Capítulo:10

Eu Ethan Safra, tenho que dá um rumo para a minha vida não posso ficar a dar uma de coitado em cima dessa cadeira de rodas sem lutar.

Pois, não sou o único que passa por isso a tantas pessoas em condições piores que a minha e sem nenhuma esperança de voltar a andar.

E com condições piores porque não tem a condições financeiras que tenho. Eu tenho que levantar as mãos para o céu e agradeço por estar vivo e com saúde.

Eu tenho as pessoas mais importantes na minha vida para mim, apoiar e isso é o bastante para mim, lutar com todas as forças e tenho isso ao meu favor só tenho que deixar de ser cabeça dura e ouvir as pessoas ao meu redor. Eu vou começar por da, mas atenção a minha princesinha, porque mesmo ela não sendo minha filha sou o único que ela conhece como pai. Pai não é só o que faz, pai é aquele que cria e dá amor, carinho e ajuda nas horas difíceis.

Joana, coloca a minha princesinha, no meu colo e a seguro nos meus braços: sentir o seu cheiro foi como se uma nova esperança apareceu bem na minha frente. Todo esse tempo que passei trancado para mim, esconde foi só perda de tempo. Se esse tempinho que passei trancado em quatro paredes estivesse seguido os conselhos dos meus pais hoje não seria esse homem amargurado.

— Ela já está com sono, você que dá a mamadeira para a sua filha?–Eu dou um sorriso.

— Será que não vou, engasga ela? — Ele sente medo.

— Claro que não vou está aqui bem ao seu lado.–Ela entrega a mamadeira e se senta no sofá.

Eu pego a Mamadeira e dou para a minha princesinha que toma com gosto vez e outra ela sorrir. Fico ali admirando a minha pequena quando sinto a sua mãozinha acariciando o meu rosto não aguento a emoção e deixo as lágrimas caírem.

A sensação que sinto não tem preço e por ela vou tentar da, o melhor para conseguir ficar de pé novamente. Quando ela acaba já está a dormir e a Joana, a leva para a cama e fico só observando: ela é tão cuidadosa ao colocá-la na cama que acabo a rir.

— Tenho que lhe dá os parabéns, você saiu-se muito bem.–Ela dá um sorriso.

— Eu tenho que lhe agradecer porque se não fosse por você não teria conseguido e foi a melhor sensação que já tive desde que tudo aconteceu. — Ele sorrir e olha na direção onde Vitória está a dormir.

— Não tem que agradecer.–Ela rir.

— Depois conversamos, mas já é tarde e temos que dormir. — Ele vai por seu quarto.

Eu estou tão radiante que nem sei se vou conseguir dormir. A Joaninha, não faz ideia do quanto estou feliz e tudo graças a ela. Como será a sua família? Com certeza os seus pais, tem muito orgulho da filha deles. E se ver que ela é de uma família simples.

Quem sabe outro dia nós conversamos sobre isso, porém vou ter que conquistar a confiança dela. Pois, desde que ela começou a trabalhar aqui só tenho falado besteira isso sem falar o quanto grosso fui com ela.

No dia seguinte acordo e vejo que tenho que dá o primeiro passo, que tenho que mudar a minha aparência, porque diga de passagem estou a parecer mais velho do que meu pai.

Eu não quero sair para os lugares e ver no rosto das pessoas pena, isso deixa a autoestima do cadeirante lá em baixo: ser cadeirante é não conseguir passar despercebido, mesmo quando quer sumir! É ser completamente ignorado quando existe um andante ao seu lado. E isso não faz sentido, as pernas podem não estar a funcionar, mas o resto está.

A vida de um cadeirante na sociedade conta com outras limitações, como o preconceito, a falta de oportunidades, o desrespeito dos que não têm deficiência.

Isso sem falar nos problemas e na falta de acessibilidade nas ruas, ser o centro das atenções, os preconceitos, as dificuldades em conseguir um trabalho, problemas no transporte público e quando o pneu da cadeira fura no meio da rua complica ainda mais. Essas pessoas são, no mínimo, cruel para quem necessita de ajuda. Essas pessoas precisam de ajuda não da pena da sociedade.

— Que susto menina, que quer a minha pessoa tenha um ataque cardíaco?–Ele leva a mão no coração.

— Não foi minha intenção chefinho. Só chamei você para tomar café e estava no mundo da lua.–Ela coloca os copos na mesa.

— Desculpe-me só estava aqui pensando como é difícil ser um cadeirante. Para mim, é tudo mais fácil porque tenho boas condições financeiras e aqueles que não tem passam por muitos problemas.–Ele passa a mão pelos cabelos que está a chegar no ombro.

— Você está certo porque onde moro tem pessoas que passam muitas dificuldades principalmente na hora de conseguir trabalho e pegar transporte. E mundano de assunto já tá na hora do senhor cortar essa juba em se não vai ficar mais velho ante do tempo–Ela dá uma gargalhada.

— Para a sua informação estava a pensar nisso a pouco tá! Contudo não queria sair na rua e ver pena no rosto das pessoas.– Ele come o seu pão de queijo.

— Hum! Se não tiver medo de ficar careca posso dá-lhe um novo visual. O que acha?–Ela rir.

— Bom, até que seria uma nova experiência ser careca.– Ele dá gargalhada.

— Então combinado vou deixar você de cara nova.–Ela leva o copo até a boca.

Eu confesso que estou com um pouco de medo do que ela vai fazer comigo. Porém, preciso mudar e vou começar pelo visual. Depois que ela tira a mesa volto para o quarto e espero ela para corta os meus cabelos.

— Está pronto chefe?–Ela vai na direção do banheiro.

— Não, estou com medo de você.– Ele dá uma gargalhada.

— Deixe de palhaçada porque sou ótima no que faço posso-lhe garantir. Que tão fazemos um trato?– Ela reza para ele aceitar!

— De que se trata esse trato?–Ele fica desconfiado.

— Bom, se o senhor gosta do seu novo visual, você realiza um desejo meu.–Ela morde os lábios.

— Trato feito então. — Ele fala onde está a tesoura.

Queridas (O) vou postar algumas capas no próximo capítulo e vocês escolhem a que mais gostarem e vou colocar ela a que tive, mas voto. Desde já agradeço.

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