Capítulo: 20

-Henrico: Tô com muito frio, você pode me abraçar?(Ela abre a coberta e joga em cima dele, e em seguida entra embaixo)

-Marina: Você tem sorte, o meu fraco é homens bonitos, doentes e fragilizados!(Se aproxima dele e o abraça) — Tá, não é nada sexual que nós dois estejamos somente de roupão e abraçados assim!

-Henrico: Será que pode por favor calar um pouco essa boca? Minha cabeça vai explodir!

-Marina: Se você lembrar do beijo amanhã, só me dê um desconto por que você quase me matou enforcada e eu ainda fiquei aqui e cuidei de você, tá?!?

-Henrico: Humhum, só dorme logo!(Abraça a cintura dela e a usa de travesseiro, não demora muito e eles acabam pegando no sono)

Durante a noite ele fica com calor e tira o roupão e joga no chão do quarto sem lembrar que Marina estava ali, e fica somente embaixo do cobertor para cobrir a parte inferior do corpo enquanto Marina dorme sobre seu peito. Até que ela finalmente acorda e vai verificar se ele está com febre.

-Marina: Parece que a febre abaixou!

-Henrico: O que você tanto conversa?(diz abrindo os olhos lentamente) — de que febre está falando?

-Marina: Você não lembra?

-Henrico: Do quê?(agora encara ela e finalmente percebe que está pelado) — Por que estou nu?

-Marina: Ué? Não faço ideia, da última vez que chequei você estava de roupão! (Nervosa)

-Henrico: Então tá explicado, eu não gosto de dormir com camisa, devo ter tirado o roupão a noite pensando que estava de camisa, mas eu não me lembro de ter vestido roupão ou de ter tomado banho!

-Marina: Se você não lembra disso, então também não lembra que tentou me matar ontem, né?(Ele se espanta)

-Henrico: Eu tentei te matar?

-Marina: Tentou, mas já está tudo bem, você estava tendo alucinações!(Ele senta na cama encostando as costas na cabeceira da mesma)

-Henrico: Aconteceu mais alguma coisa? Tipo...entre a gente?(Observa que ambos estavam de roupão e ela estava com marcas roxas no pescoço que pareciam chupões).

-Marina: Olha, eu vou te contar só por que você pode acabar lembrando mais tarde...aconteceu um beijo!

-Henrico: Um beijo? E seu pescoço, o que houve?

-Marina: Você tentou me estrangular, ficou louco e começou a me chamar de outro nome, falando nisso...quem é Gwen?

-Henrico: Você não precisa saber, tenho que fazer um relatório para o Steve sobre isso!

-Marina: Para você eu nunca preciso saber de nada, mas preciso, sim, já que você quase me matou ontem pensando que eu era essa garota, suponho que seja uma ex-namorada!

-Henrico: Depois conversamos sobre isso, me deixe ver seu pescoço.(Ela se aproxima)

-Marina: Pescoço esse que você quase torceu ontem como se fosse o pescoço de uma galinha!(Ele adentra a mão nos cabelos dela para tirá-lo dos ombros)

-Henrico: Dói? ...me desculpa, eu não sei o que me deu!

-Marina: Dói só quando alguém toca, eu entendo que você não estava bem...mas você sabe que foi efeito colateral da tinta, né?(Ela olha para tatuagem e percebe que funcionou, não tem mais tatuagem a olho nu) — Olha, funcionou!

-Henrico: Eu não tinha dúvidas que iria funcionar, mas confesso que é muito estranho olhar e não ver ela aqui!

-Marina: Acho melhor você não sair hoje e descansar!

-Henrico: Você também, considerando o que fiz no seu pescoço!

-Marina: Sei que você odeia perguntas, mas tenho que fazê-las, 1: porque sou curiosa, e 2: porque são coisas que preciso saber!

-Henrico: Sei que mesmo que eu disser “não” você vai falar, então manda!

-Marina: Quando vai ser o tal baile?

-Henrico: Em alguns dias, e que bom, porque vai dar tempo disso sumir!(Sobre as marcas no pescoço)

-Marina: Acho que deveríamos nos conhecer melhor, tipo, não quero dizer ir a encontros nem nada assim, mas acho que devemos saber ao menos o gosto um do outro, não?

-Henrico: Não gosto de perguntas, acho que isso você já percebeu… Não quero que você saiba de muita coisa, pois logo você sairá da minha vida e será como se nunca tivesse entrado nela. Então não vejo muito sentido em nos conhecer!

-Marina: Entendi, tudo isso é por que você não quer se apegar a mim, que vou sair da sua vida em pouco tempo, mas você tem que deixar de ser tão teimoso, precisamos saber o básico. Eles vão nos fazer perguntas, se não soubermos o gosto um do outro estarei morta!

-Henrico: Tá, o que você quer saber?

-Marina: Ah, coisas como idade, cor preferida, comida preferida, bebida preferida, lugar preferido, música preferida, livro preferido, fruta preferida, o que gosta de fazer nas horas vagas!

-Henrico: vamos ver, o primeiro era minha idade, 28!

-Marina: você não perguntou, mas tenho 25!

-Henrico: Minha cor preferida é preto…(Olha nos olhos dela) — E verde-esmeralda!

-Marina: A minha é verde, preto…(Olha nos olhos dele) — e minha nova cor preferida é azul-céu!

-Henrico: Minha comida preferida é sushi!

-Marina: A minha é feijoada!(Ele fica confuso)

-Henrico: O que é isso? Feijoada?

-Marina: Você nunca comeu feijoada? Vou colocar isso na minha lista de coisas para fazer, lhe apresentar uma feijoada, depois te explico o que é!

-Henrico: Okay, minha bebida preferida é whisky!

-Marina: A minha é cerveja!

-Henrico: Meu lugar preferido é a biblioteca!

-Marina: Biblioteca ou uma lan-house!

-Henrico: Música é algo que eu não escuto com frequência, mas gosto da música: Naked — James Arthur!

-Marina: Já eu, escuto muita música, sendo difícil escolher só uma como favorita, mas se for para dizer a que eu não paro de escutar no momento, então é: Você humilha — Lauana Prado!

-Henrico: Música brasileira, suponho. Meu livro preferido...acho que não tenho um!

-Marina: Tá, o meu é a trilogia dos livros da Lauren Layne. Não é bem uma trilogia, mas já que os livros se completam entre si...ou será que são?