No dia seguinte Pedro chegou cedo como prometeu a filha, ela ainda estava na cama, mas não demorou muito para sair.
- Bom dia pai! Ela aproximou-se do pai e o beijou com carinho, ele a abraçou e a beijou de volta.
- Como você está querida?
- Bem.
- Seu estágio começa terça-feira e eu quero que você conheça o coronel Albert, ele será seu chefe, vamos almoçar com ele hoje, tudo bem para você?
- Tudo bem. Eles sentaram a mesa, o pai tinha preparado um café da manhã com diversas opções. Ela sorriu ao ver a mesa vasta de delícias, e disse sorrindo. - Se superou dessa vez pai.
- Cada dia melhor, você lembra quando fiz suco de laranja pela primeira vez?
- Foi um fracasso, o suco tinha casca e tudo. Os dois riram juntos, fazia tempo que eles não desfrutavam de um momento tão gostoso assim.
- Sabe que te amo, né filha?
- Eu te amo muito mais.
- Não queria te falar, mas...
- O que aconteceu?
- Eu tive que internar sua mãe.
- Porque? O que ela fez dessa vez?
- Ontem ela surtou com os empregados, dizendo que eles tinham roubado suas joias e quando entrei no quarto, as joias estavam lá no mesmo lugar, não é a primeira vez que isso acontece, eu tive que tomar uma atitude, tive medo que ela machucasse alguém. O semblante de Katharina se decaiu em tristeza e falou para o pai.
- Entendo, mas, talvez ela precise de mim.
- Ei querida, não se martirize por ela, conversei com o médico e sua mãe vai precisar de um tratamento adequado por algum tempo, vamos ver como ela reage, depois disso você poderá vê-la quando quiser.
- Está bem. Pedro se aproximou da filha envolvendo-a em seus braços e disse:
- Se concentre nos seus estudos, na sua carreira e tudo ficará bem.
Mais tarde quando Katharina e seu pai entraram no restaurante ‘O Frango Dourado’, Albert já estava, era um lugar sofisticado, com paredes espelhadas e mesas de vidro redondas, eles sentaram num canto, foi um almoço extremamente agradável, o coronel parecia ser um homem muito afável, fazendo-a se sentir confortável. Quando terminaram, logo se despediram e Katharina saiu para o lado de fora do restaurante, seu carro estava logo a sua frente, quando ela olhou para o outro lado da rua, seus olhos pararam em um carro vermelho, estacionado em frente a um terreno vazio, foi quando ela viu Paula aos beijos com alguém, ela ficou curiosa e não parou de olhar, era o Edward o homem com quem ela estava.
- Vamos querida? Falou Pedro, chamando sua atenção.
- Sim pai. Ela saiu andando e olhando disfarçadamente para eles, mas logo perdeu o interesse, deixou seu pai no aeroporto e seguiu para casa, mas no caminho pensou em fazer uma visita a sua amiga, não pensou muito e parou o carro em frente ao jardim, por sua sorte ela estava sozinha em casa, quando as duas amigas se viram sorriram se abraçando. Leila a pegou pelo braço levando-a para dentro.
- Venha, entre, meu pai não está em casa. Ela arrastava a amiga enquanto falava. - Senti tantas saudades sua.
- Desculpe não poder te ver, não parei essa semana e meu pai chegou hoje bem cedo, fomos almoçar juntos, começo meu estágio terça-feira.
- Poxa, tão rápido.
- Mas são somente três dias na semana e eu não vou poder te ver, como você está? Seu pai me disse que estava doente.
- Meu pai te disse? Eu realmente pedir a ele, mas não imaginei que ele fosse falar com você, agora estou melhor, foi só um resfriado.
- O que vai fazer amanhã? Podemos passar o dia juntas.
- Oh amiga! Desculpa, não posso, vou para casa de meus avós, conhecer uns parentes, quer vir com a gente?
- Não, acho melhor não. Enquanto elas conversavam, alguém bateu na porta e imediatamente ela se abriu.
- Leila você quer... Ele cortou a frase ao meio quando viu Katharina sentada na cama conversando com sua filha.
- Pai, a Katharina vai jantar conosco. Mas a amiga se levantou rapidamente dizendo.
- Eu não posso, desculpe amiga, mas tenho que ir. Ela caminhou para a saída, no entanto, Leila a segurou pelo braço fazendo-a parar.
- Não, você não vai. Katharina olhava tensa para sua amiga, enquanto David assistia a cena sorrindo.
- Tudo bem Katharina, fique para jantar conosco. Ele saiu sorrindo, mas ela sentou em choque, suas mãos tremiam, enquanto a amiga tentava esconder o riso.
- Você deve amá-lo de verdade, para ficar desse jeito.
- Por favor Leila, não brinca assim.
- Estou falando sério, você sempre foi tão segura de si, enquanto eu ficava em pânico quando os garotos se aproximavam.
- Não é bem assim. Katharina ainda se sentia desconfortável.
- É sim, desde quando a gente se conhece? Desde a segunda série, e você sempre foi popular entre os garotos. As amigas ainda permaneceram no quarto conversando, porém, quando elas desceram e sentaram a mesa o cheiro do canelone cremoso penetrou pelas suas narinas fazendo Leila suspirar.
- Hum, pai, hoje você se superou. Ele sorriu enquanto colocava a travessa do canelone na mesa, olhando para Katharina.
- Espero que goste.
- Não se preocupe, ela adora canelone, tudo que tem queijo ela gosta. Katharina sorriu sem jeito.
- Por favor Leila.
- Parei de brincar, vamos comer?
- Incrível como essa menina ficou boa de repente. Falou David olhando para a filha, mas, enquanto se servia ela protestou.
- Eu disse que era só uma gripe pai. E assim se seguiu o jantar, com piadas aleatória, risos e olhares apaixonados, era como um momento mágico para Katharina, entretanto, foi ficando tarde, quando o jantar terminou, ela não demorou muito a ir para casa, na porta se despediu de Leila com um abraço e acenou para David sorrindo e foi para casa. Depois de tomar banho e trocar de roupa, ela se preparou para dormi quando seu celular vibrou, era uma mensagem de Leila, convidando-a para passar o domingo juntas na casa dos tios, entretanto ela se sentiu pressionada e respondeu de imediato. “Amiga, já disse que não vou, fico constrangida diante de seu pai.” Mesmo que quisesse passar o domingo próximo dele mais aquilo era demais para ela, preferiu ir para cama e dormi. Porém, pela manhã, assim que Katharina abriu os olhos seu telefone tocava incessantemente, ainda sonolenta ela atendeu:
- Oi.
- Katy, você ainda está dormindo? Estamos aqui embaixo te esperando.
- O quê?
- Eu vou subir, precisa se apressar. Ela não esperou que a amiga dissesse mais nenhuma palavra e logo estava batendo na sua porta. Katharina abriu a porta desanimada, mas a amiga entrou sorrindo.
- Vamos lá Katy, você vai gostar e meu pai quer que vá.
- Não quero que ele ache que eu...
- Por favor não continua, vamos ver uma roupa. E assim ela não conseguiu recusar aquele convite tão tentador, não demorou muito e ela estava pronta. Quando entraram no carro David sorriu e falou:
- Preparadas para uma maratona de músicas?
- Meu pai e suas músicas. Enquanto seguia pela estrada rumo a São José dos Campos, ele ligou o som ao ritmo dos Beatles, Let it be, e cantava mexendo a cabeça de um lado para outro, fazendo as meninas rirem, durante todo o percurso da viagem eles cantavam de forma engraçada e Katharina pôde com prazer conhecer aquele lado divertido de David. Quando chegaram a cidade e se aproximaram da casa, eles pareciam ansiosos esperando na porta. Seus tios foram os primeiros a cumprimentá-los.
- David! Ele abraçou os tios e sorriu enquanto a tia continuava falando. E essas duas mulheres lindas?
- Essa é Leila, minha filha e essa aqui é Katharina, sua melhor amiga. A senhora ainda sorrindo agarrou Leila e a apertou em um abraço longo, depois fez o mesmo com Katharina como se não houvesse diferença entre elas.
- Venha, vamos entrar e conhecer o resto da família. E realmente a família era grande, tinha uma turma sentada num sofá e os demais estavam espalhados pelo chão, todos pareciam bem animados com a presença deles e tratavam Katharina como se fosse membro da família. As horas se passaram rapidamente que eles nem perceberam quando o senhor e a senhora Brassanini chegaram.
- Chegamos! Falou o senhor Brassanini entrando na casa, David imediatamente veio cumprimentar os pais, dando um beijo suave na testa de sua mãe e em seguida Leila os recebeu com um abraço carinhoso, entretanto Katharina se manteve no mesmo lugar, mas a senhora Brassanini veio até ela e a abraçou. Enquanto conversavam alguém chegou para anunciar que o almoço estava pronto e imediatamente eles seguiram para a sala de jantar, era uma mesa grande que cabiam quase dez pessoas, depois do almoço a família se espalhou pela casa, Katharina estava na sala conversando com Leila e Bete, Francis, Gustavo e Levi, os adolescentes daquela família eram animados, eles riam de algo engraçado que um deles tinha contado quando o senhor Brassanini passou por eles, Leila o chamou.
- Posso falar com você vovô?
- Sim, claro! Me acompanhe até o jardim.
- Venha Katy. A amiga sorriu e se afastou do pessoal seguindo-os.
- Aconteceu alguma coisa? Perguntou o idoso.
- Não, eu só queria te fazer uma pergunta.
- Do que se trata?
- Como meus pais se conheceram? Eu perguntei a meu pai, mas ele não quis tocar no assunto, por favor, fala para mim. Ele sorriu.
- Quando eu vi a forma que meu filho olhava para sua amiga, percebi que ele estava apaixonado, foi assim com sua mãe. Ele olhou para Katharina com carinho e continuou falando. - Não se envergonhe por isso menina, o amor é imprevisível.
- É, o meu pai gosta dela.
- Leila! Katharina resmungou, mas a amiga parecia não se importar.
- Você deve perguntar a seu pai sobre isso, ele tem a obrigação de contar para você, não eu.
- Bom, vou tentar mais uma vez, mesmo assim, obrigado vovô. Enquanto eles conversavam David apareceu sorrindo.
- Vamos meninas?
- Mas meu filho, porque tanta pressa?
- Semana de provas, tenho muito que trabalhar quando chegar em casa. E assim eles se despediram de todos retornando para casa antes do anoitecer. No caminho de volta eles seguiram em silêncio, David parecia totalmente diferente ao regressar, porém ninguém falou nada, quando eles pararam em frente ao prédio, ele esperou que as amigas se despedissem e depois seguiu para casa.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Amanda
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
2022-12-28
3
Day
ownt💕
2022-11-28
2
Lua
🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻
2022-11-28
2