Assim como em outros anos o evento é monótono, mas não poderia esperar muito, apesar de ver o filho do secretário no evento, coisa rara de acontecer, mas pelo visto ainda continua mesmo cara metido e nada educado, nem se deu ao trabalho de levantar e nós cumprimentar ou qualquer um que parou na mesa deles por respeito a seu pai.
Não é o mesmo evento como em outros anos, vejo meu pai dançando com outra mulher. Lembro de está sentada aqui a alguns meses atrás admirando meus pais e desejando ter algo que eles tinham.
Foi quando abri o meu coração e ele foi machucado por uma pessoa que no fundo sabia que não devia ter me envolvido e é irônico que esteja me mandando mensagem agora.
Estava pensando que seria fácil passar pelo evento e me manter distante de Cesar e que ele não se atreveria a insistir em se aproximar, mas faz.
— É sério que ainda não quer falar comigo Lia? Pergunta assim que estamos dançando.
Estou tentando me manter neutra, ele é bonito, tem um perfume gostoso, e dança bem, e está apertado minha cintura, isso me trás lembranças que volto a afastar.
— Não temos nada para conversar. Falo e evito o encarar, ele é um pouco mais alto e quando fala sinto cheiro do seu hálito fresco no meu rosto.
— Você continua falando isso, não me deixou nem explicar.
— Você não tem que explicar nada Cesar, aliás não tínhamos nada, só aconteceu e pronto, você seguiu e estou fazendo o mesmo, vamos deixar pra lá. Falo e sinto que preciso mesmo por fim em tudo.
Cesar agora afasta o rosto e me encara.
— Viu é por isso que não consigo te entender, a gente estava bem, e se não tínhamos nada por que está chateada comigo?
Agora o olho incrédula. — Não sei? Espera seria pelo fato de ter ficado com a minha amiga! Falo.
— Certo fiquei. Cesar confirma. — Mas foi você quem mandou não lembra? Ele pergunta e fico brava.
— Estava cheia de coisa na cabeça, e você estava mesmo afim dela, então só ajudei te mandando fazer que já queria, não era obrigado a fazer. Falo próxima e estou começando a ficar incomodada que as pessoas a nossa volta nos escute discutindo.
— Que saco Lia! Disse que estou afim de você, e foram tantas vezes e nem se deu o trabalho de fazer um esforço pra ficarmos juntos, e olha tentei.
— Você tentou? É sério que queria isso? Pelo que lembro não parecia nada disso, já que sempre que me chamava era para sair com sua turma. Lembro.
— Sim queria você por perto, e que eles te conhecesse como eu. Cesar fala e me magoa ainda mais.
— E é exatamente por isso que para mim não dava certo. Essa coisa de turma e amiguinhos, como se preciso de aprovação deles, não quero e não vou fazer dessa forma. Se é tão importante para você então realmente deva procurar uma das garotas populares.
— Viu só, você é difícil, ponha barreira em tudo Lia. Cesar resmunga e balanço cabeça e não quero mais discutir com ele.
— Não sou eu, mas estou facilitando para você, e está insistindo ainda em algo que não dar mais certo.
Cesar agora é quem nega. — Tá bom se é o que quer. Ele diz, mas só aproxima mais a ponto de seus lábios tocar meu rosto, a sua mão acariciando minha cintura.
— Cesar! Falo baixo, meu corpo ainda reagi a ele, isso me deixa decepcionada comigo.
— Lia, senti saudade. Ele diz baixo no meu ouvido. — Não teve um só minuto que não pensei em nós juntos nesse verão.
— Ah por favor! Falo e duvido que tenha sentido, ele o mais popular da nossa escola, além de lindo, e pode só sorrir para qualquer garota que a tem se desmanchando a seus pés.
— O que faço para acreditar em mim. Me fala? Cesar pede e balanço cabeça.
— Nada, está insistindo em algo que não dar certo.
— Não dá ou não quer? Ele sorrir um sorriso lindo por sinal e tenho que evitar olhar. — Viu só, é você quem está dificultando, sabemos que ainda quer tanto quanto eu. Diz novamente próximo soprando as palavras no meu ouvido e me arrepiando.
— A propósito, está linda de mais, meu colega não tira os olhos de você, acho que vou ter problemas com ele.
Cesar me aproxima mais de seu corpo.
— O que está fazendo? Falo assustada de como estamos próximos, ele gosta de como me deixa desconcertada e luto com meus desejos com ele tão próximo, e quando a música acaba é o momento certo para afastar, mas Cesar me segui.
— Vou mais tarde. Diz ao meu lado.
— Não vai rolar. Falo
— Vai dormi no seu pai?
— Não interessa!
— Certo, assim que ir te aviso.
Paro e me volto para ele. — Não, e é sério César. Falo seria mas ele ainda está sorrindo. — Não estou só.
— Lia sua mãe ainda conta tudo para minha e sei que só volta amanhã. Fala baixo e cuido em volta se as pessoas não estão escutando.
— Que seja, mas não quero que venha a minha casa mais.
Agora ele está sério e me encara. — Conheceu outra pessoa é isso? Pergunta.
— Não tem haver com outro, já disse não dá mais, porque não intende isso, minha nossa! Falo e me afasto antes que me questione novamente e volto para mesa, o meu pai está longe com alguns conhecidos e uma notificação soa no celular e pego da bolsa e vejo.
Para de dificultar linda
Olho feio para o rumo de Cesar que está sentado com Erick e os vejo rir. E só posso pensar que está tentando brincar comigo novamente, levanto e vou a meu pai, peço licença e falo com os amigos dele que são simpáticos.
— Acho que vou indo pai, a viajem já foi cansativa. Falo.
— Tudo bem querida, vou falar com Antony um instante e vamos.
— Não se preocupe, posso pedir um Uber, fica e se diverti, vi que algumas senhoras estão esperando para dançar. Falo vendo grupo que sempre olha em direção dele, meu pai sorrir sem jeito.
— Vou ter que deixá-las com vontade, também estou cansado e tenho trabalho cedo. Diz e concordo e caminhamos até a mesa do secretário, os meus colegas de escola estão me olhando e evito.
— Antony podemos conversar só vai levar um minuto tenho que deixar Lia em casa. Meu pai fala.
— Queria mesmo falar com você, mas pode demorar um pouco, tem que ser junto com a Cassia. O secretário fala da prefeita.
— Mas está tarde, a Lola já está cochilando, e vocês vão falar de trabalho agora? Lu questiona.
— Assuntos da cidade querida, temos que aproveitar que a prefeita está indo a capital amanhã. O secretário fala e Lu faz uma cara fechada.
— Aqui querida se quiser indo, pego uma carona com delegado, e podem levar Lia, se não for problema para você? O secretário fala com meu pai que olha para mim.
— Ah posso deixar a Lia, se não for problema? A minha mãe esta no escritório da associação disse que ia ter uma reunião antes de ir.
Olho para Cesar, meu coração acelerado, não acredito que ele esteja mesmo se oferecendo e todos estão me encarando esperando uma decisão.
— Agradeço, mas é caminho da Lu, se não se importa de ir com a senhora. Falo e espero que a Lu me salve.
— Tudo bem, então vamos Lia. Lu diz e agradeço e nem olho para cara de Cesar só sigo com Lu e a Lola no colo sonolenta.
— Vou com elas.
Escuto a voz do Erick nos seguindo.
No carro Lola está grudada em Lu e não a deixa dirigir e passa o volante para Erick depois de uma pequena discussão silenciosa de que não podia contar ao secretário.
Acabo indo no banco da frente e Lu atrás com Lola, e paramos na casa deles e quero sair minha casa fica a duas quadras a frente.
— Erick, deixa a Lia em casa. Lu pede.
— Claro. Erick concorda.
— Não precisa, posso ir andando, não é longe. Falo.
— Não mesmo Lia, está tarde e pode ser perigoso. Lu insisti e já está saindo do carro com Lola entrando na casa, e Erick faz caminho de vagar e mantenho atenção na rua.
— Não posso demorar muito. Erick diz e olho para velocidade que está dirigindo.
— Então sugiro que vá mais rápido. Falo e ele rir.
— Farei se souber onde ir. Diz
— Ah, vira a direita duas quadras a frente, portão cinza. Explico e ele faz caminho mais não tem pressa alguma.
Nós estudamos juntos desde sétima série, e nunca tivemos afinidade alguma, nossas poucas conversas eram sobre alguma matéria, nenhuma garota se atrevia a se aproximar dele no ensino médio desde que começou a namorar a Taís, que além de metida, prima do Cesar a garota é ciumenta e sempre judia de quem se atreva a olhar para ele, e agora estou preocupada que esteja indo arrumar confusão, só por não querer sair com o Cesar.
— Você é sempre tão calada assim? Erick pergunta quebrando o silêncio.
— Quando tenho assunto, não. Falo e nem me atrevo a olhar para ele.
— Você e o Cesar conversaram bastante. Erick diz e pelo visto ele estava nos observando.
— Seu amigo é quem fala muito.
Escuto Erick rir. — O Cesar? É geralmente quando algo o interessa.
— Aham. Resmungo.
Não faço ideia do que Cesar possa ter compartilhado com o amigo, mas não estou afim de saber e nem conversar com Erick sobre, e posso ver que estamos nos aproximando de casa.
— Ali! Aponto minha casa e Erick para, e já saio. — Obrigada, e boa noite. Falo sem esperar dizer algo. Pego a chave do portão e abro entrando.
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Atualizado até capítulo 171
Comments
Tatiane Nunes da Silva
parece ser bom o livro
2022-10-10
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