(DIA SEGUINTE)
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-Bruna: Queeeeê? (Quando ficou sabendo o que aconteceu, ela quase caiu para trás)
-Henrico: Foi o único jeito que pensei para controlar a situação!
-Bruna: Bem, eu acho que a situação está tudo, menos controlada… como você planeja resolver isso?
-Zack: Eles vão ter que casar… El Diablo não perdoa mentiras, isso causaria uma guerra entre as famílias… se você não quer ver derramamento de sangue, sugiro que você convença sua amiga… além disso, precisamos dela para pegar o impostor!
-Henrico: Fique tranquila, se o casamento não se consumar, será inválido. Na nossa família, um casal tem que dormir juntos três vezes para não haver separação.
-Bruna: O que isso quer dizer exatamente?
-Henrico: Se transarmos 3 vezes, será considerada uma união estável e a anulação do casamento não será permitida, somente com a morte. Mas isso não acontecerá, todos aqui sabemos que, com meu estado de saúde, não poderemos nem nos tocar, quanto mais transar, então fique tranquila.
-Bruna: Não sei porque isso não me cheira bem… só preciso de um tempo para pensar em como convencer ela a parar com a busca pelo verdadeiro amor e se casar com um mafioso.
-Mark: Quanto tempo você precisa?… Nossa situação é bem urgente, eu não acho que essa informação ficará muito tempo somente no México, logo chegará aos ouvidos do Petrov e teremos que levá-la por bem ou por mau.
-Bruna: Uma semana, não podem levá-la à força!
-Zack: A vida dela corre perigo se ela não for… eles voltarão se descobrirem que foi tudo uma grande mentira e dessa vez terminarão o serviço!
-Bruna: Que droga! Por que você disse que ia se casar?
-Henrico: Você acha mesmo que só estavam em seis? Com certeza tinha mais aguardando em algum lugar esperando as ordens das garotas… o único jeito foi conversar com elas. Casando com um membro da máfia, sua amiga fica protegida, nada acontecerá com ela enquanto eu estiver perto!
-Bruna: Tenho que ir, pensarei em um jeito!!! (diz enquanto abre a porta)
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-Miguel: Querida, preciso de um favor seu!
-Marina: Que favor? Por que me pediu para vir depressa? (diz assustada)
-Miguel: Preciso que você descubra o número telefônico de uma pessoa para mim, é urgente.
-Marina: Quem?
-Miguel: Do filho de uma velha amiga minha, no tempo em que eu morava em Nova York, o nome dele, Henrico Jenkins.
-Marina: Por que você quer que eu descubra o número de telefone dele?
-Miguel: Ele é alguém que pode nos ajudar… os caras estão me pressionando, eu tenho que proteger minha família.
-Marina: Mas o senhor sabe que nada disso estaria acontecendo se o senhor não tivesse pegado aquele dinheiro para gastar no jogo, não é? E o que o senhor acha que esse homem pode fazer?
-Miguel: É filha, eu sei que a culpa é minha, será que você pode fazer esse favor para seu velho pai? Ele é muito poderoso!
-Marina: Claro que descubro, vou para meu antigo quarto, meu velho notebook continua lá, certo? Ele funciona, não é?
-Miguel: Sim, está. (ela foi para o quarto sozinha e trancou a porta, começou primeiro pesquisando quem era a pessoa quem seu pai estava procurando)
-Marina: Vamos ver… quem é Henrico Jenkins, será que tem algo sobre ele no Google?
(Ela digitou o nome e sobre Henrico Jenkins apareceram algumas notícias de seus investimentos, sobre os produtos de sua empresa… e algumas fotos.) - Hum, ele é bonito, na verdade, bonito? É uma palavra muito simples para descrever, Simplesmente um Deus. Estou babando nesse moreno, aqui diz que ele tem 28 anos e já é um CEO de sucesso. Mas como nunca ouvi falar nesse cara antes?… ele faz muito meu tipo, aliás, ele faz o tipo de qualquer um… pena que mora tão longe e não deve curtir nerds. Após ter babado bastante sobre a tela do computador, Marina começa a fazer sua mágica e em alguns minutos descobre o número.
-Marina: Pai, aqui. (Entrega para ele)
-Miguel: Obrigada, você é a melhor!
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-Mark: Você está nervoso? (Diz vendo Henrico andar de um lado para o outro)
-Henrico: Não, não estou nervoso… só tem a possibilidade de uma guerra ocorrer entre as famílias, e muitas pessoas morrerem nesse fogo cruzado e adivinha de quem vai ser a culpa… opa, minha!
-Zack: Você me parece muito nervoso, que tal fazer meditação? A Barbie já falou que vai convencer a garota.
-Henrico: Ela tem uma semana, se não conseguir, vamos fazer do meu jeito!
-Mark: E o seu jeito envolve tortura?
-Henrico: Meu jeito envolve o que for necessário, não vou deixar uma garota qualquer causar uma guerra.
-Zack: Você precisa aliviar esse estresse ou vai acabar surtando, vamos boxear, vou trocar de roupa!
-Henrico: Я действительно сейчас взорвусь, если ты поймешь, что я преувеличиваю, ты можешь стереть меня! [eu realmente estou a ponto de explodir, se você perceber que estou exagerando, pode me apagar]
Ambos trocam de roupas, vestindo regatas e shorts de moletom, e começam a lutar. Henrico descarrega todo seu estresse, segundos depois seu celular toca, é da empresa e ele pede um tempo a Zack para atender.
[Ligação]:
H→Alô?
S←Secretária Alice falando, Sr. Bom dia!
H→Sim, bom dia! Algo urgente aconteceu?
S←Com relação à empresa, está tudo em ordem, estou ligando para informar que o Sr. tem uma ligação de um homem que diz que é muito importante. Gostaria de saber se o Sr. deseja atendê-la?
H→Não, eles sempre fazem isso para que eu aceite seus currículos, peça que mande pelo e-mail da empresa.
S←Eu me adiantei e perguntei se seria esse o assunto, mas ele disse que não, e insistiu que o assunto é de vida ou morte.
H→ Ele disse como se chama?
S←Seu nome ele não quis informar, mas seu sobrenome é Martin.
H→Pode passar! (Assim ela faz)
-Zack: Quem é?
-Henrico: Quais as possibilidades do pai do Mark estar vivo? Um cara chamado Martin quer falar comigo (Diz tapando o microfone do celular)
-Zack: O corpo dele nunca foi encontrado, só constataram que ele estava morto porque ele nunca voltou… mas é possível estar vivo!
H→Alô?
M←Alô, Henrico Jenkins Petrov?
H→Como você sabe meu nome completo? E quem é você?
M←Sou Miguel Bryant Martin, eu sou…
H→Pai do Mark… estou certo?
M←Sim, quero falar com você pessoalmente!
H→tudo bem, onde?
M←Vou te mandar o endereço por mensagem, até mais! (Diz e desliga)
-Zack: Quê? (Ansioso para saber)
-Henrico: Era ele, o que eu faço? Falo para Mark?
-Zack: Bem, se o pai dele tá vivo, você deveria contar, mas é melhor saber o que tá acontecendo primeiro antes de jogar essa bomba em cima dele.
-Henrico: será que, se eu pedir, os problemas voltam de onde vieram? Estou a ponto de explodir porque desde que cheguei aqui nesse lindo país tropical tenho que lidar com problema atrás de problema!
-Zack: o pior é que acho que eles não estão nem perto de acabar.
-Henrico: Detesto não ter o controle das coisas, me sinto confuso quando algo que eu não previ acontece.
-Zack: Vou preparar os documentos do seu casamento.
-Henrico: Tem mesmo que ser real? Não podemos só falsificar um certificado de casamento e permanência?
-Zack: A garota trabalha no departamento de polícia, ficaremos felizes se ela somente aceitar o plano A.
-Henrico: A gente tinha plano A?
-Zack: Não tínhamos, mas seu casamento passou a ser.
-Henrico: Ah… bom, eu tenho que ir, vou tomar um banho e encontrar um fantasma.
-Zack: Qualquer problema, você me avisa!
-Henrico: Será que você pode não falar essa palavra… realmente atrai quando a mencionamos!
-Zack: Ok!
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-Miguel: Você veio! (Diz, vendo-o se aproximar da mesa)
-Henrico: É você mesmo, só que você foi dado como morto, o Mark pensa que você morreu!
-Miguel: É uma longa história… como o Mark está?
-Henrico: Logo após o acidente em que você foi dado como morto, sua esposa o deixou na casa do meu avô… no dia seguinte, apareceu no jornal que ela tinha se suicidado.
-Miguel: Isso é mentira, eles a mataram… e a culpa é toda minha! (Diz abalado)
-Henrico: Quem matou ela? E por que a culpa é sua?
-Miguel: O Mark, onde ele está?
-Henrico: Ele veio comigo, está bem, e já sabe se cuidar!
-Miguel: Tenho que te pedir desculpas, fiz algo para que você viesse para cá… eu pedi para um amigo do jornal publicar que você estava matando policiais…(Henrico agarra o colarinho dele)
-Henrico: Você fez o quê?
-Miguel: mas as coisas saíram do controle… alguém começou a realmente matar policiais, e minha filha trabalha na polícia…
-Henrico: Quer dizer que alguém tirou a sua ideia do papel e está matando policiais, e eu estou ganhando a fama?
-Miguel: Sinto muito, eu precisava fazer você vir… tinha que avisar que o Mark não está fora de perigo. E outra coisa, quero pedir para você proteger minha família.
-Henrico: Sua história está mal contada… que tal contar os detalhes direito? Primeiramente, quem quer matar você?
-Miguel: Bom, eu acho que é justo que eu te conte, já que quero sua ajuda.
-Henrico: Sim, porque depois do que você fez, até quero te matar.
-Miguel: Há alguns anos eu gostava de sair, conhecer lugares novos e me divertir, em uma dessas noites frias de inverno um amigo me levou em um cassino recém inaugurado… desse dia em diante adquiri um vício por jogatina, com um tempo isso foi ficando sério e começou a me trazer problemas no casamento, logo comecei a receber ameaças de morte, então quis me divorciar para salvar a vida da minha mulher, filho e filha que ela estava esperando, mas ela não aceitou e estava com os hormônios a flor da pele devido à gravidez, então fiquei até que o bebê nascesse… três meses depois que o bebê nasceu os caras acharam nossa casa, tivemos que fugir em carros separados, ela foi para a mansão dos Petrov, sua mãe era amiga dela e lá ela ia estar segura. Levei o bebê, para despistar eles forjaram minha morte e embarquei para o Brasil com o bebê…
-Henrico: Então foi você que embarcou para cá com o bebê?
-Miguel: Sim, mas com medo de que eles ainda estivessem me seguindo, eu a deixei em um orfanato… (Henrico fica a ponto de acertar um soco na cara de Miguel, mas se segura).
-Henrico: O que você…
-Miguel: Eu não tinha a intenção de deixá-la, só ia deixá-la lá um mês até eles irem embora e acreditarem na minha morte!
-Henrico: E então?…
-Miguel: eu não sabia que, depois que você deixa uma criança no orfanato, tinha burocracia para tirá-la depois. Para conseguir pegá-la de novo eu tinha que adotá-la… e para adotá-la eu tinha que ser casado com uma brasileira… então foi difícil achar alguém que se casasse comigo as pressas, quando eu consegui casar com uma brasileira e voltei para adotar minha filha, ela não estava mais lá… então pedi para adotar uma menina que tinha a mesma idade sido entregue no mesmo dia que entreguei minha filha. E então adotei uma menina, já que a minha esposa não podia ter filhos e queria muito ser mãe, mas continuei procurando por ela.
-Henrico: Quer dizer que ela continua por aí? Com outra família qualquer ou até nas ruas? (Pergunta indignada)
-Miguel: Sim, eu procurei por todos os lugares, mas não achei e tenho medo de que eles tenham chegado nela primeiro.
-Henrico: Vou procurá-la… esse foi um dos motivos de eu ter vindo para o Brasil. Então, os homens que estavam te perseguindo o encontraram e estão ameaçando sua família de morte?
-Miguel: Não que eu saiba, esses que estão ameaçando minha família são outros, acontece que acabei jogando de novo…(Henrico revira os olhos, com vontade de socá-lo até ele ser curado desse maldito vício, mas se contém, afinal, ele é pai de seu amigo.)
-Henrico: Você não imagina a sorte que tem de ser pai de um dos meus melhores amigos… deve saber, deve saber, caso contrário não teria tanta coragem de dizer o que fez. Se fosse outra pessoa, eu já…(Abaixa o tom de voz) — Teria torturado você pelos boatos sobre mim e cortado sua garganta por abandonar um bebê, que, por sinal, é irmã do meu amigo, mesmo que diga que voltou para buscá-la, pela sua imprudência acabou perdendo sua filha diante dos seus olhos.
-Miguel: Sei, e eu sinto muito… ela é sangue do meu sangue, você acha que eu não estou sofrendo?
-Henrico: Você quer que eu faça você sofrer de verdade? Sou ótimo nisso, quer dar uma de vítima? Posso fazer você virar uma vítima!
-Miguel: Por favor! Não tem a ver comigo, minha esposa e filhas não têm nada a ver com meus erros, eu peço por elas!
-Henrico: Não tenho pena de você, não acho que esteja arrependido, acho que na primeira oportunidade de jogar você não pensará duas vezes antes de fazer de novo e de novo… já vi muitos Miguel Bryant Martin no cassino dos Petrov, nenhum deles teve força de vontade para deixar essa vida… aposto que se eu te oferecesse passe vip em um cassino você me venderia suas próprias filhas. (Ele vê Miguel abaixar o olhar) — Estou certo, não estou?… e isso é nojento!
-Miguel: Me diga o que tenho que fazer para você me ajudar? Já vi que você não liga se a família do seu amigo morre ou não.
-Henrico: A família dele sou eu e o Zack… somos seus irmãos, ele é um Petrov agora. Sua família não tem culpa, devem ter feito de tudo para te tirar dessa vida, se é que eles sabem. Mas é impossível ajudar quem não quer ser ajudado!
-Miguel: Me diz, qualquer coisa que você quiser, faço, qualquer coisa… só preciso que proteja a minha família.
-Henrico: Qualquer coisa?
-Miguel: Sim, qualquer coisa, eu até posso rastejar se você quiser!
-Henrico: Olha para minha cara e vê se eu me pareço infantil para fazer um homem da sua idade rastejar? Desculpe, mas se achou que ia ser fácil, está muito enganado. Será a coisa mais difícil do mundo para você, largar o jogo. Se você largar o jogo eu te ajudo, caso contrário, boa sorte!
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Atualizado até capítulo 164
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