Não acredito que aquele filho da puta continua insistindo em falar com a nossa garota. E justo no momento em que nós iríamos conseguir um beijo dela de boa vontade, tive que bloquear o babaca me questionando por não ter feito isso antes.
Estou no controle desde que chegamos na porta do apartamento. Dom está lutando para tomar o controle de volta, ele não confia em mim perto dela e eu não o julgo a decisão dele é certa.
— Poderia deixar o Dom no comando? — ela pergunta sem olhar para mim.
— Por que? Está tão mais divertido só nós dois, morena.
— Não me chama assim, meu nome é Samantha.
— Você está aqui e vai ter que se acostumar com nós dois, ainda temos quatro dias juntos.
— O que eu preciso saber sobre você? O que eu preciso esperar de você?
— Gostou do meu toque ou prefere o dele? — pergunto me inclinando para frente — Consegue notar a diferença entre nós dois?
— Foi você quem me seduziu? — ela pergunta se abraçando — Em todos os momentos foi você?
— Nos dois primeiros dias não, mas de ontem para cá digamos que meu companheiro de mente cedeu espaço para mim. Senti você mais entregue ontem, ouvi até seu gemido baixo enquanto tinha seu terceiro orgasmo.
Ela se levanta da cadeira e se afasta ainda abraçando seus braços com um olhar incrédulo. Me levanto e caminho devagar até ela.
— Nós não chegamos a tanto, Nic. Por que está falando isso?
— Porque eu posso! Senti sua respiração irregular, senti até seus batimentos cardíacos, senti seu corpo aquecer e depois esfriar quando a calmaria depois do prazer se instala. Vai negar que teve um orgasmo com nós dois? Se foi assim com todas essas roupas entre nós, imagine sem elas, imagine tudo o que posso fazer com esse pedaço de tentação que você tem da cabeça aos pés.
Ela se encosta na porta do quarto e olha para cima quando eu fico a cinco centímetros dela. Sinto que chegou o meu momento de novo e me inclino para beijá-la, mas Dom volta a lutar dentro da nossa cabeça me fazendo esquivar dos lábios dela.
— “Deixa ela em paz, não está vendo que ela está desconfortável com isso?” — ele praticamente grita me fazendo balançar a cabeça com agonia.
— O seu problema é ser bonzinho demais, Dom. Isso é completamente irritante.
— Dom? — ela chama por ele.
— Não faz isso, morena. — falo ao voltar minha atenção para ela — Vai me deixar irritado e você não vai querer me ver irritado.
Nesse momento ela me acerta entre as pernas quando percebe que vou beijá-la de qualquer jeito. Eu acabo de joelhos no chão e ela corre em direção a mesa, me levanto rápido e muito irritado.
— Não deveria ter feito isso, agora não vou apenas te beijar, vou usar o que você machucou.
Ela se encosta na mesa e eu vou com tudo para cima dela. Samantha me tirou do sério ao me chutar entre as pernas e preciso mostrar para ela que não pode fazer isso, machucar o homem dela é algo inaceitável.
— Me solta, Nic. — ela pede enquanto eu a abraço com força e beijo seu pescoço— Eu pedi para parar.
Sinto algo bater na minha nuca, depois algo viscoso e quente escorrer pelo meu pescoço e tudo fica escuro.
Minha cabeça dói, minha consciência está voltando e de longe eu escuto uma pergunta enquanto minha mão vai até onde lateja atrás da minha cabeça:
— Se for o Nic vou logo avisando que se chegar perto de mim agora vou cortar sua garganta com o que sobrou da garrafa. — é a voz da Sam e ela parece estar nervosa e com medo.
— Sam? — tento me levantar e tudo gira para mim, mas consigo ver onde ela está sentada e encolhida ao lado do sofá segurando o que sobrou da garrafa de vinho rosé.
— Dom? É realmente você ou aquele depravado, tarado filho da puta? — ela pergunta se levantando com receio e medo escritos na sua postura.
— Sim, sou eu, o Dom! Desculpa por ele, Nic é impulsivo e difícil de controlar. Eu não sabia que ele iria assumir o controle daquele jeito e me deixar longe.
Me sento com cuidado e tento tocar onde está ferido atrás da minha cabeça e somente agora que ela vem até mim e se ajoelha ao meu lado.
— Eu te machuquei muito? Precisa ir a um hospital, acho que precisa de pontos. — ela segura firme minha cabeça e olha minha nuca.
— Tenho alguns grampos para pontos no banheiro, ficaria surpresa no número de confusões que o Nic me enfia. Digamos que ele não é de fugir de uma boa briga, mesmo que precisemos de pontos depois.
— Isso é insano, deveria procurar um tratamento para se livrar dele.
Sinto Nic se revirar mesmo não estando bem depois da pancada, afasto Sam devagar e me levanto. Olho para ela que ainda está de joelhos no chão me olhando e estico minha mão para ela.
— Sugiro que fique no quarto de hóspedes essa noite, vou te levar até lá e depois vou para o meu quarto.
Ela não diz nada e segura minha mão para se levantar. Levo ela até o quarto que fica ao lado do meu e abro a porta para que entre. Em seguida sigo para o meu quarto e vou direto para o banheiro.
Paro de frente para o espelho e me abaixo para pegar uma toalha pequena embaixo da pia no armário. Me levanto e umedeço a toalha tocando atrás da minha nuca para limpar o corte até que meus olhos vão para a minha imagem refletida ali, ele está furioso.
— Me deixe voltar, eu quero resolver isso com ela, não deveria nos acertar na cabeça assim poderia ter nos matado. — ele está transtornado e incontrolável, sinto a enxaqueca que ele me causa quando está assim. Parece algo afiado cutucando meu cérebro.
— Você mereceu, foi abusivo e impulsivo com ela além de invadir o espaço privado dela sem nem ao menos perguntar se podia. Não venha com esse show agora.
— Você é fraco e inútil, se não fosse por mim ainda estaria sendo molestado e estuprado pela sua madrasta iria virar o boneco de prazer dela. Eu te salvei e o mínimo que pode fazer por mim é me deixar transar com aquela morena gostosa já que o nosso corpo aceitou o dela.
— Chega dessa conversa.
Termino de limpar o corto e coloco dois grampos descartáveis para impedir de sangrar mais e saio do banheiro enquanto ele grita:
— “Você é um bebê chorão, Dom. Não passa de um maldito covarde que não aproveita a vida.”
Balanço a cabeça para tirar a névoa que ele instalou na minha mente e me jogo na cama depois de tomar a minha medicação, com ela conseguirei acordar sem que ele esteja no comando de novo.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
vilma assis
Nic é a personalidade do abuso que ele sofria já Dom e à delicadeza do amor que ele quer viver
2025-03-30
7
Fatima Gonçalves
O NIK FEZ ELE FICAR CORAJOSO E ACABAR COM OS ABUSOS FORAM 2 ANOS DE TORTURAS
2025-04-10
1
Onilda Furlan
difícil para ele controlar o Nic que é agressivo Don é mais calmo
2025-04-14
0