Capítulo 8 – Amanda Descobre a Verdade
Amanda Mancini sempre fora a irmã mais desconfiada e observadora de Arthur. Inteligente, sagaz e com um faro afiado para segredos, ela percebeu rapidamente que havia algo diferente no irmão — ele estava sorrindo mais, distraído em reuniões, até trocando o café por chocolate quente.
Aquilo era inédito.
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Na manhã de segunda-feira, Amanda apareceu de surpresa no escritório de Arthur com um plano: confrontá-lo de vez.
— Bom dia, maninho — ela entrou sem avisar, como sempre fazia.
Arthur levantou os olhos do notebook e franziu o cenho.
— Você não bate mais antes de entrar?
— E você não esconde mais nada de mim — rebateu, sentando-se na poltrona em frente à mesa dele. — Quem é ela?
— Quem? — ele fingiu inocência.
— A mulher que está te deixando assim... leve, sorridente... e distraído. Vamos, Arthur, não tenta me enrolar. Eu sou sua irmã, não a imprensa.
Arthur suspirou e se recostou na cadeira. Sabia que esconder aquilo de Amanda era impossível. E, no fundo, ele queria compartilhar.
— Luna — disse, baixinho.
— Luna? A faxineira? — Amanda arregalou os olhos, surpresa.
— Sim.
Amanda ficou em silêncio por alguns segundos. Então, ao contrário do que Arthur esperava, ela sorriu.
— Uau. Eu... não esperava por isso. Mas ao mesmo tempo, faz sentido. Ela é... diferente.
— É exatamente isso — Arthur murmurou. — Ela me faz sentir... vivo.
— E vocês estão juntos?
— Ainda não. Estamos nos conhecendo. Saímos para tomar um café no fim de semana.
Amanda se levantou e foi até o irmão. Parou atrás dele e abraçou seus ombros.
— Olha, Arthur... eu não ligo se ela é faxineira ou presidente de um país. Se ela te faz bem, então não a perca. Mas...
— Mas?
— Você sabe que nem todo mundo vai entender isso. Vai ter julgamento. Vão falar pelas costas dela. E talvez tentem derrubá-la só por estar perto de você.
Arthur fechou a expressão.
— Ninguém vai tocar nela.
— Então proteja, maninho. Porque quando o amor nasce assim... puro, simples, e inesperado... é o mais precioso de todos. Mas também o mais vulnerável.
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Naquela noite, Amanda enviou uma mensagem para Luna:
> "Podemos conversar amanhã? Só nós duas. Prometo que não é ameaça."
Luna leu e sentiu o estômago revirar.
Amanda sabia.
E agora, tudo podia mudar.
Capítulo 9 – A Conversa Entre Elas
Luna passou a noite inquieta. A mensagem de Amanda ecoava em sua mente. Ela não tinha motivos para temer — não havia feito nada de errado. Mas o fato de ser apenas uma faxineira, enquanto Amanda era irmã de um dos CEOs mais poderosos do país, a deixava nervosa.
No dia seguinte, chegou mais cedo à empresa. Vestia seu uniforme azul-claro, o cabelo preso em um coque simples e as mãos suadas de ansiedade.
Às 10h, Amanda apareceu na sala de descanso dos funcionários, onde haviam marcado o encontro. Estava elegante, como sempre, mas o sorriso no rosto suavizava a imponência.
— Luna? — ela chamou, fechando a porta atrás de si.
— Oi, senhora Amanda.
— Nada de “senhora”, por favor. Somos só duas mulheres conversando. Pode me chamar de Amanda.
Luna assentiu, ainda tensa.
— Olha, antes de qualquer coisa, eu queria deixar algo claro — Amanda começou, sentando-se ao lado dela no sofá. — Eu não vim aqui pra brigar, nem pra te intimidar.
— Então por que quis falar comigo? — Luna perguntou, com voz baixa.
— Porque eu me importo com o Arthur. Ele é meu irmão mais velho, minha única família. E eu nunca o vi tão... diferente.
— Diferente como?
— Feliz. Confuso, sim. Mas leve. Com brilho nos olhos. E isso começou quando você apareceu.
Luna olhou para o chão, sentindo o rosto esquentar.
— Eu não queria me aproximar dele. Não por interesse. Aconteceu... sem querer.
— Eu acredito em você — Amanda respondeu, surpreendendo-a. — E é por isso que eu vim te pedir uma coisa.
Luna a encarou, hesitante.
— Proteja o coração dele, Luna. Arthur é virgem. Nunca amou, nunca viveu uma paixão de verdade. Ele não entende ainda a profundidade disso. Mas você entende. Eu vi nos seus olhos.
Luna sentiu um nó na garganta.
— Eu juro que nunca quis brincar com os sentimentos dele.
Amanda segurou sua mão.
— Eu sei disso. E talvez, por isso, você seja a mulher certa pra ele.
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Quando a conversa terminou, Luna se sentia aliviada. E também honrada. Amanda não só a respeitou, como a reconheceu como parte da vida de Arthur.
Naquela tarde, enquanto Luna limpava a sala do CEO, Arthur entrou.
— Ela falou com você?
— Falou.
— E?
— Ela disse que você tem um brilho novo nos olhos.
Arthur sorriu.
— E por quê será?
— Porque... talvez esteja começando a enxergar a vida com mais cor — ela respondeu, tímida.
Ele se aproximou, sem pressa, e sussurrou:
— E essa cor tem nome?
Luna o olhou nos olhos, o coração disparado.
— Tem sim. E se chama Arthur.
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Ele segurou o rosto dela com carinho, o polegar roçando sua bochecha, e pela primeira vez, seus lábios se encontraram.
Um beijo doce, tímido... mas cheio de promessas.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
que lindo 😍😍😍
2025-04-11
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