lançando olhares insinuativos. Henrique avistou uma moça muito

bonita de cabelos longos e castanhos, levemente ondulados e olhos escuros

expressivos. Ela parecia estar tão deslocada no local quanto eles. Henrique se

aproximou dela e disse depois de pigarrear:

— Com licença! Você trabalha aqui?

A moça levou um leve susto, mas respondeu:

— Si...Sim, eu trabalho aqui.

— Desculpa... Você é uma das garotas do Moulin, certo?

— Garota de quem?

— Quero saber se você é uma das garotas da boate... Você sabe...

— Ah, sim, eu sou — Respondeu ela ajeitando o vestido, empinando o peito para frente.

Henrique olhou para Arthur como se confirmasse que se tratava de uma boa escolha. Ela olhou

para eles meio desconfiada. Ele desceu o olhar pelo corpo dela analisando cada

detalhe e pareceu gostar do que viu a julgar pelo risinho malicioso estampado

em seu rosto, deixando a moça sem jeito. Ela usava um vestido curto, colado ao

corpo na cor creme com lantejoulas douradas.

— O que o senhor quer? — Perguntou ela receosa.

— Tenho uma proposta a te fazer! — Disse ele finalmente a encarando.

— Olha, o expediente ainda não começou — Informou ela desviando o olhar.

Ele a encarou com olhos semicerrados.

— Nós já não nos conhecemos? — Perguntou ele curioso.

— Não que eu sabia — Respondeu ela prontamente

— Engraçado, parece que te conheço de algum lugar— Observou ele intrigado.

— Acho que está enganado.

— É, pode ser...

Ela limpou a garganta e retomou o assunto de antes:

— O senhor falou de uma proposta...

Ele sacudiu a cabeça.

— Ah, sim! Bem, é o seguinte… Quero que venha comigo!

Ela inclinou a cabeça para um lado contraindo os lábios e respondeu:

— Hoje eu só vou dançar... Não posso sair daqui.

Ele deu uma risadinha e falou:

— Você não entendeu. Quero que se case comigo! — Descarregou ele sem mais, nem menos.

— O quê? — a moça franziu a testa em dúvida se tinha ouvido direito — O que disse?

— Eu preciso me casar, preciso de uma noiva e gostei de você.

Ela sorriu amplamente revelando o quanto seu sorriso era bonito.

— Essa foi a cantada mais estranha que já ouvi! — Exclamou ela ainda sorrindo.

— Não foi uma cantada. — Retrucou ele com um semblante fechado — Eu realmente preciso que

venha comigo agora! Preciso que se case comigo ainda hoje — Sua voz era grave,

autoritária e veemente.

Ela ficou séria e perguntou:

— Isso é uma brincadeira, não é?

Ela olhou para Arthur, que estava ao lado, para que ele confirmasse, mas o olhar dele só

admitiu que Henrique estava falando sério. A garota olhou em volta e percebeu

que a conversa deles estava começando a chamar a atenção das pessoas, então

abaixou o tom de voz e disse:

— Olha, eu não sei de onde o senhor saiu, mas aqui não é o lugar mais adequado para se

conseguir uma noiva. Sugiro que use o Tinder. Agora se me der licença...— Ela

tentou se afastar, mas Henrique a segurou pelo braço.

— Espere! Eu acho que não fui claro... Qual é mesmo o seu nome?

Ela o olhou por um instante, apreensiva.

— Melissa — Respondeu ela enquanto ele a soltava.

Henrique então, com ar persuasivo e com convicção, falou apressadamente:

— Melissa, eu me chamo Henrique. Hoje é o dia do meu casamento e a minha noiva me deixou, foi

embora com meu melhor amigo, ex-melhor amigo e eu estou muito, muito puto com

tudo isso... Mas eu preciso me casar ainda hoje por motivos muito fortes que eu

não posso explicar agora e gostaria muito que você me ajudasse...

Ela o encarou intrigada e falou piedosamente:

— Eu sinto muito pelo que te aconteceu, mas eu não posso me casar com o senhor...

— Por que não?

— Ora, porque não...

—Por acaso você é casada?

— Não...

— Tem namorado ou compromisso com alguém?

— Não, mas...

— Qual o problema, então?

— O problema é que eu nem te conheço...

— Teremos todo tempo do mundo pra nos conhecermos...

— Eu não posso fazer isso!

Henrique estalou a língua chateado, passou a mão na testa e arriscou:

— Eu pago.

— Hã?

— Eu pago muito bem!

Melissa o olhou curiosa.

— Está querendo comprar uma esposa, é isso?

— Você não me deixou alternativa.

— O senhor não deveria fazer isso!

— Por que não, se eu posso? — Revelou ele com arrogância. — O que me diz?

Foi a vez de Melissa passear o olhar pelo moço de corpo inteiro e se certificar de sua

beleza e elegância. Era um belo espécime masculino. Pele bronzeada, olhos

verdes, cabelos castanhos e alinhados, queixo quadrado e simétrico e barba por

fazer. Ele parecia um modelo de revista. Usava um terno feito sob medida, mas

dava para perceber seus músculos bem definidos, distribuídos em seus quase um

metro e noventa de altura.

Definitivamente um homem daqueles não precisaria pagar nenhuma mulher para ficar com ele.

Melissa corou ao perceber que ele notara que ela estava reparando nele e

gostando do que via. Ela desviou o olhar e perguntou:

— Quanto você pagaria?

— O quanto você quiser — Respondeu ele lançando um sorrisinho para o amigo afim de lembra-lo da

aposta. Arthur já estava de queixo caído.

— Sério? O quanto eu quiser? — Perguntou Melissa animada.

— Exatamente.

— Pode ser... Cem mil? — Insistiu ela em dúvida.

— É o que você quer?

Ela arregalou os olhos.

— Sério que me pagaria cem mil?

— Até mais, é só me passar sua conta — Respondeu Henrique tranquilamente.

— Isso é loucura!— Exclamou a moça, mas já começando a ceder.

— E então? — Perguntou Henrique mais uma vez.

Ela ficou pensativa alternando o olhar entre Henrique e Arthur ponderando sobre a proposta.

— E pra quando seria isso?

— Quando? Eu já disse. Agora, garota!

— O quê?

Henrique a apressou:

— Está todo mundoesperando. O casamento já está montado. A decoração está toda e “H e M”. As

iniciais dos nossos nomes. Tá vendo? Até isso vai dar certo. Posso fazer a

transferência?

— Mas eu não posso me casar vestida assim!

— Está ótimo! Vamos?

— Espera! Eu preciso saber uma coisa!

— Diga!

— Quanto tempo duraria esse casamento?

Henrique suspirou e falou:

— É aquela velha

história: Até que a morte nos separe!

— Como assim? Quer dizer que vou viver presa num casamento de fachada?

—Que casamento de fachada o quê? É um casamento normal, menina!

— Normal?

—Sim! Você aceita ou não? — Henrique estava começando a perder a paciência.

Melissa sorriu mais uma vez, dessa vez de nervosismo por estar realmente pensando em aceitar

aquela proposta descabida, quando finalmente falou:

— Tudo bem. Não é nem de longe o pedido de casamento que eu sonhei... Mas, realmente não vai ser

um casamento de aparências?

Henrique segurou-a pelos ombros um de cada lado e, usando a última gota de paciência, olhou-a bem nos olhos e falou:

— Olha, já disse que é um casamento normal. Eu estou te pedindo pra se casar comigo, ser minha

esposa, minha companheira, a mãe dos meus filhos. Me apoiar em tudo o que eu

vou ter que enfrentar ainda na minha vida complicada — ele deslocou o olhar do

rosto dela para outras partes se seu corpo, analisando tudo de perto e limpando

a garganta, concluiu: — Você vai ter que mudar de vida. Vai ter que aprender a

se comportar como uma dama e vai ser só minha e de mais ninguém. Não pode nem cogitar a voltar aqui, entendeu?

Melissa o olhava assustada. Se não fosse pela arrogância com que ele falava, até que teria sido um belo pedido de casamento.

— Entendeu? — Insistiu ele sacudindo-a.

— Sim, entendi!

Está me machucando! — Reclamou ela.

— Desculpa! — Disse ele afrouxando a mão— É que estou com um pouco de pressa.

— Tudo bem, eu aceito — Respondeu ela.

Henrique vibrou aliviado e puxou o celular.

— Você está com seus documentos aí? — Perguntou ele.

— Sim. — Respondeu ela abrindo a pequena bolsa que trazia consigo retirando seu RG.

Henrique tirou uma foto do documento com seu celular e virou-se para Arthur.

— Arthur, pode fazer a transferência.

Arthur meneou a cabeça ciente que iria perder a sua garrafa de whisky.

— Eu não tô acreditando nisso! — Resmungou ele retirando seu tablet do bolso interno do paletó.

Henrique sorriu e virando-se para Melissa ordenou:

— Passa suas informações pra ele e em seguida nós vamos!

Arthur iria fazer

a transferência dos cem mil para Melissa ali mesmo, enquanto Henrique

afastou-se para atender a vigésima ligação da sua irmã.

— Onde você está,

Rique? Eu não sei mais o que fazer pra segurar essa gente! — Reclamou Isabela

— Calma, já

estamos indo! Vou te enviar uma foto da identidade da minha nova noiva. Passe

para o juiz de paz e para a cerimonialista.

— Henrique, você

é maluco! O papai já está fazendo muitas perguntas!

— Estamos indo, Isa! Conversamos pessoalmente.

⚠️Recado:

Se quiser participar do grupo de leitura, mande um “Oi, quero participar do grupo!” para o número

(94)98148-0010 e vou enviar o convite.

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Comments

Vaniza Goncalves

Vaniza Goncalves

não gosto muito disso ,se quiser separar as cenas tudo bem,mais não deixa uma frase incompleta pra botas espero fica chato,fica fazendo pausa pra ir pra outra linda tem hora que acho até que não tá completo .so uma dica

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