Estou terminando de almoçar.
Minha mãe mandou mensagem que não vinha, o que bom ela não viu o quanto inchado meu pé está.
Escuto a campainha, e gemo ao colocar o pé no chão e pulo até porta e abro, vejo Lu entrando.
— Oi, dei uma passada para falar com a sua mãe. Lu diz.
— A ela está no hospital Lu. Falo e agora que a Lu está aqui penso que não, elas trabalham no mesmo lugar.
— Pensei que teria saído para almoçar.
— Não veio.
Lu aproxima. — E como você está? Ela olha para mim de cima em baixo e me apoio na lateral da porta.
— Bem. Falo. — Minha mãe disse que vinha almoçar? Pergunto.
— Ah não, não a vi esses dias, fique de plantão todo final de semana a noite e só agora estou indo ao hospital.
Minha mãe saio no domingo a noite e só voltou hoje cedo.
— O que houve Com pé? Lu pergunta quando estou pensando.
— Só uma torção. Falo.
— Tem certeza, está conseguindo apoiar?
Lu aproxima.
— Um pouco. Falo mas sinto latejar quando coloco no chão e acabo gemendo.
— Hum não pareci Lia, deixa dá uma olhada.
Lu aproxima e entro e tenho que pular até a cadeira na cozinha.
Sento e Lu abaixa olhando e aperta e sinto doer.
— É você torceu feio! Devia ter colocado uma faixa. Lu analisar e mexe e dói mais. — Está bem inchado, desde quando está assim?
— Estava bem ontem, mas tive que ir a escola hoje e ficou mas dolorido. Falo e Lu me olha feio.
— Não devia ter forçado Lia. E a sua mãe?
— Não quis preocupar ela, não achei que fosse grave também.
— Mas pode ser, vamos tem que dá uma olhada melhor e vê se não fraturou nada. Lu diz.
Não tive como protestar, Lu me ajudou até o carro e no hospital, depois de fazer um raio-x e não ter fraturado, preciso usar uma bota, estou terminando de ajustar e minha mãe chega, está de uniforme.
Ela tem um olhar penetrante.
— Não foi nada Lia? Ela pergunta em tom sério.
— Foi uma torção, e vou ficar bem. Falo mas ela não desfaz cara fechada.
— Disse que isso de correr e loucura, não sei o que seu pai tem na cabeça, levando para fazer isso!
— Não é culpa dele mãe, quis ir e insisti, sabe que sempre gostei, assim como o Alex, então se for culpar alguém, me culpe pelo meu descuido.
— E podia ser pior, espero que aprenda lição e não vá fazer de novo.
— Não quebrei o pé mãe, minha nossa porque tem que fazer uma tempestade em tudo! Falo nervosa.
— Porque nem sabia que estava ruim até agora, vai ficar me escondendo as coisas agora?
— Não, mas veria se não ficasse fora tanto tempo.
— Ei mocinha tenho um trabalho, o que acha que estou fazendo Lia?
Minha mãe fala brava.
— Oiê, então está tudo bem, Claudia o ortopedista já liberou a Lia. Lu entra na sala e paramos de discutir.
— Agora liga para o seu querido pai, diz para te buscar, vou voltar a meu trabalho. Minha mãe diz, saindo do consultório.
Pego celular.
— Ela reclamava tanto do meu pai que não tinha tempo e agora não para em casa. Resmungo.
— As vezes a gente se apega a correria para poder se distrair Lia, e não ter tempo em pensar nos problemas, decepções, e ela está cansada tem cobrindo alguns plantões esses dias. Lu fala.
— Achei que não tinham se visto esses dias. Observo
— Nós falamos quase toda hora dentro do hospital. Fala.
— Então por que foi em casa?
— Por que alguém pareceu preocupado que não estivesse bem, e quis te ver. Lu da um sorriso e fico sem jeito que Erick tem se preocupado comigo.
— Agradeço Lu, ele é um bom amigo. Falo ainda mais sem jeito.
Pego carona com meu pai depois de ligar para ele, não ficou muito feliz comigo assim como minha mãe.
Estou no meu quarto e não tenho muito o que fazer.
Deito e encaro a bota ortopédica, meus planos de trilha estão suspensos por enquanto.
Dou uma olhadinha nas redes sociais e paro em algumas postagens, desde que Erick curtiu uma das minhas postagens sempre aparece algo dele.
Acabo olhando seu perfil.
A fotos bonitas, destacando seu rosto, os cabelos pretos sempre parece despenteado mas de um jeito bonito. Aliás ele é bonito, corpo bem definido e nada exagerado.
Tem fotos de academia, e sem camisa, que são bem interessantes e muito curtidas, pelas garotas da escola.
Assim como o Cesar ele chama atenção. Mas Erick é mas na dele, sutil, educado, e atencioso. Penso no que Lu disse.
Mando uma mensagem.
Como está o serviço?
Colorido. Ele manda uma foto.
Uau, está incrível!!! Ótimo trabalho
Mando uma carinha com corações, antes que percebo, e não consigo apagar a tempo, ele vê.
Obrigado, e você está melhor?
Sinto uma felicidade meio súbita, que se preocupou comigo, mas não quero que pense que estou afim dele por isso.
Sim, mas vou ficar sem ir a escola, até melhorar.
Se precisar de algo, me fala.
Erick oferece, e fico sem saber o que dizer.
Vou lembrar disso. Mando.
Ele não volta a escrever, deve estar com atenção no trabalho e estou atrapalhando.
É manhã de quarta e estou sentindo bem melhor, mas não vou a escola. Passo a manhã fazendo algumas atividades e adiantando outras no meu quarto.
Meu pai ligou cedo e minha mãe parece está fazendo alguma coisa para o almoço a um cheiro gostoso no ar.
Levanto indo até lá, e sento no balcão.
— Não vi quando chegou ontem. Falo ela parece ainda chateada comigo.
— Você estava dormindo. Ela fala.
— Depois que tomei o remédio, acho que apaguei.
— E como está o pé? Pergunta
— Não está doendo muito. Quer ajuda aí?
Vejo as cenouras no balcão e um ralador e alcanço, e começo rala em um prato.
— Sobre ontem, me desculpe não quis dizer o que disse mãe.
— Mas foi o que pareceu Lia. Ela diz mas não em tom bravo.
Já tivemos tantas conversas e discussões antes, pela separação, a forma que estava enfrentando tudo, por mim e pelo Cesar. Levamos um tempinho para nós aproximar e não quero ter novamente problemas entre nós.
— Não quero que tenham problemas por minha causa mãe, e nós já conversamos isso, achei que tinha ficado claro durante as férias. Falo.
— Sim conversamos, e estou tentando ser compreensível, mas você tem que ser sincera comigo, se algo te incomoda me fala, e outra estou trabalhando, é difícil para mim também não ter tempo, mas as vezes e difícil está aqui e ver tudo tão vazio.
Minha mãe fala e agora entendo por que está passando mas tempo fora de casa, ela sente que não estamos todos lá quando volta.
— É entendo. Falo e termino de ralar a cenoura e me pergunto o que está fazendo, quando pega.
— Estou tentando um refogado. Diz vendo minha cara. — A Cassia nós convidou para um jantar de aniversário do pai do Cesar amanhã. Minha mãe fala.
— Ele me falou sobre ontem.
— E vocês como estão? Minha mãe pergunta, não escondi sobre Cesar a ela, até porque ele vinha a nossa casa.
— Estamos conversando, mas é só isso, ainda estudamos junto. Explico.
— E vai querer ir amanhã? Minha mãe pergunta.
Indico meu pé, e outra parte de mim não quer ir e criar expectativas nele, que pelo visto não disse a mãe dele que não estamos mais juntos.
— Acho melhor não. Minha mãe me observa. — Não quero que pense que ainda quero algo.
— Ainda gosta dele? Minha mãe pergunta sorrindo.
A alguns dias diria sim sem nem um receio, mas não estou mais tão certa, mas agora falando sobre ele, meus sentimentos parecem menos intensos do que eram antes.
— Gosto, mas... sei lá mãe não é como antes. Falo surpresa comigo.
— Bem depois da decepção, vem a dor, conformação e então bola para frente. Minha mãe fala.
Ela coloca uma travessa na mesa e me entrega um garfo. Espero que o gosto seja melhor que a aparência.
Experimento. — Hum, isso está bom. Falo e é verdade.
— Acho que foi a única coisa boa que aprendi com seu pai na cozinha. Ela diz.
— Mãe! Chamo acho que só gosto de alfinetar sobre eles, ela ri.
— Tá não foi a única. Diz. — Então...e o enteado da Lu? Ela pergunta me entregando um prato com porção de arroz.
— O Erick, o que tem? Termino de me servir e ela senta no outro lado fazendo.
— Parece um rapaz legal, a Lu sempre fala bem dele.
— E aposto que faz o mesmo sobre mim. Falo comendo ela não nega.
— É minha filha linda, sou a primeira a promover boa a imagem. Diz e balanço a cabeça. — Eles tem que saber que é especial.
— Agradeço mãe, mas não estou precisando disso, e não sei o que estão pensando sobre o Erick, somos amigos e estamos em alguns projetos juntos. Além de ser amigo do Cesar.
— Bem não está errada em querer proteger seus sentimentos depois da primeira decepção Lia, mas não tem que deixar também de viver com medo de se magoar, é bonita, inteligente e jovem, tem que aproveitar, sair se divertir, e parar de levar tudo a sério querida.
Olho para minha mãe. — Devia me dizer para não fazer isso?
— Se fosse o Alex faria, mas você é madura de mais pra nós dois. Ela rir. — A mais nunca é de mais lembrar, sexo seguro é com proteção. Diz rindo
— Minha nossa mãe! Reviro os olhos.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 171
Comments