12. Tentando levar a vida

A semana começou com chuva, a temperatura caiu de maneira tão acelerada que quem estava na rua procurou seus agasalhos, Katharina e Leila não se viram nos dois primeiros dias, as aulas tinham sido tão intensas e desgastantes que elas nem puderam almoçar juntas. No dia seguinte Katharina acordou bem cedo, não queria se atrasar para aula de direito penal, procurou todo o seu material e não demorou muito a sair, chegou à faculdade e foi direto para a sala, sentou na terceira fileira, como era de costume e procurou organizar tudo em seu tablet, depois de fazer a lista dos assuntos e desenvolver cada um deles, a sala começou encher de repente, quando ela levantou os olhos David entrou saudando a turma com um bom dia, depois escrevendo na lousa começou a falar.

- Hoje, como programado, vamos começar com Crime impossível e os elementos do tipo, alguém pode me dar um exemplo? Imediatamente duas pessoas levantaram as mãos, uma delas foi Paula que falou com voz sedutora.

- Crime impossível se divide em três espécie, um, delito impossível por ineficácia absoluta do meio, dois, delito impossível por impropriedade absoluta do abjeto material e por fim, crime impossível por obra de agente provocador.

- Obrigada, mas pessoal, eu quero uma resposta mais clara, mais objetiva, alguém pode esclarecer a resposta da nossa colega? Mas quero algo que todos entendam, alguém pode me dar algum exemplo? Naquele momento Katharina levantou a mão e antes que desistisse falou com confiança. – Eu sei alguns exemplos, o crime impossível pode ser por ineficácia absoluta do meio, por exemplo, como tentar matar alguém com uma arma de brinquedo, ou a impropriedade absoluta do abjeto, por exemplo, tentar matar alguém que já estar morto. O professor bateu palmas e sorriu para ela antes de voltar a falar.

- É isso aí, essa era a resposta que eu queria, muito obrigado senhorita Herman. Agora pessoal, eu quero que vocês pesquisem todo tipo de crime impossível, todos os seus elementos e suas consequências, com base na nossa lei, depois quero um relatório muito bem elaborado, podem fazer em dupla se quiserem, e não esqueçam quero para a próxima aula. Nesse momento Nolan foi até Katharina, enquanto ela olhava David sair da sala.

- Vamos fazer juntos, né gata?

- Pode ser, no almoço a gente combina, eu preciso ir. Ela se levantou imediatamente e percorreu até o andar de baixo, mas David tinha sumido, seu coração estava saltitante, queria ao menos vê-lo e ao mesmo tempo ficar longe dele, seus pensamentos começavam a entrar em conflito. Depois do almoço ela e Nolan se encontraram na biblioteca para organizar a pesquisa, eles levaram algumas horas trabalhando naquele assunto, em seguida, já cansados eles decidiram parar, e irem para casa, mas Nolan se aproveitou da situação.

- Vamos terminar a pesquisa lá em casa, é mais confortável.

- Não, eu estou cansada demais, já são quase 18 horas e eu preciso ir, amanhã você me envia por e-mail a sua parte para que eu possa revisar antes de entregar.

- Entendi gatinha, mas você não me respondeu se aceita meu convite para sexta à noite.

- Eu não sei Nolan, vou pensar. Ele beijou o rosto dela e saiu, ela também não demorou muito e enquanto arrumava suas coisas na bolsa, ouviu aquela voz inconfundível do David, imediatamente ela pegou tudo que viu sobre a mesa e jogou na bolsa rápido, tentando não se encontrar com ele seguindo depressa para a saída, no entanto, se bateu em alguém, e quase caíu, ele sorriu e a segurou suavemente no braço para que ela não caísse, Katharina parou, apoiando no braço dele.

- Onde vai com tanta pressa? Ela prontamente levantou os olhos e era Edward que estava a sua frente, David estava logo atrás dele.

- Desculpa, eu... Seus olhos encontraram os de David e ela se perdeu nas palavras. Edward sorriu novamente ao vê-la fugir embaraçada e disse para David.

- Acho que ela gamou em você, até que é bonitinha. Ele pareceu não gostar da brincadeira, mas tentando disfarçar, deu um tapa nas costas do amigo.

- Foco Ed, você não veio aqui para paquerar.

Já era noite quando Katharina chegou em casa e largou-se no sofá, estava tão cansada que queria somente tomar banho e dormi, mas seu celular vibrou, era uma notificação, Leila tinha mandado uma mensagem. “Oi amiga, desculpe minha ausência, estou atolada de trabalhos. Nos vemos no fim de semana. Beijos. Te amo.” Ela sorriu e foi para o banheiro, depois de um banho relaxante, trocou de roupa e sentou na cama para terminar a pesquisa, organizou os textos sobre crime impossível e elementos do tipo, queria deixar sua pesquisa perfeita, não daria motivos para que David a reprovasse. Quando terminou estava exausta, deitou na cama bocejando e ali mesmo adormeceu. Na quinta feira não houve nada de interessante, as aulas seguiram como de costume, intensas e cansativas, entretanto ela deu o seu melhor, mas queria também fugir do Nolan o máximo que pudesse do seu encontro para sexta à noite e por incrível que pareça ela conseguiu. Quando retornou para casa, entrou bocejando, sentiu que precisava dormi, descansar um pouco mais ou se desligar totalmente do mundo real, não via a hora de começar a estagiar para que aquela rotina interminável acabasse, no entanto, antes de deitar seu pai ligou.

- Oi pai, tudo bem?

- Oi querida, vou passar o fim de semana com você, amanhã tenho uma reunião do conselho e estarei chegando sábado bem cedo.

- E como está a mamãe?

- Sua mãe está bem. Ele suspirou do outro lado da linha. - Como sempre, comprando roupas e joias, gastando muito dinheiro sem necessidade, esta semana ela decidiu ir para Paris, eu acho que vou interná-la.

- Porque não traz ela?

- Ela não quer, eu a convidei, perguntei se ela não sentia sua falta, mas sabe como sua mãe é insensível.

- Não fale assim pai.

- Bom, minha querida, deixa sua mãe para lá. Boa noite. Eu te amo.

- Também te amo pai. E assim ela desligou, sentia tristeza por sua mãe não amá-la, não se importar com ela, valorizar mais as coisas materiais, o dinheiro, suas roupas e joias era a única coisa que importava para ela. Depois daquela conversa Katharina preferiu beber ao invés de ir para cama, colocou a taça de vinho na mesinha de centro e sentou no sofá ligando a televisão.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***