Capítulo:09

Desde que fiquei nessa cadeira de rodas que não saia de casa e hoje Joaninha, conseguiu o que muitos não conseguiu. Confesso que foi melhor que eu imaginei.

— De onde vocês estão vindos?– Joselino, sorrir ao perceber um brilho no olhar do filho.

— Estamos a chegar da rua papai.–Ethan, ouvi o choro da criança e fecha os olhos.

— Que bom! Filho, fico feliz que você está se abrindo para o mundo novamente. — Joselino, olha a hora.

— Você é a mamãe, vão sair? — Ethan, nota o pai arrumado.

— Sim, filho, entretanto vou ter que ir sozinho porque a Violeta, teve uma emergência.– Joselino, se levanta e vai se servir de uma bebida.

Não consigo olhar para a minha filha desde que descobrir que ela não é minha filha. No dia que descobrir a traição daquela mulher minha vida tornou-se um inferno. Pois, graça a ela e aquele traído que se dizia meu amigo estou na situação que estou hoje.

Lembranças de nove meses atrás: estávamos a comemorar três anos de casados e sair da empresa, mas cedo para fazer uma surpresa para ela e quem foi surpreendido fui eu.

Cheguei em casa não encontro ninguém a casa está no completo silêncio na certa a Lucrécia, está preparado uma surpresa no nosso quarto. Vou a subir com cuidado e ao chegar perto do nosso quarto ouvir voz e gemido.

O meu sangue gela na hora ao abrir a porta vejo a pior cena que jamais imaginei que fosse ver na minha vida: a mulher que falava que eu era tudo para ela estava calvogando no meu melhor amigo, ou melhor, ex-amigo. Pois, amigo que amigo não faz uma traição dessa que eles me fizeram.

Ali desconfie que a minha princesinha, poderia não ser minha filha. Não conseguir controlar a minha raiva e enchi a cara do maldito de soco até ouvir o maldito falar que a Vitória, não era minha filha e sim dele.

Ali não conseguir ver nem ouvir mais nada foi quando sair feito louco pela cidade e quando cheguei na Marginal Tietê tudo ficou escuro e não conseguir ver mais nada.

Acordei dias depois no hospital e tudo se passava com um filme na minha cabeça a traição da mulher que amava o meu melhor amigo malditos seja esses dois. Meus pais não entendem minha reação ao expulsar ela do quarto e quando explico para ele nota a decepção nos olhares deles.

E desde então o papai assumiu o cargo de Diretor executivo na (empresa) novamente: o Magazine Safra e estávamos a querer expandir para outras cidade até tudo isso acontecer comigo.

Fiz cirurgia e os médicos foram bem otimista, porém meu interesse está a zero por cento. Os dias só foram a piorar e cada dia transformei-me em outra pessoa completamente.

Voltado do passado para os dias atuais. Ouvir a menininha que era a luz dos meus olhos chorar é como abrir a ferida no meu coração. Isso dói na minha alma porque ao ver ela lembra-me de tudo que aquela mulher fez comigo. Eu sei que ela não tem culpa de nada é só uma criança em defesa que não tem culpa do que a mãe fez.

— O seu Joselino, posso ficar com a bebê já que não tenho nada para fazer mesmo.–Joana, da, um sorriso tímido.

— Mas querida você está no seu tempo vago não quero abusar da sua boa intenção. Sei que cuida da cabeça dura do meu filho. — Responde Joselino.

Talvez essa seja a hipótese que o Ethan, tenha para conviver algumas horas com a filha, assim ele pode ver o quanto ele está a perder não convivendo com ela.

— Não é incómodo nenhum o seu Joselino. Eu adoro criança e desde muito cedo já cuidava de algumas para as mães irem trabalhar. — Joana, sorrir ao se lembrar das crianças que ela tomou conta.

— Muito obrigado querida, vou avisar à Antonela.– Joselino, sorrir e fica feliz.

— Tá! certo daqui a pouco volto para buscar a bebê e as coisas dela.–Joana, sorrir feliz.

Joana, não deveria ter se oferecido para cuidar da Vitória, na hora não conseguir falar nada ela é meu pai, ficaram no bate-papo enquanto eu estava perdido nos meus pensamentos.

Entro em casa sem falar nada vou por meu quarto e fico a pensar a Joana, não falou nada ela viu que não estava bem então ficou no canto dela. Ela trouxe-me meu jantar não comi quase nada odeio quando fico a lembrar do passado se pudesse, apagaria minha memória só para esquecer.

Depois que jantei ela leva a bandeja de volta para cozinha e eu vou tomar um banho. Passo da minha cadeira para a de banho e ligo o chuveiro e deixo a água morna lavar a minha alma e levar todos os pensamentos, triste embora.

Ouço ela gritar que vai até à mansão e que não vai demorar se ela quiser pode ficar por lá mesmo não preciso dela mesmo então não vai fazer diferença alguma.

Calma Ethan, não é bom ficar revivendo o passo nada vai mudar que passou. Não sei quanto tempo fiquei ali pensando só me toquei quando ouvir ela gritar que já está de volta.

Nem precisa ela falar nada ela não está, mas no horário de trabalho: ela depois das cinco pode fazer o que bem-quiser da sua vida. Saio para sala e acabo a ouvir as gargalhadas dela e a Vitória, as gargalhadas também.

Um sorriso suje no meu rosto ao imaginar as duas brincando. Vou na direção da porta que está entre aberta e fico a observar elas. A minha princesinha, está ainda mais linda. Acabo a deixar as lágrimas caírem sem nem perceber. Não consigo para de ficar a olhar para as duas brincando: Joana, está sentada na cama de pernas cruzadas fazendo cosquinha na Vitória, enquanto ela se acaba de rir. Quando vejo que ela virando na direção da porta tento sair porém é tarde de mais ela acaba me vendo. Pois no mesmo estante ela pega a menina no colo e vem na minha direção e meu coração gela na mesma hora.