Estou a caminho de casa, triste de mais para segurar algumas lágrimas, ele foi o primeiro garoto que beijei, que compartilhei meus sentimentos, momentos tristes e outros alegres, mas tenho que deixar ir, quando sei que ele mesmo querendo não está pronto para ir adiante, isso é algo dele, e não vou me sentir mais culpada pelos outros e seus sentimentos confusos e falta de atitudes.
Estou quase em frente de casa encarando os meus passos e sustentando meu coração partido.
— Oi! Olho para frente e vejo Erick parado no meu portão, é novamente estranho vê-lo, ou está me seguindo ou no caminho. — O seu pai me pediu para entregar, você esqueceu com ele. Diz erguendo a sacola com meu jantar.
— Ah é esqueci! Falo pegando e demora uns instantes a soltar e posso sentir me encarando. — Obrigada! Falo e vou ao portão destrancado.
— Tá tudo bem? Ele pergunta ainda parado.
— Vai ficar. Entro e paro no portão. — É... precisa de alguma coisa? Pergunto, ele ainda parado lá.
— Na verdade sim, ele disse que ia te ligar, sobre algumas coisas para levar a associação amanhã. Diz.
E pego celular na mochila, tinha deixado no silencioso desde a escola, olho as chamadas e a mensagem de voz.
Oie, pode pegar a caixa com pincéis na garagem e entregar ao Erick? Agradeço meu bem, ah seu jantar mandei. Te amo
Escuto. — Não tinha visto. Falo. — Entra, vou ver onde está. Falo a Erik e dou passagem.
A casa toda está escura, sinal de que a minha mãe já saiu. Vou a garagem e tento abrir a porta de correr sem sucesso, quem usava era meu pai e desde que saiu de casa veio uma vez pegar algumas coisas quando minha mãe não estava, mas a muitas coisas dele alí.
— Acho que está presa. Não consigo abrir.
— Deixa tentar! Erick vai puxa e a porta cedi milímetros. — parece que tem algo prendendo por dentro. Olho pela brecha e bufo.
— Lógico que tem, ela não tem jeito! Falo e o cadeado só pode ser obra da minha mãe. — Vem, tem que dar volta. Chamo e destranco a porta da cozinha entrando e ligando a luz e vou a porta que dá acesso a garagem e tento abrir e está trancada e não faço ideia de onde esteja a chave.
— Não tenho a chave. Falo mas estou brava que minha mãe fez isso.
— Então deixa, você avisa ele. Erick diz e a última coisa que quero é outra discussão entre meus pais.
— Não, dou um jeito. E afasto e chuto a porta. Mas não abre.
— Ei o que está fazendo! Erick pede me parando antes que faça novamente.
— Vou abrir, ela tem que parar de ser tão imatura! Falo mas Erick está na frente.
— Acho que sua mãe não vai gostar muito disso. Diz
— Então que não trancasse, da licença. Peço.
— Olha, liga para sua mãe, ou seu pai e resolve antes de quebrar as coisas, e me avisa que pego as coisas, tá!
Erick fala e faz caminho para fora.
E já estou tão cheia com tudo mal resolvido entre eles, que só chuto a porta com tudo que abre batendo.
— Você é doida! Erick diz atrás de mim.
— Pronto aberta, e eles não vão ir discutir. Entro ligando a luz, e procurando nas prateleiras de ferramentas.
— Ainda o pós separação? Erick pergunta olhando em volta.
— Pois é. Não lembro onde possa estar a caixa, e olho algumas sem tirar do lugar.
— Os primeiros meses foi uma guerra entre meus pais. Erick diz. — O que estamos procurando?
— Uma caixa média, escrito pinturas. Falo e olho debaixo das bancadas. — Faz meses que estão separados e ainda brigam quando se vêem, e por qualquer motivo.
— Por isso abriu a porta. Erick rir.
— É, e se ela perguntar eu precisava de algumas coisas. Digo e tento sorrir. — E ela vive dizendo em fazer reformas, pode começar com a porta.
Erick volta a gargalhar. — A esse é motivo dela trancar tudo? Erick pergunta.
Volto a atenção a ele, se está perguntando sobre reformas e está olhando a moto no canto que está com metade da lona descoberta.
— Não deixou seu pai levar?
Olho para as motos e sinto saudades de quando nós reunirmos para ver meu irmão correr, e me aventurava as vezes.
— Para fazer trilha com o meu irmão quando volta nas férias.
— E nunca foram? Erick observa admirando a moto nova.
— Não, o meu irmão está brigando com minha mãe e não veio, e não tinha com quem sair, meu pai anda sempre ocupado com trabalho e agora os projetos. Explico.
— Espera! É sua? Pergunta me encarando.
Olho para o capacete rosa na prateleira. E confirmo.
— E você sabe pilotar? Erick pergunta duvidoso.
— E teria uma porque? Pergunto de volta e volto a olhar em volta procurando a caixa.
— Não, espera! Você anda de moto?
— O que? Porque não acredita? O encaro.
— E que sei lá você é...
— Uma garota! Isso é preconceito sabia!
— Não por ser uma garota, e que parece tão delicada...as vezes. Erick diz e rir olhando para porta. — Ou não!
— Por que não me visto de preto e uso botas, não significa que não goste de coisas radicais. Falo.
— É percebo, afinal seu pai é o delegado. Fala me encarando com sobrancelha erguida, e passa olhar de cima em baixo e me causa um desconforto.
— E onde será que ele colocou a caixa?
Desvio a atenção e volto a procurar, Erick faz o mesmo.
— Acho que encontrei.
Erick aponta para alto da prateleira. E vejo as letras.
— E ela.
Erick apesar de ser alto, não alcança e pego a escada de um canto e coloco e começo a subir.
— Deixa que faço isso. Fala mas estou subindo.
— Não deve ser pesada, e não sou delicada para saber. Falo irônica subindo.
— Não era uma ofensa, mas vai lá, eu seguro. Olho feio para ele. — É medida de segurança. Ele fala e está próximo, na altura do meu quadril.
Puxo a caixa não é pesada e entrego a ele que coloca no chão e volta a segurar a escada enquanto desço, e me atrapalhou ao descer com ele parado no caminho e sai de baixo pedindo desculpas.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 171
Comments
Marielen de Lima Pereira
amei eu adoro andar de moto aprendi com 15 anos com meu irmão mais velho, tava procurando um história que tinha garota que pilota
2022-10-26
2