O quarto de Kang Jiho era enorme, luxuoso, com tons escuros e iluminação suave. No centro, bem ao lado da grande cama de lençóis negros, havia um poste de Pole Dance recém-instalado, brilhando sob a luz ambiente.
Sn respirou fundo, sentindo o peso do olhar de Jiho sobre ela. Aquilo era insano. Mas agora, não havia mais volta.
Jiho estava sentado em uma poltrona de couro, pernas cruzadas, um copo de whisky puro descansando entre seus dedos longos. Seus olhos escuros percorriam cada detalhe do corpo de Sn, analisando seus movimentos enquanto a música começava a tocar.
Ele ligou o som, e uma batida envolvente e sensual preencheu o ambiente.
Sn deslizou os dedos pelo poste prateado, sentindo o metal gelado contrastar com sua pele quente. Ela girou, lenta e graciosamente, deixando seu corpo se mover de acordo com o ritmo da música. Seu cabelo acompanhava os movimentos, balançando suavemente enquanto ela envolvia as pernas no poste e fazia um movimento fluido, descendo até o chão com elegância.
Jiho observava em silêncio absoluto, apenas erguendo o copo para os lábios, tomando um gole demorado de seu whisky. Seus olhos estavam fixos nela, intensos e perigosos.
— Você dança bem... — Ele murmurou, sua voz saindo baixa e rouca.
Sn não respondeu. Apenas continuou. Dançar era sua liberdade, seu refúgio.
Ela jogou a cabeça para trás, deslizando as mãos pelo próprio corpo, sentindo cada músculo se mover em perfeita sincronia. Ela girou mais uma vez no poste, envolvendo as pernas e executando um movimento perfeito no ar.
Jiho se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. Ele a observava como um caçador analisando sua presa, seus olhos refletindo algo entre desejo e domínio absoluto.
— Diga-me, Sn... — Ele girou o gelo dentro do copo, sem desviar os olhos dela. — Você está dançando para mim ou para si mesma?
Sn deslizou até o chão, apoiando-se no poste, ofegante pelo esforço, mas mantendo seu olhar firme nele.
— E se for para os dois? — Ela respondeu, a voz carregada de desafio.
Jiho sorriu de canto, aquele sorriso perigoso e arrogante. Ele gostava disso.
Ele terminou seu whisky de um gole só e colocou o copo sobre a mesa ao lado.
— Então, continue... Mas lembre-se, Sn... — Ele se levantou lentamente, caminhando até ela, a sombra dele pairando sobre seu corpo no chão. Ele estendeu a mão e segurou o queixo dela, obrigando-a a olhar para ele.
— A partir de hoje, você dança apenas para mim.
Sn sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando Jiho segurou seu queixo com firmeza. Os olhos dele estavam profundos, intensos, como se estivessem lendo sua alma.
— Você entendeu, Sn? — A voz dele era baixa, mas carregada de autoridade.
Ela engoliu em seco, sentindo o calor da respiração dele tão perto da sua pele. O coração batia acelerado, mas ela não podia ceder tão fácil.
— E se eu quiser continuar dançando na boate? — Sn desafiou, olhando diretamente nos olhos dele.
Jiho arqueou uma sobrancelha, um sorriso perigoso e cínico se formando em seus lábios. Ele soltou seu queixo lentamente, mas seus olhos nunca desviaram dos dela.
— Então, eu dobro o valor que já te paguei. — Ele pegou o celular, digitou alguns números e, segundos depois, o som de uma nova notificação bancária ecoou pelo quarto.
O celular de Sn vibrou. Ela pegou e arregalou os olhos ao ver a quantia depositada.
— Isso é muito dinheiro! — Ela murmurou, surpresa.
— O suficiente para você não precisar mais daquela boate. — Jiho colocou as mãos no bolso e se inclinou ligeiramente para frente, aproximando-se dela. Os olhos dele brilhavam com diversão e posse. — Agora, me diga... Ainda quer dançar para outros homens?
Sn sentiu um nó na garganta. Era dinheiro suficiente para cuidar do avô por meses, pagar o apartamento e até investir em algo melhor para o futuro. Mas...
— Não gosto de me sentir comprada. — Ela cruzou os braços, tentando manter a firmeza na voz.
Jiho riu, um som baixo e provocador.
— Isso não é compra, Sn. — Ele passou a língua nos lábios, aproximando o rosto ainda mais, sua voz quase sussurrada. — É um contrato. Um contrato onde você sai ganhando e eu... também.
Ela sentiu o cheiro do whisky misturado ao perfume caro dele, uma combinação perigosa e viciante.
— Pense bem. — Jiho deslizou os dedos pelo braço dela, bem devagar, e depois deu um passo para trás. — A proposta está de pé. Você dança apenas para mim e, em troca, eu garanto que nunca mais precise pisar naquela boate.
Sn olhou para o dinheiro na conta, depois para ele. Jiho estava seguro da própria vitória.
Mas o jogo ainda não tinha acabado.
— Eu vou pensar. — Ela respondeu, desafiadora.
O sorriso de Jiho aumentou. Ele adorava desafios.
— Não demore muito. Eu sou um homem impaciente. — Ele piscou para ela antes de pegar seu copo vazio e sair do quarto.
Sn soltou um suspiro pesado, sentindo o corpo ainda quente pela proximidade dele.
Será que ela estava pronta para esse jogo?
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Atualizado até capítulo 41
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