Onde está meu queridos homens?

Apropriando da ideia da Duquesa a Santa igreja com os esforços do seus fiéis utiliza o mesmo modo mesmo sendo tarde demais, utilizando a força levando os doentes para alguma caverna ou simplesmente fechando dentro de seus lares. Gritos, temor, medo atinge em cheio os camponeses, esses humildes trabalhadores sofreu nas mãos dos egoísta que só pensa enriquecer as custas do sofrimento de seu povo.

Nos portões fechados do Ducado a Duquesa do alto das muralhas olha abaixo milhares de pessoas com suas crianças implorando por abrigo fugindo da praga e das forças armadas da igreja. As vozes clamando batendo contra os imensos portões reforçados clama piedade sobre o olhar indiferente da senhora das terras.

- Mãe estás pessoas...

- Não temos o suficiente para sobreviver, nem sabemos quantos estão contaminados está é a única maneira de manter todos a salvos. Rubens faça o que é necessário.

- O que é necessário?

- Volte para casa Maria, ainda é nova para compreender a gravidade da situação.

Olhei os guardas mirando suas flechas contra o povo desesperado sobre o comando do fiel escudeiro do Ducado Sir. Rubens faz o sinal atirando contra a massa de vidas. Gritei horrorizada com a cena pois só estavam procurando por ajuda. Atirar contra desarmados, pior crianças estava naquele meio, odiei a maldade de minha própria mãe.

-PAREM! SEUS GENOCIDAS! PAREM TEM CRIANÇAS NAQUELE MEIO ! PAREM!

Os braços fortes segura meu corpo enquanto grito por misericórdia ouvindo os gritos das pessoas aterrorizante até o silêncio total, livre das garras do soldado que me prendeu correndo para a muralha vendo corpos empilhados por cima do outro é o choro de uma criança segurando a mão de sua pobre mãe.

- SEUS MONSTROS! SÓ QUERIAM AJUDA! AJUDA! AINDA SE CHAMAM DE HUMANOS! POR QUÊ? NÃO TEM MISERICÓRDIA? MONSTROS! TODOS MONSTROS! NUNCA VOU PERDOAR ESTAS MORTES.

Passei dias trancada em meu quarto sem querer sair, sem me dá conta da gravidade da situação desesperadora que enfrenta o reino. Muitas lavouras foram queimados por contaminação da praga, até mesmo no Ducado perdeu grãos.

A mão de obra diminuiu consideravelmente levando os senhores feudais buscar outras soluções de imediato como a compra por escravos substituindo o camponês que perdia sua moradia.

Está solução aprovado pelos nobres solucionou as vidas perdidas mais não a falta de alimentos. Os mesmos homens discutem soluções com cobrança de mais impostos, a duquesa em sua cadeira se mantém em silêncio ouvindo como estátua os absurdos.

" Por que não diz nada ? Por que deixa eles tomarem todas as decisões? Isso só trara mais fome e morte podemos salvar vidas "

O rosto calmo como um rio continua parada enquanto o Arcebispo declara ser vontade de Deus. Todos concordam acabando com a reunião, todavia o rei se dirige a opinião da Duquesa que se manteve calada durante toda momento,

o fio de esperança passa por mim como a decepção na voz suave da duquesa.

- Se está é a vontade de Deus que assim seja.

" Vontade de Deus? Vontade desses carniceiros por sangue, levando vidas as ruínas."

- MÃE!

- Vamos para casa.

Olhei arredor aqueles rostos despreocupados com vidas humanas, contentes por manter suas bundas gordas. Estou enojada, o rei observa a Duquesa se distanciar por uma leve fração de segundo pude vê leve sorriso no canto direito de seu rosto bebendo seu vinho suave.

Pessoas vão morrer de fome, irresponsável, são nosso povo, são os que trabalha na terra para alimentar todos.

A Duquesa caminha para a carruagem ainda em silêncio com a expressão serena no rosto, no que tanto pensa está pessoa tão fria? De volta ao castelo vejo os rostos alegres de todos preparando para o festival de primavera.

Contentes com a volta dessa mulher amarga que ficou calada diante daqueles sanguessugas, meu estômago revirou tanto que tive de sair para tomar ar fresco.

Madrinha elegante coberta com roupas até o pescoço junta com seu pequeno filho alegre na festividade ajudando a preparar com o povo.

Eles não percebem o massacre que em breve chegará as suas portas?

Dança, bebidas, fogueira bastante comida para todos que agradece a generosidade dessa mulher sem coração. Sendo anfitriã sou obrigada a ficar na festa mesmo sabendo do que virá a seguir. Homens bêbados desperdiçando suas cervejas derramando sobre o chão pisoteando como bobos, até ajoelhando pra aquela que está os condenando a morte. O sangue no corpo ferve estourando em lava de ódio, bato na mesa olhando todos esses burros.

- PAREM COM TODA ESTÁ BAJULAÇÃO! NÃO SABE QUE FORAM CONDENADOS? O REI ABANDONOU SEU POVO, ABANDONOU VOCÊS SEUS TOLOS!

- Maria pare.

- NÃO MÃE! VOCÊ É UMA COVARDE! COMO PODE SE MANTER CALADA DIANTE DAQUELES HOMENS SABENDO QUANTAS VIDAS SERÁ PERDIDAS! DEUS! MANDOU ATIRAR CONTRA OS NECESSITADOS ACHA QUE TEM PERDÃO. VOCÊ É PIOR DO QUE AQUELES CARNICEIROS!

Olho ao redor os rostos cheios de dor recusando olhar para mim decepcionados até aquele momento não conhecia nada sobre o passado de minha mãe. A Duquesa se levanta dando um leve sorriso retirando da festa passando pelas pessoas que prontamente se curva como se fosse rainha.

Olhei a cena desacreditada.

Madrinha nunca tinha brigado comigo porém naquele momento gritou comigo num tom jamais demonstrou.

- GAROTA TOLA NÃO CONHECE NADA DA VIDA! O QUE SABE SOBRE PROTEGER? CHAMA SUA PRÓPRIA MÃE DE MONSTRO QUANDO A ÚNICA É VOCÊ ! DECEPÇÃO!

- Madrinha

O que sei da vida? Sempre protegida pelas asas de minha família, fazendo o que bem quero sem nenhuma consequência, neste momento de dificuldade conheço a dor mais estou protegida dentro desses portões.

A festa continua por longos cinco dias mesmo depois do meu escândalo, mantenho dentro do castelo como protesto utilizo roupas pretas sem imaginar o mal presságio junto com arrependimento por tudo que falei.

Finalmente depois de longos meses de sofrimento a vida começa melhorar, corri recebendo a notícia da volta dos soldados que foram derrotados.

No cavalo mais rápido sai do castelo rumo aos portões a todo vapor, os camponeses parados abriu caminho para passagem dos derrotados de cabeça baixa. Muitos soldados feridos, enfaixados ajudando os mais feridos a caminhar, numa carroça outros com parte de seu corpo amputado aleijados No meio deles procurei meus irmão, pai, o desespero enraizou na minha alma apertando deixando rachaduras até despedaçar.

Gritei,

Chorei,

Implorei.

- ONDE ESTÃO? ONDE ESTÁ MEUS IRMÃOS, MEUS PAIS?

Lorenzo carregando o padrinho correu por mim atrás do médico que logo foi socorrer. Havia tanto sangue pelo chão, nas suas mãos, olhei para meu lindo vestido manchado pelo intenso vermelho

- Lorenzo o que aconteceu?

Neste ponto as lágrimas cai pelo medo instalado dentro do corpo pálido girando o mundo em minha volta.

Lorenzo ajuda a manter o padrinho parado para aplicar medicação, a única médica especialista em remédios ajuda controlando a dor, todos em volta do homem que agoniza.

Madrinha ajudando ficando por cima de seu marido segurando seus braços sem tempo para chorar, tão forte.

- Aguente firme Aldrem. Querido estou aqui, aguenta mais um pouco.

- Arhhhhhhhhh!

Ele se debate agonizando quando o álcool penetra ardendo adentrando no corpo. Até minha mãe está do lado deles esquecendo do seus filhos, do seu marido.

Choro soluçando como criança de cinco anos querendo seu pai, seus irmãos.

- Lorenzo o que houve?

Ainda ajudando enfaixar seu pai conta os detalhes.

- Aconteceu muito rápido, os rebeldes recuaram por nossas forças então montamos um cerco para proteger dos ataques. Não os esperava foi o risco que todos concordaram em pagar, meu pai insistiu para ficar a frente ao lado do duque mais os canhões... Malditos canhões! No local como aquele canhões? Jonas avisou mais riram, estes imbecis riram! Não tivemos chance de revidar, só ouvi os gritos para recuar com os tombos dos meus companheiros mortos.

- Meu pai? Meus irmãos?

Lorenzo finalmente senta no chão cobrindo seu rosto caindo lágrimas.

- Os mais idiotas ficou para trás afim de ganhar tempo para escaparmos, IDIOTAS! IDIOTAS! ERA PRA ESTAR COM ELES MAIS ME DESCARTARAM, SEUS IDIOTAS!

Sente o corpo virar para montar no cavalo sendo pega pelos braços do príncipe herdeiro que tentou tirar minha vida.

- Vossa graça reforça as muralhas.

Gritei como louca para ser liberta vendo os portões se fechar.

Mais populares

Comments

Valda Martins

Valda Martins

Muito bom

2023-01-04

2

Cris Xavier

Cris Xavier

Que capítulo , sem palavras

2022-07-22

2

Ver todos
Capítulos
Capítulos

Atualizado até capítulo 66

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!