Me mantenho ainda distante dos meus amigos, mas não evito quando eles vem até mim no refeitório da escola.
Hugo ainda agindo como se nada tivesse acontecido, Rômulo tem estado na dele calado, e o único que mantenho uma conversa é Cesar.
Ele não tem muito assunto além de coisas fúteis como festas e eventos que vão acontecer pela cidade.
Ele fica quando os outros saem indo falar com algumas garotas.
— Já deve está sabendo do jantar do meu pai. Fala.
— Sim, meu pai falou.
— Então vai? Não tem saído mais não com a turma. Fala
— Vou sim, vai ter algo legal, ou só um evento formal e monótono?
— As bebidas, mas não terá nada muito agitado. Ele senta do meu lado na mesa. — Mas convidei a Lia. Diz
Olho em volta, ela não está na escola, mas não é novidade que ela vá ao jantar, pelo que soube a mãe dela e do Cesar são próximas também.
— E como vocês estão?
Não conversamos sobre ela, e Cesar tem sido bem reservado com sua vida particular.
— Não estamos. Diz e sinto mais sério. — Queria um relacionamento mais sério com ela, mas não quer.
— E isso tem algo com ter ficado com a Renata?
— E o que penso. Mas não tenho nada com ela. Cesar fala e o encaro. — Tá talvez tenha rolado alguma coisa, mas já faz tempo. Confessa. — Você não falo com a Lia sobre isso né?
— Não me diz respeito Cesar.
— E que achei, vocês estão se falando mais e até saindo juntos, pensei...
— Não fiz, e estou sendo gentil com ela precisou de carona algumas vezes, e ela é legal cara.
— É ela é sim. Sinto que ele quer falar mais algo e não faz.
— Por que não disse que estava saindo com ela? Pergunto
— Ah sei lá Erick! No começo achei que não ia ser nada sério, mas a gente se conheceu melhor e fomos levando e ela nunca gostou muito de ir aos mesmo lugares que a turma, sempre mais na dela, olha que insisti em se enturma, ela nunca quis.
Olho para a galera, e Lia pareceu ser bem inteligente, apesar de gostar dos meus amigos, eles sabem ser um saco as vezes, e fazem algumas coisas idiotas. Cesar querer que ela estivesse nesse meio para poder estarem juntos só prova o quanto é imaturo para assumir um relacionamento.
— Um relacionamento sério é baseado em dividir um pouco de cada Cesar.
Olho para Taís com um grupo e percebo que em muito no que tivemos cedi aos gostos dela, e sempre estive envolvido com a galera e as atividades fúteis, nunca havia feito algo realmente legal e que fosse valer a pena em benefício de outros como estou com trabalho na associação, assim como Lia gasta seu tempo fora da escola, o que me faz questionar se Cesar viu isso nela.
— Pode ser, e estava disposto a tentar se ela quisesse, mas me deu um fora. Ela é muito cheia de manias, certinha como pai dela. Cesar reclama.
— Acho ela bem descolada na verdade. Acabo falando e Cesar me encara. — O que? Sabe que é verdade.
Ele volta a atenção para o salão e sorrir. — É ela tem algo especial. Cesar fala e sinto uma ponta de inveja do meu amigo, conheceu uma garota legal, e sinto que tenha perdido isso. — Mas enquanto não resolver fazer um esforço e ser a única, a gente conhece as erradas. Diz e vejo sorrindo para uma garota que passa perto da mesa, ele levanta e sai acompanhando um grupo e balanço a cabeça.
Acho que ele não enxergou que a Lia não é tipo de garota de se aparecer mesmo que goste, ela não vai buscar a aprovação de ninguém, e ele traiu a confiança dela, o que torna bem difícil que corra atrás dele se é o que espera.
Estou quebrando, arruda me fez trabalhar dobrado na associação, volto para casa e quero cair na cama depois do banho.
Vejo algumas mensagens no grupo do trabalho de biologia para segunda etapa da matéria.
Eles estão combinando de se reunir depois que todos fizeram um resumo de suas partes já que Carlos e Sara estão sem tempo.
Lia sugeri na sexta a noite, e todos concordamos.
Tenho uma vontade de mandar mensagem a ela e saber como está, mas acho errado depois da conversa com Cesar que parece ainda ter esperança em voltarem, não quero ser um amigo fura olho. E paro, não estou mesmo a fim dela, só devo está mesmo admirando por ter a conhecido melhor. Deixo de lado o telefone.
Quero apagar e acorda na manhã seguinte e faço.
...
Acabo indo direto da escola a associação, já que ficam perto e estou de a pé.
Não tem ninguém além do Antônio o guarda, vou para sala terminar de pintar as últimas cadeiras, estou acabando quando escuto.
— Está com disposição! Olho para porta onde o delegado está parado.
— Só vim um pouco cedo falo e dou último retoques de tinta.
Ele entra olhando. — Nada mal rapaz. Onde aprendeu pintar?
— Meu avó, era carpinteiro, a gente passava as férias no sítio, ele me ensinou algumas coisas, a gente gostava de fazer uns carrinhos de rolimã, pra brincar com uma molecada lá. Falo lembrando do bom tempo e saudade do meu avô que faleceu a dois anos.
— Então sinta-se feliz é um dos poucos privilegiados, por saber e aprender algo de uma maneira divertida, muitos jovens hoje nem sabem o que é esses carrinhos, estão tão envolvidos em redes sociais, e tanta tecnologia, que não fazem nem uma atividade ao ar livre e de interação social, e tudo pelo telefone.
Concordo. — Esporte e atividades ao ar livre faz bem. Observo ele assenti, o projeto deles ali, além de conscientizar sobre drogas também era para incentivar as crianças e jovens nas práticas de atividades prazerosas e que fosse algo para ter atenção deles.
— E como a Lia esta? Pergunto ela ainda não foi a escola. Ele me dá uma olhada. — Com o pé, soube que machucou fazendo trilha?
— Falei com ela essa manhã, está bem melhor. Os meus filhos sempre gostaram de umas atividades bem radicais, não é ruim, quando não se machucam. Observa. — Mas o que posso fazer puxaram ao pai. O homem rir.
— Faz trilha? Volto pergunta.
— Não, era piloto de Cross. fazia um tempinho que não ia a trilha, mas a Lia me fez ir, e vou falar a gente para e começo a enferrujar. Ele se remexe, e parece que ombro o incomoda. Acabo rindo. — E você faz algum esporte?
Balanço cabeça. — Não, as poucas atividades que faço e academia no fim de semana e nas aulas de educação física na escola, quis jogar futebol, mas não me achei bom com o esporte.
— É jovem devia praticar esportes, academia e só aparência Erick, a mente fica mais ativa com contato e interação com pessoas. Indica e gosto da ideia.
— Vou procurar algo.
Ele volta atenção as cadeiras. — Elas ficaram boas mesmo! Diz. — Olha vou em um training esse final semana, a Lia não desistiu, mas quer ir ver e se quiser vir conosco, tem uns jovens lá legais, fiquei de dar umas aulas. Me surpreende o convite.
— Claro, vou sim. Aceito.
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Atualizado até capítulo 171
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