Marcela se arrefeceu após a atividade sexual e espichou-se na espreguiçadeira muito pensativa. André levantou-se dizendo que iria preparar algo para comerem. Eles estavam em total clima de lua-de-mel em um flat privado na cidade de Petrópolis. Enquanto ele se afastava, Marcela pegou o celular e leu novamente a reportagem do casamento de Henrique. Chamou sua atenção a parte que enalteciam “o vestido da noiva que tinha sido cuidadosamente desenhado por sua cunhada Isabela Sorrentino.”
— Aff, que brega! Um vestido da Isabela! — Exclamou com desprezo.
Marcela ficou olhando a foto do casal. Ampliou o rosto de Melissa na tela e uma onda de ódio a invadiu.
— Quem é você, vadia?
Henrique chegou à empresa muito animado para voltar às atividades.
Cumprimentou os funcionários que o parabenizaram pelo casamento e dirigiu-se à sala do seu pai. Giovani já esperava por ele.
— Bom dia, papai! — Cumprimentou ele sorrindo.
— Bom dia! Parece estar de bom humor.
— Estou empolgado!
— Vamos ver se essa empolgação continua depois de nossa conversa.
— Por que está dizendo isso? Eu espero que o senhor tenha colocado a mão na consciência e chegado à conclusão que colocar o Lucas na presidência
será um desastre!
— Não, não se preocupe com isso! — Giovani suspirou rendido — A presidência vai para suas mãos de qualquer forma. Consultei o conselho e todos foram unânimes.
Henrique sorriu satisfeito.
— Sério?
—Sim, mas comemore depois. O problema são os números. — Seu pai lhe entregou uma pasta.
— O que tem os números? — Perguntou Henrique ao mesmo tempo em que analisava os papéis.
— Acredito que você irá receber a empresa em sua pior fase. — Revelou Giovani.
Depois de se inteirar do conteúdo da pasta que mostrava a situação da empresa, Henrique falou:
— Isso não pode estar certo! Algo de muito errado está acontecendo aqui, pai!
— Veja as páginas seguintes.
Henrique folheou as folhas da pasta.
— Mas o que é isso? O mesmo balancete com resultados diferentes?
— Exatamente! Alguém está maquiando os resultados ou alguém cometeu um grande erro e tentou consertar.
— Isso é muito sério!
— Põe sério nisso! Essa informação me chegou nas mãos ontem. Eu não te disse nada pra não te aborrecer.
Henrique suspirou e sentou-se pensativo, ainda analisando a pasta.
— Eu vou descobrir o que está acontecendo. — Prometeu ele.
— Exatamente por isso eu resolvi te passar a presidência. Você sabe que eu poderia jogar essa decisão para o conselho, mas não quero perder tempo com
isso.
— Muito obrigado por reconsiderar!
Giovani ocupou o seu lugar e disse:
— Você me tirou do sério se casando com aquela moça, levando em conta quem ela é, mas...
— Mas?
— Ela é uma boa moça! — Confessou ele e parecia estar sendo sincero.
— É sério isso? — Perguntou Henrique desconfiado.
— Claro, por que não seria? A Melissa tem muito potencial, Henrique. Cabe a você trabalhar.
— Engraçado, o senhor não era tão amável assim com a Marcela. Pelo menos, não no início. Levou um bom tempo pra que pudesse aprová-la, e mesmo
assim, sempre se mostrou relutante.
— E pelo visto eu estava com razão, não é mesmo?
Henrique puxou o ar pela boca e mudou de assunto:
— Bem, eu vou me aprofundar mais nesse relatório. Estarei em minha sala.
Assim que Henrique saiu, Giovani ligou para o seu detetive.
— E então, Pacheco, como estão as investigações?
— Descobri algumas coisas muito interessantes!
Henrique entrou em sua sala e pouco depois Arthur apareceu.
— Bom dia! — Cumprimentou ele.
— Bom dia! Que bom que apareceu, já ia te chamar! — Falou Henrique.
— Alguma emergência?
— Surgiram uns problemas aí, mas preciso ver a questão das audiências que você me falou.
Arthur acomodou-se do outro lado da mesa e abriu sua maleta.
— E então, como foi com a Mel ontem?
— Tudo tranquilo!
— Mesmo?
—Vou levá-la pra jantar nesse fim de semana — Falou Henrique sorrindo de lado.
— Já aconteceu alguma coisa entre vocês?
— Não, não aconteceu nada.
— E por que não?
— Porque não!
— Por que tanta relutância? Ela é sua mulher, Henrique! Uma mulher bonita! E você
disse que não era um casamento de aparências. O que tá te impedindo?
— Ainda não é o momento!
— Ah, cara, não me diga que ainda não teve vontade de provar aquela belezura! E
sem essa de que ela não faz o seu tipo, porque eu sei que isso é mentira. Hein,
nunca teve vontade?
Henrique meneou a cabeça negativamente e sorriu.
— Claro que sim, né cara! Eu não sou cego! E sou homem, né?
— Eu sabia! Aquela conversinha fiada de que ela não te atrai em nada. Tava
babando pela mulher!
— Também não é assim!
— Não? E aquela ceninha de ciúmes quando ela disse que queria estudar?
— Eu tenho motivos pra isso. Ela veio de uma vida torta, Arthur! Eu preciso me
resguardar, não é ciúme!
— Ah, Henrique, com quantas garotas de programas você já saiu? Não seja
hipócrita!
—Tem muitas no meu histórico, mas com essa aí é diferente...Eu só vou pra cama com
ela quando...
— Por favor, — Arthur juntou as mãos como se implorasse — Não me diga que é
quando quiser ter filhos!
— Não, Não! — Henrique fez um suspense — Será quando ela quiser. Quando ela
tentar me seduzir, porque eu sei que ela vai. Quando mostrar quem ela realmente
é e sair desse personagem de garota inocente que ela criou.
— Você acha mesmo que é um personagem?
— Claro que é! Conseguiu enganar toda minha família. Até o meu pai! Mas a
mim ela não engana e sei que logo, logo ela vai se revelar.
— Então, você quer que ela tome a iniciativa?
— Exatamente!
Arthur olhou para o amigo com olhos semicerrados e perguntou:
— Você ainda não percebeu que a Mel morre de medo de você, Henrique?
— Medo? De onde você tirou isso?
— Cara, você só fala com ela berrando! Ameaçou matar a menina! Até eu fiquei com
medo!
— Que exagero! Pois eu vou provocá-la! Vamos ver até onde ela vai!
— Pega leve com ela! Ela só tem 22 aninhos, cara! — Arthur falava em tom de
brincadeira— Você é um cara muito mau! Se continuar assim, nunca vai provar o
sabor da Mel!
— Hoje você não vai tirar o meu bom humor, porque está falando com o, já
confirmado, futuro presidente da Sottosapore!
— Olha só! Parabéns, senhor, já confirmado, presidente!
Henrique olhou os papéis em volta da mesa e bateu as palmas das mãos uma na outra.
— Vamos parar de conversa fiada e trabalhar!
— Estamos aqui pra isso.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Hanna
kkkkkkkkkkkkkk o tanto que to rindo não é pouco
2025-03-31
0
Bernadete Lopes
Ele é que vai ficar louco por ela.
2024-11-18
0
Ana Lúcia
a vadia é você não ela biscate
2024-10-18
0