-Zack: Amanhã na primeira hora vou registrar o casamento!
-Marina: Bom, já que acabou, vou embora! (Henrico segura seu braço, Marina olha para o local que ele segura e percebe que ele está usando uma luva preta de tecido)-Quê? O que você quer agora?
-Henrico: Você tem que fazer as malas, partimos amanhã...leve roupas quentes!
-Marina: Acredito que não tenho roupas tão quentes, mas vou levar as que tenho, tenho que ligar para o meu chefe. Quanto tempo vamos ficar?
-Henrico: Não menos que um mês! (Ela se espanta)
-Marina: Tudo isso? Vou ter que pedir férias!
-Henrico: Então faça isso rápido! (Ela fica furiosa quando ele usa esse tom)
****************
-Marina: Ele não deixou eu pegar minhas férias!
-Henrico: Zack, você cuida disso, você pode fazer suas malas, o problema estará resolvido pela manhã! (Marina o encara preocupada)
-Marina: O que você vai fazer? (Pega sua bolsa e sai para pegar o elevador e ele a acompanha)
-Henrico: Vou matá-lo!(Diz num tom sério e depois sorri quando vê que ela acredita) — Brincadeirinha, eu tenho meus contatos… só vou fazer você conseguir umas férias!
-Marina: Você não vai realmente matá-lo...e não faz isso com frequência, né? Entram no elevador)
-Henrico: Faço o quê com frequência?
-Marina: Mata as pessoas!
-Henrico: Com mais frequência do que gostaria, por quê? Está com medo de mim?(Surge uma pequena troca de olhares)
-Marina: No momento não...sei que você precisa de mim, então você está do meu lado, mesmo que seja contra sua vontade e não vai deixar nada me mau me acontecer!(Ele a analisa por alguns segundos, e então a porta do elevador abre, e a primeira coisa que Henrico vê é um cara escondido)
-Henrico: Espera um segundo!(Diz segurando no braço dela, ao perceber que seria estranho que um casal supostamente apaixonado agisse assim ele desliza sua mão até a mão dela e as entrelaça)
-Marina: O que acha que está fazendo? (Diz nervosa e ele aproxima o rosto do dela como se estivessem a ponto de se beijarem, mas a intenção era simplesmente falar no ouvido)
-Henrico: Estamos sendo seguidos, ao que parece a Amélia não acreditou nada, nada na minha atuação...ou não quer acreditar!
-Marina: Quem é Amélia?
-Henrico: Filha de um mafioso mexicano, que não vem ao caso.
-Marina: O que vamos fazer? São esses caras que querem a minha cabeça numa bandeja de ouro, né?
-Henrico: Sim. Vou te levar para casa!
-Marina: Tá, onde está seu carro?
-Henrico: Carro? (Diz a conduzindo pelo estacionamento até chegarem perto de uma moto)
-Marina: Ou vamos de Uber?
-Henrico: Não, nenhuma dessas opções!(Entrega o capacete para ela e subindo na mesma) — considere-se honrada, eu nunca dei carona para ninguém!
-Marina: Você sabe mesmo pilotar essa coisa?
-Henrico: Sou piloto de fuga, é claro que sei pilotar...anda, sobe aí! (Ela sobe e fica segurando na parte traseira da garupa) — O que está fazendo?
-Marina: do que está falando? (Ele vira para trás para encará-la. Suspira, pega as mãos dela que estavam segurando na moto e coloca em volta da sua cintura)–Pensei que odiasse contato físico!
-Henrico: E odeio, mas nesse caso temos algumas camadas de tecido separando nossas peles… então você pode segurar com força!
-Marina: Ahh, sim, então com licença!(Diz apertando mais os braços em volta dele e ele arranca com a moto, e percebe pelo retrovisor que o cara entra em um carro preto para continuar seguindo eles)
-Henrico: Temos companhia!(Diz e Marina vira para olhar) — Talvez ele já saiba onde você mora, mas posso tentar despistá-lo!
-Marina: Tudo bem![“Hum, esse cara tem um cheiro tão bom! E como é possível um ser humano ser tão bonito? Estou tocando um abdômen 100% definido e durinho, com gomos de verdade...estou excitada? Bom, pelo menos é pelo meu marido. Dá para acreditar que eu me casei com o cara mais lindo do mundo? Uau! E suas habilidades na moto? Incrível, acho que ele realmente é um piloto de fuga. O que quero dizer é...estarei perdida se eu me apaixonar por esse cara, imagina o tanto de concorrência que devo ter?”]
[Marina] : alguns minutos se passaram e finalmente chegamos em frente ao meu prédio. Tenho que confessar que essa história de que tem alguém tentando me matar e que podem voltar a qualquer momento me deixa aflita, e não melhorou nem um pouco quando o Henrico disse que talvez deles soubessem onde eu moro. Desci da moto, tirei o capacete e entreguei a ele.
-Marina: Obrigada!
-Henrico: De nada!(Diz sem tirar o capacete, se ajeita para sair com a moto quando Marina o segura pela ponta da jaqueta) — Quer me dizer alguma coisa?
-Marina: Bem...eu...medo!(Diz tão rápido que ele não entendeu)
-Henrico: An?
-Marina: Pedi para você não ir...tô com medo de ficar sozinha!(Diz segurando a jaqueta dele mais forte e ele percebe que ela está tremendo)
-Henrico: Eles não vão tocar em você!
-Marina: Eu não sei disso, você não sabe disso, eu não...quero ficar aqui sozinha, então por favor...fica! Você dorme na cama e eu durmo no sofá, OK? (Ele pensa por alguns segundos)
-Henrico: Tudo bem, vou ligar para o Zack para pedir que ele arrume minhas coisas para a viagem! (ele liga e em seguida ambos entram no prédio)
****************
-Marina: Tenho uma roupa que comprei para o meu pai de presente de natal, mas a vendedora pegou o número errado e eu não consegui trocar, não foi usada...acho que vai servir em você, se quiser pode tomar banho e usar!(Diz ao entrar no apartamento e perceber que ele estava desconfortável)
-Henrico: Não gosto de usar pertences de outra pessoa!
-Marina: E você não estar errado em não querer fazê-lo...mas te garanto que essas roupas não foram usadas, eu nem cheguei a mostrá-las para o meu pai. Ao chegar da loja percebi serem de um tamanho menor...eu ia começar a usá-las para dormir mesmo grandes, até por que já passou meses que comprei e não tive tempo de trocá-las. (Ele olha nos olhos dela, como quem avalia se o que ela diz é verdade ou mentira)
-Henrico: Tudo bem, então vou aceitá-las… Mas já que está me dando para usá-las, eu não vou devolver, é falta de higiene devolver algo que você usou!(Ele diz e ela não segura a gargalhada).
-Marina: Hahaha, tudo bem, pode ficar! (Ela vai no quarto e pega o conjunto de moletom, e estranhamente era exatamente o tamanho dele)
-Henrico: onde fica o banheiro?
-Marina: é a primeira porta do corredor!
[Henrico]: entrei no banheiro para tomar banho e a Marina foi fazer a mala dela para viajarmos amanhã. Quando eu já tinha acabado de tomar meu banho percebi que esqueci uma coisa essencial...a toalha. Minha ideia era a seguinte: sair do box, abrir a porta num espaço suficiente para passar minha cabeça e gritar pedindo uma toalha, ela me entregaria e eu fecharia a porta sem constrangimento para nenhum dos dois. Mas o que aconteceu foi: Abri o box e molhei o chão no processo, fui abrir a porta para poder gritar… só que do outro lado da porta ela estava pensando que eu estava no box, sendo espelhado (não dá para ver quem está do lado do chuveiro)...e já que pensava que eu estava no box, abriu a porta com a chave reserva para colocar a toalha no banheiro no mesmo momento que eu estava tentando abrir a porta (completamente pelado) para pedir a toalha...ela esbarrou em mim, meus pés molhados deslizaram pelo piso liso e cai no chão e ela caiu por cima de mim, e seus olhos verdes foram de encontro aos meus azuis, em seguida eles descem pelo meu corpo nu, mas eu não sinto vergonha, muito pelo contrário...sinto desejo, me pego olhando sua boca. Ela força para levantar e acaba olhando para minha tatuagem, fazendo meu amiguinho de baixo se animar...se é que vocês me entendem. Fiquei excitado ao vê-la olhar minha tatuagem, ela se assusta e ao tentar levantar acaba caindo em cima de mim de novo.
-Marina: Desculpe, eu pensei que você estava do outro lado do box, esqueci de te dar uma toalha e vim colocá-la aqui!(diz envergonhada)
-Henrico: Eu estava a ponto de colocar a cabeça fora da porta para pedir a toalha...foi um acidente, acontece. Agora a questão é: como levantar… Você viu algo?[“É uma pergunta constrangedora, mas eu tenho que fazê-la”]
-Marina: Não vi nada além da sua tatuagem, mas...senti algo….
-Henrico: Não é nada disso que você está pensando, é só toda essa situação, eu pelado, o chão escorregadio e ainda tem essa sua blusa que é branca, mas em contato com meu peito molhado fica transparente![“Ela olha para a própria blusa e percebe que eu estou falando a verdade, suas bochechas ficam vermelhas”]
-Marina: entendi, tenho uma ideia...vou fechar os meus olhos, aí levanto e você pode levantar!(Ele concorda e assim fazem e finalmente ela sai do banheiro e vai para o quarto. E ele volta e toma outro banho) — Droga, agora vou ficar tendo sonhos eróticos com essa cena do banheiro!
-Henrico: Estou ficando louco? Como pude ficar com desejo de beijá-la?...ainda mais naquela situação?(ele percebe que não teve reação ao toque dela) — pode ser que seja devido à roupa, não teve contato direto de pele, foi isso!
****************
-Marina: Você quer comer alguma coisa? (Pergunta e ele percebe que ela não o olha)
-Henrico: está desconfortável?
-Marina: Não sei do que você está falando!(Diz pegando dois pratos e colocando em cima da mesa)
-Henrico: Do que estou falando? Você claramente não está me encarando, eu gosto que olhem para mim quando conversam comigo!
-Marina: Não é nada disso!
-Henrico: Então prova, olha nos meus olhos!
-Marina: Não dá, eu fico nervosa, mas não tem nada a ver com aquela cena do banheiro, é só que… você é um pouco…
-Henrico: Sou um pouco o quê?
-Marina: … tá, admito ser pelo que aconteceu, aconteceria o mesmo com você se fosse inverso!
-Henrico: sei que foi algo peculiar. Tenta relaxar, você disse…
-Marina: Eu menti, menti muito para não ficar um clima estranho, o que não adiantou por que você fica fazendo perguntas e mais perguntas!(coloca a comida nos pratos)
-Henrico: mentiu? Sobre o quê?
-Marina: A verdade é que vi, e vi tudinho… é por isso que tô nervosa, não sei como olhar na sua cara!
-Henrico: Não acredito…(Começa a comer)
-Marina: Você tem uma marca de nascença bem no…(Ele tapa a boca dela)
-Henrico: Tá, tá… não precisa dizer, eu sei onde fica!(Engole a comida praticamente engasgando)
-Marina: Mas não se preocupa, eu não vou dizer para ninguém. [“Ahh garota, o que faço com você? Tanta inocência que parece uma criança, e ainda sorri para mim assim. Que droga, lá vou eu saindo da minha zona de conforto!”]
-Henrico: Vamos fingir que nada disso aconteceu!
-Marina: Fingir que o quê aconteceu? O que foi que aconteceu? Eu não me lembro![“Garota esperta!”] — falando nisso, ficou bom em você o moletom, também...com esse corpo o quê que não ficaria bem?(Ela fecha os olhos quando vê a cara que ele faz com o comentário)
-Henrico: Você não vai esquecer né?
-Marina: Foi mal, eu tô tentando!(Diz com cara de culpada)
-Henrico: Vamos mudar de assunto? Sua mala, você já fez?
-Marina: Ainda não, assim que eu terminar aqui vou fazer!
[Marina]: por que ele fica me encarando? Quanto mais ele me encara, mais lembro do seu corpo nu, do jeito que me olhava, da tatuagem...acho que tenho um tipo de tara, fetiche ou algo do tipo por homem que tem tatuagem. Mas não com o corpo todo tatuado, só em alguns lugares, acho extremamente sexy. Oh, ops...acho que alguém está aqui ficando excitada, o que eu faço?
-Henrico: Que foi? (Diz vendo ela levantar repentinamente) — Algum problema?
-Marina: Não, eu tenho que arrumar minha mala, estou ficando com sono![“Não poderia estar mais longe da verdade”]
-Henrico: Tá bom!(Diz e ela sai correndo) — Ela me parece meio louca!
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-Henrico: Quer ajuda?(encosta o ombro no batente da porta e cruza as pernas, Marina se assusta)
-Marina: Ahh meu Deus!...sua sorte é que eu não sou cardíaca, se não você teria ficado viúvo antes do casamento!
-Henrico: Desculpe, você quer ajuda? (diz entrando no quarto)
-Marina: Claro, só faltam as coisas da primeira gaveta, e as blusas que estão na gaveta do meio, pode pegar para mim, por favor? (Diz enquanto dobra as calças e coloca na mala, ele assente e vai até a cômoda)
-Henrico: Qual era a gaveta mesmo?(Diz tão baixo que ela não conseguiu ouvir, então ele abre a primeira e enfia a mão sem olhar atentamente o que era, quando levanta para entregar a ela se dá conta que era roupa íntima) — Bem, isso é... Você usa tamanho 44? (Diz com o sutiã nas mãos, ela olha e corre para pegá-lo da mão dele)
-Marina: O que você está fazendo?
-Henrico: Fazendo o que me pediu!
-Marina: Tá, mas não era essa gaveta, era a do meio, onde ficam as blusas, não era na gaveta de roupa íntima!
-Henrico: Quem coloca as roupas íntimas na primeira gaveta? Elas deveriam ficar na última gaveta!
-Marina: Coloco, qual o problema? (Diz colocando as mãos na cintura)
-Henrico: Continuo pegando? Ou prefere que eu pule para a outra gaveta?
-Marina: Preciso mesmo responder? Eu ter arrancado da sua mão não dá uma dica? (Ele abre a gaveta do meio e pega as blusas e entrega para ela)
-Henrico: Você só vai levar essas roupas? Onde estão suas roupas de frio? Lá não é um país tropical!
-Marina: Estão aqui!(Diz mostrando a pilha de blusa de frio para ele)
-Henrico: Você tá brincando, né? Com isso você vai ter uma hipotermia e congelar até a morte!
-Marina: Esses são os tipos de roupa que vendem por aqui...o que quer que eu faça?
-Henrico: Esquece, eu dou um jeito… Bem, eu não acho que você precise terminar de fazer essa mala, eu compro roupas para você quando chegarmos lá!
-Marina: Não, de jeito nenhum que vou deixar meu marido de mentira comprar roupas para mim!
-Henrico: Coloque na sua cabeça uma coisa…(Puxa ela para perto) — Nosso casamento é real, e eu não sou o tipo de marido que deixa minha esposa passar frio, entendeu? (solta ela quando ela afirma que sim com a cabeça) — ótimo!
-Marina: E o que uso para ir?
-Henrico: A roupa mais quente que você tiver!
-Marina: Ok, então levo…
-Henrico: Só a roupa do corpo está ótimo!
-Marina: Mas e as minhas roupas íntimas?…
-Henrico: Comprarei um guarda-roupa completo, não se preocupe!
-Marina: Você deve ter um parafuso solto, não é possível, quem em sã consciência faria algo assim para alguém que não conhece?
-Henrico: Parafuso?
-Marina: É uma maneira de dizer que você é completamente louco!
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Atualizado até capítulo 164
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