Refaço o caminho para casa e Erick me acompanha de novo. Depois de perguntar sobre Cesar, agora estou também curiosa sobre ele sem a namorada, evitando os amigos com quem sempre estava quando o via, e quebro o silêncio.
— Ainda está evitando seus amigos?
— Não estou. Diz. E o olho. — Estou ponderando sobre quem são meus amigos, esse negócio de amigos se envolver com quem estamos é complicado.
Erick fala e tenho a atenção no que diz.
— É acho que algo semelhante aconteceu com nós dois. Ele fala e posso pensar sobre Taís e algum do seus amigos.
Não escondo minha cara de dor. — Bem vindo ao clube da decepção.
Erick pensa. — Sabe que mais me deixa com raiva, e não ter sido sincera, quando me cobrava tanto.
— Na verde sei sim. Falo. — Faz a gente quebrar por dentro, depois de ter dado tanto de nós. Acabo compartilhando.
— É isso, e por outro lado, minha relação com a Taís estava desgastada, e mesmo que ela insistia, depois do que fez só prova que não estava bom para os dois lados. Erick diz. Ele parece bem conformado.
— Estão bem com isso? Pergunto, soube que terminaram outras vezes e voltaram.
— Está bem definido para mim Lia, tem coisas que devemos corta, a gente só percebe que não faz bem, quando algo de ruim poderia acontecer.
Concordo, o que me faz pensar sobre Cesar ter ficado com a Renata, e ter ficado muito infeliz e até doente.
No caso do Erick, consequências mais graves poderiam ter ocorrido.
— Porque levou toda culpa no acidente? Pergunto, estamos perto da minha casa.
— Tinha bebido um pouco além da conta, estamos voltando da casa do Cesar, e deixei o Rômulo dirigir, estava alterado depois que vi a Taís beijar o Hugo em uma brincadeira idiota que não pareceu nada inocente. Nós discutimos feio, e acabou tirando atenção do Rômulo que até então só estava achando graça e colocando lenha na fogueira e ele perdeu controle batendo na porta de entrada da câmara municipal. Assumi por que era de menor, e não podia responder como adulto. A Taís trincou braço na batida, além de ficar inconsciente por um dia.
Olho para ele, e agora entendo o que houve.
— Seu pai soube o que fazer quando falei tudo, ele que atendeu a ocorrência, se não fosse por ele, os pais da Taís teriam feito prender o Rômulo.
— Espera! Meu pai sugeriu isso? Pergunto
— Não, ele foi realista com que ocorreu e as consequências, e o meu amigo estava prestes a ir preso por culpa de uma discussão minha. Erick fala.
Paro na frente da minha casa. — Foi um bom gesto da sua parte, só não é justo que esteja pagando tudo sozinho.
— Pode não ser, mas perante ao juiz era isso, só eu e a Taís estávamos no carro. Os pais da Taís alegam que induzi ela a me acompanhar já que também é menor, além de processar a Lu por permitir que pegasse o carro dela, no fim meu pai pagou pelos estragos e o hospital, e estou cumprindo com a pena, se o acidente fosse uma semana depois estaria preso. Erick diz respirando fundo. — Em fim só percebemos que algo não nos faz bem, quando algo ruim poderia acontecer.
— Você quer dizer aconteceu. Falo e não posso acreditar que levou toda culpa. — Os pais da Taís retiraram pelo menos o processo, a Lu não merece.
— Então não. Erick fala e olho incrédula. — Mesmo meu pai tentando um acordo, não aceitaram, os pais dela são bem ignorantes. Erick fala e posso ver chateado.
— E ela não fez nada? Ela estava lá, é culpa dela também.
— Ela sabe ser persuasiva, tudo tem que ser da forma como ela quer, mas não aceitei, falei com meu pai e a Lu sobre tudo. Erick fala.
— Como assim? Pergunto não acreditando que a garota possa está agindo de forma tão ruim.
— Ela queria que voltássemos, e só assim iria falar com os pais. Mas não dá, e nem meu pai e a Lu concordaram.
— Não é lógico que não é certo isso Erick! Estou indignada com que a Taís e a família estão fazendo com a família dele.
— Então vamos ver o que vai se resolver, o advogado da Lu recorreu ao primeiro pedido deles.
— Lamento tudo isso, espero que resolvam tudo. E o que posso oferecer a ele e espero mesmo que não seja um problema ainda maior a Lu não merece.
— É o que espero. Erick diz e vejo que está mesmo ressentido com tudo.
— E é por isso que cheguei a conclusão de que relacionamentos podem ser bem complicados, e não quero nem tentar, as pessoas cobram muito daquilo que não podem dar. Falo chegando a conclusão totalmente sobre o assunto.
— Bem vinda ao meu clube Lia, espero que sejamos só amigos. Erick fala com belo sorriso de canto.
— hahaha, já me apaixonei pelo seu amigo, não tem mais espaço para outro relacionamento complicado, então pode ter certeza que não vai passar disso. Falo com todas as letras não o vejo dessa forma, mesmo que seja bonito e não seja o cara que pensei que era, antes de nós aproximar.
— Se está dizendo. Erick volta a sorrir.
— Boa noite Erick, e fica longe de problemas. Aponto entrando e ele concorda seguindo.
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Atualizado até capítulo 171
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