Samantha

As meninas furaram com a Nala já que a ideia de ir nessa festa foi dela. Sobrando apenas eu ao seu lado, quase desisti também se não fosse ela contar que nessa festa tem bebida de graça.

Chegamos e alguns idiotas já vieram até nós tentando intimidar numa atuação péssima de psicopata barato. Mas fizeram a Nala rir e isso é bom. Ela também está mal e superando um término complicado. Parece que o ex dela é bissexual e terminou com ela para voltar com o ex dele, ela ficou péssima.

Mas não posso menosprezar o que aconteceu comigo também. Eu peguei uma traição com os meus olhos e foi como levar um soco no estômago por quem você ama com a pessoa te olhando nos olhos.

Estamos andando nessa festa até que ela parou pedindo para esperar um pouco. Meus olhos vão para uma cena curiosa um pouco longe de mim, tem um homem acertando outro com um taco de beisebol. Isso também é atuação?

Se é atuação, por que tem dois homens arrastando o que apanhou para trás de uma lixeira e jogando o taco num latão que está pegando fogo? Isso é estranho, os dois homens com rostos pintados de caveira puxam o que está usando uma máscara pela metade de caveira na nossa direção até que ele olha para nós.

— Nala, acho melhor irmos embora. Estou sentindo que se eu não for agora algo vai acontecer.

— É porque tudo aqui faz isso com a gente, Sam. Dá essa sensação de que devemos fugir ou algo vai acontecer. Já viu como esses homens olham para nós? Eu só quero um homem alto, com pinta de psicopata de verdade que me leve para ter o melhor orgasmo da minha vida.

Eu respiro fundo um pouco irritada, mas logo muda para um gelo na espinha e na boca do estômago quando olho para frente e depois para cima e encaro um gigante, mas não é qualquer gigante e sim o que estava espancando o cara que agora está atrás da lixeira desacordado.

Ele tem a vibe perfeita do que minha amiga está procurando, então tento sair do caminho, mas o homem parece brincar comigo como se eu quisesse entrar na dele. Por mais que eu tente fugir dele o mesmo me pega no colo e sai me levando como se eu não pesasse nada.

Tento convencê-lo uma última vez, até que começo a pedir socorro e as mulheres à minha volta pensam que eu me dei bem. Pensam que estou atuando e esfregando algo na cara delas. Ignoram minha súplica e sou levada pelo boçal, quando chegamos no carro dele o mesmo me algema e depois dentro do carro ele borrifa algo e eu apago.

Desperto por um momento e tudo está de cabeça para baixo, inclino a cabeça e vejo o chão, olho para frente e vejo as costas nua de alguém. Estou sendo levada no ombro dele, tento bater e pedir para me soltar, inútil.

Olho para o lado ainda de cabeça para baixo e vejo portas, parede, portas… Estamos num corredor. Eu apago novamente enquanto sou levada no ombro desse filho da puta. Não sei por quanto tempo eu dormi, o ambiente tem apenas uma luz fraca vermelha.

Acordo gemendo, meu estômago está enjoado e minha cabeça pesada. Ainda estou algemada, mas estou presa a algo, também estou encostada em algo. Não estou usando minhas botas e também não estou usando a minha jaqueta, é quando abro meus olhos de vez.

— Onde? Onde eu estou? — olho para o lado e depois foco à minha frente, na fumaça que flutua e no cheiro mentolado.

— Olá, Sam, pensei que dormiria o dia todo.

— Dia todo? — olho para os lados e está tudo escuro, exceto pelo brilho fraco da luz vermelha — Não me chame de Sam, isso é para os íntimos. Meu nome é Samantha. Espera, como sabe meu nome?

— Somos quase íntimos, seus lábios têm sabor de morango. — ele não responde minhas perguntas, mas o que me choca é ele ter me beijado enquanto eu estava desmaiada.

— Você me beijou?

— Você não devia confiar no seu bloqueio de tela. Foi só colocar de frente para o seu rosto e descobri tudo sobre você em poucos minutos.

— Isso é invasão de privacidade, não pode fazer isso.

— Eu não posso? — ele finge se ofender até um olhar sinistro se iluminar no seu rosto enquanto solta mais fumaça por trás da máscara — Sorriu para mim e agora é minha.

— Ok… Você ainda está atuando. Qual palavra devo usar para você entender que eu não estou nessa de dark agora?

— Olha, sua mãe está te ligando… Vou atender.

Ele vem até mim e enrola um pano preto enfiando na minha boca antes que eu possa protestar para que ele não atenda. Tarde demais, é incrível como a postura e seu timbre de voz mudou assim que atendeu a minha mãe, parece outro homem. Ele coloca no viva voz.

— “Olá, senhora Sylus, muito prazer, sou Dominic Torrance da Torrance Motor’s.”

— “O Ceo? Por que está com o telefone da minha filha?”

Torrance? Ceo? Começo a vasculhar algo dentro da minha mente e a conversa entre ele e minha mãe continua.

— “Me desculpe, senhora Sylus, sua filha foi contratada por mim ontem. E acabou não dando tempo dela avisar que precisaria viajar comigo para algumas reuniões fora da cidade em caráter de urgência. Voltamos em uma semana.” — quem o escuta falar agora pensa mesmo que é um Ceo.

Uma semana? Ele está de brincadeira? Minha mãe não vai cair nessa. Chame a polícia, mãe.

— “Isso está estranho, a Sam já tem um emprego e não sairia da cidade sem me avisar.”

— “Ela se demitiu pela manhã do outro emprego e saiu para encontrar outro emprego. Com muita sorte foi contratada por mim, mas eu tinha urgência por causa da viagem. Como ela estava sem carregador, deixou o celular na minha suíte para carregar com o meu. Prometo que em uma hora ela entrará em contato com a senhora.”

— “Nossa… Senhor Torrance, assim que ela pegar o celular avise para me ligar.”

Eu estou ali na cama, lutando para me soltar ou tirar aquilo da minha boca, mas sempre que meu rosto chega próximo da minha mão aquele filho da puta me puxa pelo pé. Parece estar se divertindo.

— Sua mãe é um amor. — ele fala apontando para o meu celular. Assim que tira o pano da minha boca pergunto:

— Por que usou o nome de alguém poderoso?

— Não posso ser ele?

— É claro que não! O dono do grupo Torrance é um Ceo nerd que usa óculos e passa o dia enfiado no seu escritório. Ele não iria para uma festa como aquela e não me sequestraria para depois invadir minha privacidade.

— Muito prazer… — ele agora tira completamente a máscara já que antes apenas levantava para tragar seu cigarro, pega um óculos ao lado de onde está e continua falando — Eu sou o Ceo nerd e dono do grupo Torrance e também seu raptor.

Ele pega um controle e mira para as cortinas que parecem pesadas, conforme se afastam eu consigo ver com mais clareza o rosto dele conforme a luz vai entrando. Puta que pariu, ele é mesmo o Ceo nerd do grupo Torrance.

Mais populares

Comments

Elenilda Soares

Elenilda Soares

amando demais parabéns autora excelente história arrasou

2025-03-22

7

Hewellyn Ferreira

Hewellyn Ferreira

ele ainda não fez nem 1% das coisas, e já tô apaixonada nele e passando panooooo

2025-03-23

1

Hewellyn Ferreira

Hewellyn Ferreira

como faço pra ser sequestrada por ele 🫣🫣

2025-03-23

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!