Capítulo 10 – O Beijo que Mudou Tudo
O primeiro beijo de Arthur e Luna foi como um sussurro entre dois corações que finalmente se reconheceram.
Foi lento. Terno. Um toque de lábios que parecia conter o peso de tudo o que eles tinham sentido, mas nunca dito.
Arthur, mesmo nervoso, deixou que o instinto falasse mais alto. Seu corpo tremia levemente, e Luna percebeu — era realmente a primeira vez dele. E ainda assim, havia tanta verdade naquele gesto que ela sentiu o chão sumir sob seus pés.
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Quando se afastaram, ele manteve os olhos fechados por alguns segundos, como quem queria guardar aquele momento para sempre.
— Foi... — ele murmurou, com um sorriso doce nos lábios — melhor do que qualquer coisa que eu imaginei.
Luna sorriu, sentindo o coração derreter.
— Você estava com medo?
— De não saber como agir. De fazer algo errado. De você me achar ridículo...
Ela tocou o rosto dele, firme, com os olhos brilhando.
— Não existe jeito errado quando se beija com o coração, Arthur.
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Aquele beijo mudou tudo.
Arthur, que sempre manteve o controle de tudo em sua vida, agora se via vulnerável, entregue, ansioso por mais. Luna, que aprendeu a se proteger de amores impossíveis, se via abrindo brechas em suas defesas por um homem que, no fundo, era tão puro quanto ela.
Mas nem todos veriam isso com bons olhos.
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No dia seguinte, Camila, a secretária de Arthur, flagrou os dois trocando um olhar cúmplice no corredor.
Foi o suficiente.
— Eles estão juntos — murmurou, para si mesma, sentindo a raiva crescer como uma onda.
E então, ligou para alguém.
— Alô? Eu tenho uma informação que pode te interessar sobre o CEO Arthur Mancini... e a faxineira Luna Santos.
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O relacionamento, até então discreto, estava prestes a ser exposto.
E quando o amor incomoda... surgem inimigos de todos os lados.
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Capítulo 11 – A Primeira Armadilha
Camila sempre foi uma mulher ambiciosa. Trabalhando ao lado de Arthur há anos, alimentava em silêncio a esperança de que um dia ele a notaria — não como secretária, mas como mulher. E ver Luna, a simples faxineira, conquistando o que ela desejava, foi como um soco no estômago.
Ela precisava fazer algo. E rápido.
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Na manhã seguinte, Luna foi chamada à sala de Recursos Humanos. O coração dela acelerou imediatamente. Havia feito algo errado? Estava sendo demitida?
Ao chegar, encontrou o diretor do setor com uma expressão séria. Havia também uma pasta sobre a mesa.
— Luna Santos, certo? — ele perguntou.
— Sim, sou eu.
— Recebemos uma denúncia anônima de que você está mantendo um relacionamento com o senhor Arthur Mancini, seu superior direto. Isso procede?
Luna congelou.
— E-eu... senhor, não acho que isso...
— Estamos apenas averiguando, senhorita. Mas precisamos alertá-la: qualquer envolvimento amoroso entre funcionários com grande diferença hierárquica pode configurar quebra de conduta ética. Isso pode gerar consequências para ambos.
Luna saiu da sala com as mãos trêmulas e os olhos marejados.
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Arthur soube da reunião pouco tempo depois, através de Amanda, que foi informada por um contato interno.
Furioso, ele foi até Luna na área de serviços e a puxou gentilmente para a sala dele.
— Você está bem? — ele perguntou, segurando as mãos dela.
— Alguém nos denunciou, Arthur. Eu posso perder meu emprego... você pode sofrer sanções... talvez devêssemos parar...
— Não. — Ele foi firme. — Isso é o que eles querem. Que a gente tenha medo. Que a gente se esconda. Mas eu não vou permitir.
— E se for a Camila? — Luna perguntou, com os olhos marejados.
Arthur parou por um segundo. Fazia sentido.
— Ela não faria isso...
— Ela te ama, Arthur. Ou, pelo menos, acha que ama. E te quer só pra ela.
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Mais tarde, Amanda chamou Camila para conversar. Usando o pretexto de uma pauta de RH, armou uma pequena armadilha: deixou seu celular gravando discretamente sobre a mesa.
— Camila, ouvi boatos sobre a faxineira e o Arthur. Você acha que é verdade?
Camila riu com desdém.
— Verdade ou não, alguém precisava fazer algo, não é? Um CEO com uma faxineira? Que piada. Isso mancha a imagem da empresa.
— Então foi você? — Amanda perguntou, com uma expressão neutra.
Camila se deu conta tarde demais da própria confissão.
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Com o áudio nas mãos, Amanda foi direto até Arthur.
— Aqui está a sua resposta. A armadilha começou... mas agora temos como nos defender.
Arthur escutou o áudio com raiva nos olhos.
— Ela quis destruir a Luna... mas quem vai sair agora sou eu.
— Como assim? — Amanda perguntou.
— Eu vou assumir publicamente meu relacionamento com a Luna.
Amanda arregalou os olhos.
— Você tem certeza?
— Absoluta. Chega de se esconder.
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E naquela noite, Arthur Mancini publicou algo inesperado no seu perfil profissional:
> "O amor não escolhe cargos, nem classes. Ele apenas acontece. E eu não tenho vergonha de dizer: estou apaixonado por Luna Santos. E não vou deixá-la."
Obs:finjam que é ela
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Foi o início da guerra.
Mas também, o nascimento de um amor mais forte do que qualquer ameaça.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Parabéns Arthur, não vacilou ao enfrentar a sociedade hipócrita, mostrou-se um homem de caráter
2025-04-11
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