No dia seguinte Katharina acordou com uma forte enxaqueca, já passava das 10 horas quando ela levantou, tomou um banho, preparou um café e foi para o sofá quando seu telefone tocou.
- Oi amiga, como se sente? Perguntou Leila e Katharina logo respondeu, com uma voz arrastada ela disse:
- Muita dor de cabeça, acho que exagerei.
- Claro, você tomou todas ontem.
- Eu precisava amiga e você estava lá para me proteger, obrigada.
- Está pronta para outra?
- Do que você está falando?
- Vem jantar comigo hoje, meu pai mandou te convidar, ele quer saber quem é essa amiga minha. Leila sorriu e continuou falando. - E meus avós querem me conhecer, estou tão nervosa, não sei como lidar com isso, por favor diz que sim, você vem?
- Claro, nunca te deixaria na mão. Que horas?
- Às 20 horas, está bom para você?
- Claro! Você é quem manda. Elas sorriram juntas e deligaram.
A noite chegou bem devagar, enquanto Guarulhos aos poucos era iluminada automaticamente com as luzes na cidade, depois de um dia bem relaxante, sem se preocupar com nada relacionado aos estudos Katharina se preparou para o jantar na casa de sua melhor amiga, ela mal podia imaginar o que estava prestes a acontecer, em seu closet procurava por algo discreto, na moda, e fofo, enquanto olhava os dois vestidos a sua frente, decidiu escolher o verde, um vestido mídi, de alças largas, com gola “v” que realçava seus seios, mas, charmoso e discreto, decidiu prender os cabelos, deixando algumas mexas soltas, e usou um batom no tom vermelho fogo. Assim que saiu de casa ligou para Leila avisando que havia saído, já passava das 20 horas quando ela se aproximou da casa, no entanto, a amiga sorridente a esperava na porta.
- Meus avós já chegaram, só faltava você.
- Desculpe ter demorado, precisava decidir o que vestir.
- Venha, entre. Katharina procurou seu melhor sorriso quando entrou na sala, afinal ia conhecer o pai e os avós de sua melhor amiga, mas seu sorriso imediatamente se derreteu como sorvete quando ela ficou de frente para David, ele estava sentado tranquilamente com as pernas cruzadas e sorria, quando Leila falou:
- Pai, essa é minha amiga Katy, quero dizer Katharina. Foi como se aquele momento tivesse parado no tempo, David estava à vontade, sentado em seu sofá preferido, ele se levantou para cumprimentá-la, mas quando olhou para ela, parou no meio do caminho, os dois se olharam por alguns segundos, Katharina sentiu que podia se perder novamente naqueles olhos esmeralda, no entanto, ele quebrou o silêncio, agindo tranquilamente disse:
- Muito prazer, acho que já nos conhecemos no dia da palestra na faculdade, o reitor falou muito bem de você, Katharina Herman, não é isso? Ela sorriu sem graça e balançou a cabeça de forma positiva.
- E esses são meus avós. Eles a cumprimentaram de forma graciosa e depois seguiram para sala de estar onde o jantar foi servido. Mesmo Leila estando ao lado dela, Katharina se sentia totalmente deslocada, estar no mesmo ambiente que David era desconfortável demais e Leila parecia não perceber nada. O jantar foi servido, mas ela nem tocou na comida, estava tentando se controlar para não sair correndo daquele lugar, lembrar do momento em que ele terminou com ela era muito doloroso, no entanto, de repente se levantou e pediu licença para se retirar, caminhou em passos largos para a saída, Leila também se levantou e foi atrás dela.
- Ei! Espere, o que houve? Enquanto caminhava, Katharina tentava segurar as lágrimas, sabia que se dissesse alguma palavra, elas transbordariam. Ela parou, tocou no braço de Leila sem olhá-la e disse num balburdio:
- Desculpa amiga, mas preciso ir.
- Não! Fala o que aconteceu. Ela saiu em passos largos e entrou no carro, mas Leila parecia confusa. - Espera Katy. No entanto ela ligou o carro e saiu chorando, enquanto sua amiga a observava em confusão ela sumir na estrada. Naquele instante David se aproximou da filha perguntando:
- Leila, o que aconteceu? Ela olhou para o pai incrédula.
- Não sei, Katy estava chorando, ela foi embora. Eu... não entendo, o que fizemos de errado?
Na estrada, Katharina segurou firme no volante enquanto as lágrimas desciam copiosamente pelo seu rosto, não conseguia ignorar a dor que sentia dentro do peito, naquele momento desejou voltar ao passado para não ter conhecido aquele homem, e se o amor era aquilo, nunca mais amaria novamente. Entrou em casa aos prantos e se jogou no sofá ainda em lágrimas, queria parar ou esquecer, mas todo aquele sentimento era maior que ela, chorou tanto que acabou adormecendo. Enquanto isso Leila estava deitada na cama ainda sem entender o que realmente aconteceu, já tinha ligado várias vezes para sua amiga, mas ela ignorou todas as chamadas, triste e sem resposta Leila decidiu dormi, quando seu pai bateu na porta.
- Posso entrar?
- Claro. Quando ele entrou, olhou para ela com carinho e sentou aos pés da cama perguntando:
- Conseguiu falar com sua amiga? Ela respondeu com voz triste.
- Não, ela não atende.
- Eu sinto muito. Ela tentou esconder uma lágrima que insistia em descer no seu rosto, porém, ele preferiu não contar a verdade para a filha e disse: - Ela vai ficar bem, seja lá o que for que esteja acontecendo.
- Eu posso vê-la amanhã?
- Se ela quiser que você vá, tudo bem. Ele beijou a testa da filha e se levantando continuou. Boa noite!
- Obrigado.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Elizabeth De Melo Albuquerque
bobagem eu casei com 15 anos e meu amor era 11 anos mais velho que eu. infelizmente ele morreu faz 17 anos mas me deu uma família linda e fomos muito felizes por 35 anos.
2023-08-13
3
Carla Luz
é muito cara de pau
2023-01-20
1
Eliane Mendonça
Nossa estou de coração partido com toda essa história, ela está sofrendo muito e ele por ser mais velho e maduro está conseguindo lidar melhor com toda essa situacão tão complicada🥲😔
2022-12-30
3