-Henrico: então… vocês pretendem ir conosco?
-Zack: Você acha que é necessário que a gente vá?(Pergunta erguendo o olhar somente para encará-lo enquanto mexe no laptop)
-Henrico: Preciso de pelo menos um de vocês para ficar de olho nela enquanto eu estiver na empresa. Então? Quem vai ser?
-Marina: Ei? Ficar de olho em mim? Por acaso você acha que sou criança?
-Henrico: Quem era a pessoa que praticamente me implorou para esperar ela se arrumar por estar com medo de ficar sozinha no apartamento, mesmo?(cruza os braços e abre um pequeno sorriso)
-Marina: Não tô dizendo nada sobre isso, só deixando claro que não preciso de babá!
-Mark: Quero ficar, minha Barbie está aqui e eu não quero ficar longe dela.
-Zack: preciso ficar para ver se descubro quem é que está matando pessoas por aqui!
-Henrico: Mark, você tem 30 minutos para arrumar sua mala!(Se senta no sofá ao lado de Zack)
-Mark: Quê? Isso não é justo, por que tenho que ir?
-Zack: Por além de tudo, vou fazer aquela outra busca que lhe interessa, ou você não quer?
-Mark: Sério? Então tá, só me dá mais um tempo, eu tenho que ligar para Barbie para me despedir!
-Henrico: Tá bom, só não demora!
-Zack: E vocês dois? Recém casados...como anda a vida conjugal?
-Henrico: só nos casamos há 1 dia, o que quer que eu responda? Já é oficial no cartório?
-Zack: Já, mas você sabe que sua mãe vai recusar isso, ela vai querer que tenha casamento na igreja também, né?
-Henrico: Dou um jeito de enrolar ela.
-Zack: Vocês já treinaram o beijo? Você vai ter que beijar ela para convencer todo aquele povo que você está realmente apaixonado!
-Marina: Que mané treinar beijo, eu nem posso tocar nele, vai ser beijinho mandado no ar!
-Zack: então você vai acabar sendo morta no baile…(olha para Henrico, que parece estar pensativo) — e você sabe disso, vai ter uma guerra se eles suspeitarem de algo!
-Henrico: Eu sei!
-Marina: Eu realmente não quero ser sua esposa… e não quero beijar você também!
-Henrico: você acha que quero te beijar? Sabe o tanto de bactérias transmitidas através do beijo?
-Marina: Eu simplesmente vou acabar enlouquecendo se você… por favor, só não diz isso em voz alta, é estranho!(adentra os dedos nos cabelos jogando-os para um lado e percebe que ele está olhando cada um de seus movimentos)–O quê? Isso também espalha bactérias ou…(Ele a interrompe)
-Henrico: Só não faça! {“Porque quero me aproximar e sentir o seu cheiro, que ficou em mim após ter me abraçado na noite anterior”} — isso me irrita!
-Marina: Tá, vou tentar, mas vai ser difícil por que isso é uma mania minha.
-Henrico: MARK?(Grita para que ele escute do quarto, enquanto Marina se assusta e tapa o ouvido fechando um dos olhos) — ESTÁ NAMORANDO PELO TELEFONE? NÃO TEMOS TEMPO PARA ISSO!
-Mark: Calma, já estou aqui!(Vem puxando a mala) — E só para você saber, eu só tive tempo de falar o necessário com ela...ela está brava!
-Marina: Alguém está muito encrencado, ela vai matar você quando voltar.(Dá um tapinha no ombro dele)
-Henrico: Quando voltar você se resolve com ela, agora vamos!
-Mark: Você quer que eu leve sua mala?(Pergunta ao ficar lado a lado com Marina)
-Marina: Ah eu não tenho...quer dizer, o poderoso chefão falou que minhas roupas são uma vergonha para a sociedade americana!(Henrico a fuzila com o olhar)
-Henrico: Não disse ser uma vergonha, só que você vai ficar doente se acha que elas vão dar conta do frio de lá, por isso vou lhe comprar roupas adequadas!
-Mark: Ele tem razão, lá está nevando nessa época...quando viemos para cá o frio estava começando a chegar!(Henrico joga um casaco preto com pelinhos por dentro em cima dela)
-Henrico: Vista isso! (Após jogar, ele desvia o olhar com um ar de desdém enquanto coloca as mãos nos bolsos da calça. Mark olha de Marina para Henrico, depois volta a olhar para o amigo, reconhecendo que o que acabara de acontecer é um fato inédito).
-Mark: O que é isso? (uma expressão de confusão se forma em seu rosto, enquanto fala mais para si do que para quem está a sua volta) — Gentileza?
-Marina: Espera um pouco, eu agradeço, mas no momento quero tirar o moletom que estou usando, estou sem condições de colocar outro agasalho, vou derreter se usar isso!(Entrega de volta para ele)
-Henrico: Tá, faça como quiser! (após encarar ela por 5 minutos, ele pega e mantém-se indiferente) — Mas tenho certeza que vai se arrepender! (Segue para o elevador, enquanto ela fecha a porta ele aperta o botão [↓] para descer)
[Marina]: seguimos para o aeroporto. Como estamos em três pessoas, vamos de carro, sendo sincera...não achei que ele tinha carro, como sempre o vi de moto. Minha casa é distante do aeroporto o suficiente para que o silêncio no carro seja desconfortável. Henrico dirige, eu insisti para que Mark fosse no banco do carona, mas ele recusou alegando querer estirar as pernas no banco de trás, e aqui estou eu no banco do carona. Tento focar minha atenção na estrada como se eu estivesse dirigindo, o que eu não sei (dirigir), mas acaba sendo inevitável não olhar disfarçadamente para ele dirigindo. É simplesmente uma visão de outro mundo, as veias subindo e descendo conforme movimenta a mão ao passar a marcha, como gira o volante com uma mão só. De perfil consigo ver o quanto seus cílios são grandes, destacando seus olhos azuis brilhantes sem precisar passar rímel, o que é injusto. Esse homem está ferrando com meu psicológico, que eu já consigo até distinguir seu perfume do das outras pessoas, é surreal, sendo que só o conheço há uns dois dias. Ele é tão estiloso e sexy que chega a soar um alarme dentro da minha cabeça. Algo me diz que toda essa história vai dar muito ruim. Fico perdida em meus pensamentos por alguns minutos, não sei exatamente quantos, e desperto quando ele me chama.
-Henrico: Marina?
-Marina: Oi! (Pisco rapidamente para afastar qualquer pensamento desnecessário)
-Henrico: Você ficou me encarando como se estivesse com a cabeça em outro lugar, algum problema? Tá preocupada com alguma coisa?
-Marina: Eu… não sei se consigo fazer isso!
[Marina]: E isso não é mentira, realmente acho que não consigo. Ele me encara com uma expressão confusa, como se eu estivesse falando algo absurdo, e o que me deixa chocada e que basta isso para que eu acredite...como se nada pudesse dar errado só de estar ao lado dele. Passo as mãos na calça, e percebo que estou suando feito cuscuz, ele segue meu gesto com o olhar, ao fixar seus olhos em minhas mãos murmura um xingamento baixo...chego a pensar que meu esmalte preto é o problema.
-Henrico: Droga! Como pude ser idiota de esquecer disso? [“Seus olhos voltam a encarar meu rosto, e eu estou realmente confusa. Do que ele está falando?”]
-Marina: O que aconteceu?
-Henrico: Quantas pessoas casadas você conhece que não usa aliança?
-Marina: Ahh tá! [“Seus olhos se movimentam de um lado a outro lentamente e percebo ser algo que ele faz quando está pensando. É incrível, ele ainda se mantém bem atento ao trânsito, eu não conseguiria”]
-Henrico: Possivelmente deve ter alguém nos seguindo, então não vamos conseguir comprar nem no caminho para o aeroporto aqui, nem indo para a mansão lá em Nova York, então a solução é...[“Olha para mim enquanto em seus lábios se forma um pequeno sorriso de canto que faz meu coração errar as batidas por 10 segundos”]
-Marina: Qual é a solução?
-Henrico: Vou dizer que queria escolher com a ajuda da minha mãe ou que quero fazer uma aliança personalizada, assim resolvemos esse problema!
[Marina]: O silêncio se forma novamente, me dou conta de que Mark não fala tem um bom tempo, quando de repente escutamos um ronco alto, Henrico olha pelo retrovisor e eu viro minha cabeça e constatamos que Mark está dormindo profundamente… Como é possível?
-Marina: Ele é sempre assim?
-Henrico: Não. Vamos só agradecer, se ele estivesse acordado não iria calar a boca a viagem toda!
-Marina: Ele parece ser uma pessoa divertida. São amigos há muito tempo?
-Henrico: Desde que me entendo por gente. Nossas mães eram amigas de infância!
-Marina: Eram? Brigaram?
-Henrico: Não, a mãe dele acabou morrendo quando ele tínhamos 3 anos e ele foi morar conosco!
-Marina: Morreu? Como? [“sua expressão fica séria de repente e ele me encara”]
-Henrico: Você faz perguntas demais!(Afirma voltando a atenção para a estrada)
-Marina: Tá, então ela não deve ter morrido de uma forma natural, foi assassinato?
-Henrico: Que tal não fazer perguntas? Você não precisa saber disso!
-Marina: Okay, não posso perguntar sobre isso. Então o que posso perguntar? (Encara ela rapidamente e volta a olhar para estrada)
-Henrico: Que tal manter a boca fechada...sem perguntas, nem respostas, só o mais puro e doce silêncio?(Pergunta retórica)
-Marina: O silêncio é tão...chato e entediante!(Mesmo não gostando, ela somente vira o rosto para janela e fica observando a paisagem, enquanto ele a observa com sua visão periférica)
CASACO QUE HENRICO JOGA EM MARINA
ROUPA QUE HENRICO ESTÁ USANDO
ROUPA QUE MARINA ESTÁ USANDO
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Atualizado até capítulo 164
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