capítulo 19

Capítulo 32 – Um Novo Início

O sol da manhã invadia o quarto com suavidade, passando pelas cortinas claras e dançando sobre os lençóis amassados. Arthur abriu os olhos lentamente e, por um momento, pensou estar sonhando. Luna dormia ao seu lado, os cabelos espalhados no travesseiro, a respiração tranquila, os lábios ligeiramente entreabertos. Era um contraste gritante com os dias anteriores de tensão, ameaças e desconfiança. Aquela paz era real. E merecida.

Ele se aproximou devagar, depositando um beijo na testa dela. Luna abriu os olhos lentamente e sorriu.

— Bom dia, CEO virgem mais sexy do mundo — murmurou, com a voz rouca de sono.

Arthur riu, puxando-a para perto.

— Bom dia, minha ex-faxineira que virou heroína.

— Ex-faxineira, futura diretora executiva e... quem sabe, mãe?

Arthur parou.

— Mãe?

Luna sentou-se na cama, com os olhos brilhando e o sorriso travesso.

— Ontem, enquanto você lidava com os advogados, eu fui à farmácia.

Ela abriu a gaveta do criado-mudo e tirou um pequeno envelope branco. De dentro, puxou um teste de gravidez.

Arthur pegou com cuidado. Duas linhas vermelhas bem nítidas.

— Duas... Isso significa...

— Positivo — confirmou ela, emocionada.

Arthur ficou em silêncio por alguns segundos, o coração acelerando, os olhos marejando.

— Eu vou ser pai?

— Vai — Luna respondeu, agora com lágrimas nos olhos. — E eu nunca estive tão feliz e tão assustada ao mesmo tempo.

Ele a envolveu em um abraço apertado, sem palavras, apenas sentindo o corpo dela contra o seu. Ficaram assim por longos minutos, com o mundo inteiro silenciado ao redor.

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Naquela mesma manhã, Arthur convocou uma reunião de equipe. Pela primeira vez, Luna se sentou à mesa não como assistente, nem como investigadora. Mas como líder. Arthur a apresentou oficialmente como sua nova diretora de operações, com plenos poderes sobre os setores administrativos e operacionais da empresa.

— A Luna provou sua competência. Salvou a reputação desta empresa e enfrentou uma tempestade com coragem. Nada mais justo do que reconhecer sua liderança.

A equipe aplaudiu de pé. Amanda chorou, emocionada. Miguel sorriu orgulhoso.

Após a reunião, Luna recebeu um buquê enorme de flores em sua nova sala. Um bilhete delicado estava preso aos lírios:

> "Você salvou mais do que uma empresa. Salvou a mim. E agora, está nos dando uma família. Eu te amo. — Arthur."

Ela leu e releu o bilhete com os olhos marejados, segurando o buquê com carinho. A jornada que começou com baldes e rodos agora seguia por corredores de poder e emoção.

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À noite, Arthur levou Luna para jantar no mesmo restaurante onde haviam tido o primeiro encontro como casal. Só que, dessa vez, ele havia reservado o local inteiro. Candelabros, música ao vivo e um chef exclusivo.

— Lembra quando você derramou vinho em mim nesse exato lugar? — ele provocou.

— Lembro. E você fingiu que não se importou, mas estava morrendo por dentro com a camisa manchada.

Eles riram juntos, como dois adolescentes descobrindo o amor.

Quando a sobremesa chegou, Arthur se levantou, caminhou até Luna e se ajoelhou diante dela.

Luna arregalou os olhos.

— Arthur... o que você está fazendo?

Ele tirou uma caixinha de veludo do bolso, abriu e revelou um anel delicado, com um diamante central cercado por pequenos rubis — as pedras preferidas dela.

— Luna Vasconcellos... você entrou na minha vida como um furacão. Bagunçou tudo que eu achava saber, me fez rir, me ensinou a confiar, a amar... e agora, me dá a chance de ser pai. Casa comigo?

Luna levou as mãos à boca, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela assentiu com a cabeça, sem conseguir falar no início. Depois, sussurrou:

— Sim. Mil vezes sim.

Arthur colocou o anel em seu dedo, e os dois se beijaram sob aplausos da pequena equipe do restaurante.

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O capítulo termina com a imagem dos dois dançando devagar no meio do salão vazio. Ao fundo, um violino tocava uma melodia suave, enquanto Arthur sussurrava no ouvido de Luna:

— Isso é só o começo. Nosso novo começo.

E Luna, com um sorriso radiante, respondeu:

— Um começo cheio de amor… e fraldas.

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