Marina bate na porta do quarto de sua mãe, e entra, sua mãe está deitada com a janela do quarto fechada, não estava tolerando claridade
Marina- Mãe Maria fez um chá pra senhora, ainda está doendo muito a cabeça?
Tereza- Um pouquinho, esse chá da mãe Maria me ajuda muito, obrigada filha.
Marina se senta ao lado da mãe e faz um carinho em seu rosto.
Tereza - E como estão as nossas rosas?
Marina- Cada dia mais bonitas, hoje limpamos as folhas velhas.
Tereza- Amanhã estarei bem, então vamos juntas, hoje a tarde vou te dar uma folguinha dos bordados, vou descansar um pouco mais.
Marina - Acho que a senhora precisa de consultar com um médico, essas dores de cabeça estão se repetindo muito.
Tereza- Não é nada sério, deve ser por algum alimento, sempre passa. esse chá da mãe Maria me da um pouco de sono, depois que durmo acordo renovada.
Marina - A senhora vai querer que sirva o almoço aqui no quarto?
Tereza- Pede pra Mãe Maria fazer uma sopa de legumes para mim, como seu pai não está em casa prefiro fazer minha refeição por aqui mesmo, você se importa de almoçar sozinha hoje?
Marina - Claro que não, fica tranquila, dorme um pouquinho, vou pedir pra Mãe Maria pra fazer a sopa.
Tereza- Obrigada filha,você é um anjo.
Marina dá um beijo em sua mãe E sai do quarto, sua consciência estava pesada por causa do seu plano de fuga. Um pensamento não saia da sua cabeça " Mamãe vai sofrer muito com a minha partida, o que faço, se ficar não terei direito nenhum, indo embora sei o tanto que ela vai sofrer...meu Deus!" Mas ao mesmo tempo vinha outro pensamento "Não posso ficar aqui, me sinto sufocada demais, ela vai sofrer mas vai superar, se pelo menos aceitasse vir comigo, mas não posso nem falar isso com ela porque pode avisar meu pai, é muito submissa. Melhor ficar calada e me preparar pra quando chegar a hora e tomara que não demore." Ao chegar na cozinha:
Marina - Mãe Maria, mamãe está pedindo pra senhora fazer uma sopa de legumes bem leve pra ela, e vai almoçar no quarto mesmo, quanto a mim não precisa se preocupar posso almoçar aqui na cozinha com a senhora e a Leni.
Mãe Maria - Intão tá bão, gurinha memo vai tá pronto o armoço, e a sopa da vossa mãe já tá ficano pronta, já sabia que era isso que ia pedi.
Marina - Porque será que mamãe sente essas dores de cabeça, e tem se repetido demais.
Mãe Maria - Oia minha fia, temo que pode ser sangue grosso nas veia.
Marina- como assim?
Mãe Maria- É quando o sangue fica grosso e fica parado nas veia, uma hora dessa a veia pode istorá, já vi muito nego anssim.
Marina- E o que acontece se estourar?
Mãe Maria - uns fica intrevado, outros morre memo.
Marina- Credo mãe Maria, vira essa boca pra lá, não é isso que mamãe tem não.
Mãe Maria- Tumara que num seja isso, a sinhazinha perguntó e rispondi.
Marina- Mas quando descobre tem como tratar?
Mãe Maria- Num tem não, quando vê já tá é ficano feio, faço uns chá pra mode miora, mas num ajuda muito não.
Marina - Foi esse chá que levei pra minha mãe?
Mãe Maria - Foi , toda veis que ela fica anssim do o chá, mas sinhozinho num pode sabe, pruque me proibiu de faze as minhas beberage .
Marina- Mas porque? Se é pra ajudar.
Mãe Maria- Num sei, continuo fazendo pra mode ajudá meu povo, quando os nego tão na lavoura vão pegando os ramo, e nois iscondi na senzala, pra quando pricisá.
Marina - A senhora nasceu aqui na fazenda?
Mãe Maria- Nasci, minha mãe era paridera, quais todo nego dos mais veio é tudo meus irmão, os que ainda tão vivo. sô uma das mais veia, muitos já tão aí pirdido nesse mundão, forum vindido.
Marina- Queria tanto que as coisas fossem diferentes, que não tivesse escravos.
Mãe Maria - Quem dera...
Marina fica observando mãe Maria mechendo no fogão a lenha, andando de um lado pro outro, sente um carinho muito grande por ela, lembra-se desde pequena quando adoecia era ela que cuidava, passava a noite do seu lado, seu pai não permitia que sua mãe cuidasse dela quando era um bebê, até a amamentação foi de uma escrava, uma mãe de leite, a coitada tinha que dividir o peito do seu filho com a sinhazinha. Tereza chorava escondida por não poder cuidar da sua filhinha, seus seios ficaram cheios e endurecido, inflamaram, mãe maria com emplastros ajudou cuidando dela.
Marina - Como eram os meus avós?
Mãe Maria- iguarzinho vosso pai, a sinhá que Deus a tenha num era faci, raiava por poca coisa dava castigo.
Marina - E meu pai, brincava com os meninos da senzala?
Mãe Maria- Brincava não, num gostava de misturá
Leni chega - Já acabei de arrumá lá pra dentro.
Mãe Maria serve um prato de sopa e manda levar pra sinhazinha - Adispois vosmice vorta pa armuçá.
A menina pega a bandeja e vai.
Mãe Maria- Aqui sinhazinha, qué que ponha a comida no prato pra vosmicê?
Marina-Pode deixar, mesmo me sirvo, tá com um cheirinho muito bom.
Marina vai até o fogão e começa a se servir, Mãe Maria por uma jarra de suco de laranja na mesa- Oia esse suco tá fresquinho, pode tumá
Marina - Obrigada mãe Maria, vou sentir muita falta da sua comida.
Mãe maria- Num sei pro quê, a sinhazinha vai pa argum lugar?
Marina percebe que falou demais e corrige - Um dia vou ter que ir, ou a senhora não tá sabendo que mamãe já está me preparando pra ser dona de casa, meu pai quer me casar logo.
Mãe Maria - O dia que isso acuntece vou sinto muita falta da sinhazinha.
Marina - Mas ainda estou aqui, senta aqui na mesa comigo, pra gente almoçar, Leni chega na cozinha
Marina- Você também Leni, vamos almoçar juntas hoje .
Leni fica sem ação, olha pra Mãe Maria pedindo permissão
Mãe Maria- Pode si sirvir, Leni, e vem pra mesa Cumé com a sinhazinha.
Elas almoçam em silêncio, Marina se sentia tranquila ao lado delas
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Atualizado até capítulo 130
Comments
Mia Connolly
😍😍😍😍😍
2022-08-07
1
Erica Terra
D++++👏🏻👏🏻👏🏻essa história promete,adoroo ser surpreendida,Gratidão Cremilda Machado!💋
2022-07-23
0
Francine Ferreira
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2022-04-04
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