capítulo 12

Capítulo 23 – Luna Decide Reagir

Depois de dias sendo vítima, Luna finalmente decidiu se levantar.

Ela estava cansada de sentir medo, vergonha e dúvida. Agora que a verdade sobre Camila começava a vir à tona, algo dentro dela despertou: a força que sempre teve, mas que havia sido sufocada pelo trauma da humilhação.

— Eu vou limpar meu nome com as minhas mãos — disse a si mesma diante do espelho.

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Arthur foi até o apartamento dela naquele mesmo dia. Levaram pizza, sentaram no sofá e conversaram até tarde. Ela contou histórias da infância, das lutas da mãe para criá-la, do quanto teve que engolir o orgulho para aceitar o emprego de faxineira.

Arthur a escutava com admiração. Vê-la tão forte e, ao mesmo tempo, tão doce, só aumentava o que sentia por ela.

— Você é a mulher mais incrível que já conheci — ele sussurrou, acariciando o rosto dela.

— E você é o primeiro homem que viu valor em mim antes do meu corpo, antes da minha aparência... — ela respondeu, com os olhos marejados.

Eles se beijaram. Um beijo calmo, sincero, que dizia mais do que qualquer promessa.

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No dia seguinte, Luna voltou à empresa, mesmo sem estar oficialmente readmitida. Entrou com a cabeça erguida.

Amanda a esperava com um sorriso:

— Tem algo que você vai gostar de ver.

Levou-a até a sala de reuniões, onde estavam reunidos os advogados da empresa. Amanda entregou um pen drive a um deles e disse:

— Isso aqui são os arquivos que comprovam a adulteração de documentos. A verdadeira responsável já foi afastada, e agora é questão de tempo para que Luna seja inocentada oficialmente.

Luna respirou fundo. Era a virada que ela tanto esperava.

Mas ela não queria apenas provar sua inocência. Queria encontrar Marcos. Queria saber por que ele a odiava tanto. E mais: queria impedi-lo de continuar ferindo outras pessoas.

— Se ele tentou me destruir, vai pagar por isso. — ela murmurou, com firmeza.

E pela primeira vez, Luna não era apenas uma sobrevivente. Era uma mulher pronta para lutar.

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Capítulo 24 – Marcos Mostra Sua Face

Marcos observava tudo de longe, furioso. Seu plano havia falhado. Camila havia sido descartada, e Luna... estava mais forte do que nunca.

— Essa vadia é mais difícil do que eu pensei — disse, enquanto socava a mesa.

Mas ele tinha uma carta na manga.

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Luna estava saindo do prédio da empresa quando recebeu uma mensagem anônima:

“Quer saber por que eu te escolhi, Luna? Encontre-me. Sozinha. Às 20h, na praça do Mirante. – M.”

Ela hesitou. O certo seria ignorar. Mas a curiosidade e a vontade de acabar com aquilo de uma vez por todas falaram mais alto.

Às 20h, ela foi. Sem avisar Arthur.

A praça estava deserta. O vento frio balançava as árvores e o silêncio era pesado.

E então, ele apareceu.

Marcos.

— Você é mais burra do que eu pensei. Veio sozinha?

— Vim porque quero entender. O que eu te fiz? Por que tanto ódio?

Ele riu, mas havia dor em seus olhos.

— Você não fez nada, Luna. Mas ele... Arthur... Ele destruiu a minha vida. E agora eu destruí a dele. Ou quase.

— Você não destruiu nada. Ele está mais forte. E eu também.

— É? Veremos então o quanto você aguenta...

Antes que ela reagisse, ele puxou Luna pelo braço com força. Ela tentou se soltar, gritou, mas Marcos a empurrou para dentro de um carro estacionado.

Ela caiu no banco de trás, tentando chutar e lutar.

— Você vai aprender que ninguém pisa em mim e sai ileso!

Mas do outro lado da praça... alguém estava de olho. Arthur.

Ele havia seguido Luna em segredo, desconfiado. E agora, vendo o desespero nos olhos dela, partiu em disparada, pronto para salvá-la.

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