-Marina: O que você está fazendo? (Diz ao ver ele abrindo os armários da cozinha)
-Henrico: Eii, o que você come? Macarrão instantâneo todo dia?
-Marina: A maioria do tempo, sim. Quando eu não como macarrão instantâneo, peço pelo iFood ou outro aplicativo de comida!
-Henrico: você não deveria ficar comendo só besteiras, deveria fazer comidas caseiras que são bem mais saudáveis...a de ontem você fez? Ou pediu?
-Marina: Eu pedi, não tive tempo de fazer… não sou ótima cozinhando, acho que você se deu mal, casou com uma mulher que é inútil e não sabe cozinhar hahaha!
-Henrico: Bom, nosso caso é bem diferente dos casais normais. Não é por amor e essas coisas, e eu não ligo que você não saiba cozinhar. Se fosse um caso diferente, se fosse um casamento por amor, a última coisa que eu ia notar é que você não tem dotes culinários, até porque, eu prepararia nossas refeições.
-Marina: Você sabe cozinhar?
-Henrico: Sim, eu quis aprender, pelo que faço não é muito bom comer comidas feitas por estranhos, nunca se sabe onde pode cair um frasco de veneno. (Enquanto ele senta na cadeira, ela o avalia)
-Marina: Como foi no seu tempo de escola?(Diz curiosa) — Estou curiosa sobre você e temos que nos conhecer um pouco!
-Henrico: Foi normal para mim, eu era popular apesar de ser estranho e caladão, sempre tirava notas boas, o que sempre foi exigido na minha família.
-Marina: Você é o tipo de cara que devia fazer sucesso com as garotas, eu acho que você era bem mulherengo desde novo!
-Henrico: Piii, você está errada, apesar de ser popular com as garotas, odiado pelos garotos e o preferido dos professores por ser de uma família importante, eu sempre me concentrei eu fazer o que tinha que fazer. Se eu ia à escola estudar, não fazia nada mais nada menos que isso!
-Marina: Você não gostou de ninguém no tempo de escola?
-Henrico: Acho que não, era chato, as garotas sempre me davam cartinhas, se declaravam para mim. Não havia nenhuma que se destacasse entre elas.
-Marina: O que quer dizer? Que não se interessou por ninguém por que era fácil demais ficar com qualquer uma delas?
-Henrico: É, basicamente isso. Não estive procurando alguém comum desde o começo. Sempre estive em busca de alguém fora do normal.
-Marina: Mas...quando foi que você teve uma namorada?
-Henrico: Por que estamos falando só de mim? E você? Como foi no seu tempo de escola?
-Marina: não tem muito o que dizer, só que eu tratava de sobreviver a cada ano que se passava naquele inferno!
-Henrico: Observando você, sempre achei que você gostasse da escola!
-Marina: E gosto, a escola é ótima, aprender coisas novas é o máximo...meu problema são as pessoas que frequentam a escola.
-Henrico: Foi ruim para você? Pensei que você fosse do tipo popular, líder de torcida!
-Marina: Aqui não tem essas coisas de líder de torcida, E você está errado, sempre fui nerd, só que antes eu era uma nerd um pouco popular, mas com o tempo as coisas foram ficando violentas, tinha pessoas de fora entrando na escola, ouvia histórias...ficava morrendo de medo, então comecei a evitar as pessoas, evitava fazer amizade...e como você, eu me concentrava em fazer o que tinha que fazer.
-Henrico: E garotos? Você gostava de algum?
-Marina: Eu sempre fui uma menina boba, sempre tinha um crush diferente em cada ano, mas teve um cara, foi o que gostei durante todo o ensino médio, do 8° até o 3º ano, ele era da minha sala. Teve uma vez que achei que ele estava interessado em mim, só que o amigo dele me chamou para sair, não sei se brincando ou não, aí o tal amigo disse “acho que ela é uma garota difícil!”. Entre risadas ele repetiu: “garota difícil!”...achei que ele tinha reparado em mim, mas eu só achei. No 2° ano ele mudou de turma, e começou a namorar uma garota, acho que dá mesma turma que ele.
-Henrico: Parece que foi bem difícil para você, e você ainda pensa nesse cara?
-Marina: Às vezes. Penso, será que ele está feliz? Casado? Tem filhos? E desejo que realmente esteja bem e feliz!
-Henrico: Talvez era para ser assim, assim que isso tudo acabar, você vai ser livre para encontrar alguém que goste de você de verdade!
-Marina: Eii, o que é isso na sua cara?
-Henrico: O quê? O que tem na minha cara? (Diz passando a mão procurando)
-Marina: É pena? Você tá com pena de mim? Não ouse ficar com pena… não preciso disso, OK?
-Henrico: Você entendeu errado, eu não tenho pena de você...acho legal que você seja assim, não acho que merece estar em todo esse rolo.
-Marina: Máfia, era só o que me faltava nessa minha vida meio trágica, não é?
-Henrico: É temporário. Mas acho que você devia ter lido o contrato de casamento!
-Marina: Que contrato? Não era só a certidão de casamento?
-Henrico: Você assinou sem ler, devia ter lido antes de assinar, com calma...assim teria percebido que assinou três papéis, e um deles é um contrato que diz coisas importantes que você deveria saber!
-Marina: Tipo o quê, por exemplo?
-Henrico: Sendo tão real que nem você, nem eu podemos sair com outras pessoas, que não podemos nos separar enquanto ambos precisarmos um do outro, que se você engravidar de mim também não poderemos nos divorciar, que se dormirmos três noites juntos não será permitido divórcio...e você vai ter que fazer uma tatuagem!
-Marina: Uma tatuagem? Onde?
-Henrico: Onde você escolher!
-Marina: Por que eu iria fazer uma tatuagem?...meu avô me expulsaria da família!
-Henrico: Se nós...passarmos três noites juntos, você será parte da família. (Ela o olha confusa)
-Marina: Então ontem contou? Dormimos juntos!
-Henrico: Tô falando de sexo! Se transarmos três vezes, você será minha mulher até que a morte nos separe, entendeu?
-Marina: Então quer dizer que se isso acontecer eu só sairei da sua família num caixão?
-Henrico: Ou se eu morrer, mas isso não vai acontecer, a gente só está se ajudando, não tem por que fazermos sexo 1 muito menos 3 vezes, então quando tudo acabar cada um vai para o seu lado!
-Marina: Então você faz sexo com motivo? Eu não faço com motivo...quando rola clima e eu vejo que a pessoa está sentindo o mesmo que eu, aí faço, acho que tem que ter a tão falada química!
-Henrico: No nosso caso não vai rolar, eu não quero ter contato físico…
-Marina: Você notou que dormimos abraçados? Então o toque não é o problema.
-Henrico: Para mim é um problema, então, vamos evitar contato físico, não sei quando essa coisa vai ter reação ou não...da última vez fiquei desacordado um dia inteiro, não quero correr esse risco!
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 164
Comments