Passaram-se vários dias, e Sn estava no hospital, sentada ao lado do leito do avô. O ambiente era silencioso, exceto pelo som suave dos aparelhos médicos. Ela segurava a mão dele com carinho, observando sua respiração lenta e tranquila.
De repente, a porta do quarto se abriu, e Kang Jiho entrou acompanhado de dois de seus seguranças. Ele estava impecavelmente vestido, como sempre, mas seu olhar carregava algo intenso e inegociável.
Ele se aproximou lentamente, suas mãos nos bolsos do paletó.
— Sn, eu vim te fazer uma última proposta. — Sua voz era baixa, mas carregava uma firmeza que fazia o ar pesar.
Sn suspirou cansada, sabendo que ele não desistiria tão fácil.
— O que você quer agora, Jiho?
Ele deu um leve sorriso de lado.
— Estou te dando duas opções.
Ela franziu o cenho.
— Que opções?
Ele se inclinou levemente para mais perto dela e, sem hesitar, disse:
— Você pode ser minha secretária e trabalhar ao meu lado… ou pode ser minha submissa.
Sn arregalou os olhos, seu coração disparando.
— O quê?! — Ela sussurrou furiosa, olhando de relance para o avô, ainda dormindo. — Fale baixo!
Jiho não se intimidou.
— Eu estou falando sério. Prefere trabalhar para mim de forma profissional ou… de uma forma mais pessoal?
Sn apertou os punhos, sua mente girando.
— Você é louco.
Ele sorriu novamente, um sorriso perigoso.
— Talvez. Mas eu sei o que quero.
Ela desviou o olhar, tentando ignorar o frio na barriga que sentia toda vez que ele estava perto.
— Eu já disse… eu não vou deixar a boate.
Jiho a analisou por um momento antes de falar:
— Então trabalhe para mim depois da boate. Eu pago o dobro do que você ganha aqui e lá.
Sn franziu o cenho, surpresa com a insistência dele.
— Você realmente acha que pode comprar qualquer coisa, não é?
Ele deu de ombros.
— Não qualquer coisa. Mas você? Sim.
Ela sentiu uma onda de raiva subir pelo peito.
— Eu não estou à venda, Jiho.
Ele se aproximou mais, inclinando-se para sussurrar no ouvido dela:
— Então prove. Recuse minha oferta… se puder.
Sn fechou os olhos por um instante, tentando ignorar o calor que subiu até seu rosto. Ela precisava pensar. Precisava decidir o que era melhor para ela… e para seu avô.
Ela respirou fundo antes de responder, sua voz baixa, mas firme:
— Me dê um tempo para pensar.
Kang Jiho sorriu, satisfeito.
— Ótimo. Mas não demore.
Ele olhou para o avô de Sn mais uma vez e, sem dizer mais nada, virou-se e saiu do quarto, deixando Sn com o coração acelerado e uma escolha impossível a fazer.
Sn sentiu um peso no peito ao pronunciar aquelas palavras. Ela havia aceitado.
— Eu aceito trabalhar para você depois da boate… como sua submissa. — Sua voz saiu firme, mas por dentro, ela estava nervosa.
Kang Jiho sorriu satisfeito. Ele finalmente conseguiu o que queria.
— Ótima decisão, Sn. Mas tenho uma condição.
Sn franziu o cenho. Condição?
— Eu quero que você e seu avô venham morar comigo. — Jiho cruzou os braços, seu olhar sério. — Vou pagar uma enfermeira particular para cuidar dele enquanto você estiver fora ou trabalhando.
Sn piscou algumas vezes, tentando entender se ele estava falando sério.
— Morar com você? — Ela repetiu, incrédula.
Jiho assentiu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
— Sim. Dessa forma, posso garantir que ele tenha os melhores cuidados. E você não precisará se preocupar com aluguel, segurança ou dinheiro.
Sn sentiu seu coração acelerar. Aquilo era um jogo muito perigoso.
— Isso não faz sentido, Jiho. Você quer me manter sob controle?
Ele riu baixinho.
— Talvez. Mas acima de tudo, quero garantir que você não tenha mais que passar dificuldades.
Ela olhou para o avô, que dormia tranquilamente na cama do hospital. Ele precisava daquele tratamento. Precisava de conforto.
— E se eu recusar essa parte do acordo?
Jiho se inclinou levemente para ela, seus olhos brilhando em desafio.
— Você não vai. Porque sabe que essa é a melhor opção para você… e para ele.
Sn mordeu o lábio, sentindo-se encurralada. Ele estava certo.
— E se eu quiser ir embora no futuro?
O sorriso dele desapareceu. Seu olhar ficou frio.
— Então eu faço você querer ficar.
Sn sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia que Kang Jiho não era um homem comum. E agora, estava presa em seu jogo.
Sn olhou para Kang Jiho com seriedade.
— Eu aceito a enfermeira, mas eu quero escolher quem vai cuidar do meu avô.
Jiho sorriu, satisfeito.
— Ótimo. Então vamos.
Mudança para o Apartamento de Luxo
Era tarde quando Sn e Kang Jiho chegaram ao apartamento dele. Assim que Sn entrou, ficou impressionada. O lugar era enorme e luxuoso, com móveis sofisticados, janelas de vidro que iam do chão ao teto e uma vista deslumbrante da cidade.
— Isso tudo é seu? — Ela perguntou, ainda tentando processar o ambiente ao seu redor.
Jiho riu baixo.
— Sim. Agora, também é seu e do seu avô.
Ele caminhou pelo corredor e apontou para um dos quartos.
— Esse será o seu quarto. — Depois apontou para outro ao lado. — Aqui vai ser o quarto do seu avô. Vou pedir para minha equipe trazer ele para cá.
Sn sentiu um alívio no peito. Pelo menos seu avô teria um lugar confortável para ficar.
— Além disso, vou instalar os equipamentos hospitalares necessários e garantir que ele tenha os melhores cuidados médicos.
Jiho pegou o telefone e fez algumas ligações. Pouco tempo depois, os empregados e a equipe do hospital chegaram, trazendo o avô de Sn.
Eles montaram uma cama nova e confortável, ajustaram os aparelhos cardíacos e deixaram tudo pronto para que ele tivesse o melhor atendimento possível.
Sn assistia tudo de longe, sentindo-se emocionada e, ao mesmo tempo, desconfiada.
Por que Jiho estava fazendo tudo isso?
— Agora só falta escolher a enfermeira. — Jiho assobiou, chamando sua equipe.
Cinco enfermeiras entraram na sala. Jiho apontou para cada uma e começou a apresentar.
— Essa é a Sra. Choi, essa é a Srta. Park, essa é a Sra. Lee, essa é a Srta. Han e essa é a Srta. Kim.
Ele cruzou os braços e olhou para Sn.
— Agora, escolha.
Sn respirou fundo. Ela precisava escolher alguém em quem pudesse confiar.
Sn observou as enfermeiras por um instante, analisando cada uma delas. Ela precisava escolher alguém em quem confiasse para cuidar do seu avô.
Depois de alguns segundos de silêncio, ela apontou para uma delas.
— Eu escolho a Srta. Han.
Jiho assentiu com um leve sorriso.
— Ótima escolha. Ela já cuidou de pacientes na mesma condição do seu avô.
A enfermeira se curvou respeitosamente para Sn.
— Vou fazer o meu melhor para cuidar dele, senhorita.
Sn respirou fundo, aliviada. Finalmente, seu avô teria os cuidados que precisava.
Verificando o Avô
Depois de resolver a questão da enfermeira, Sn caminhou até o quarto do avô. O ambiente estava silencioso e iluminado por uma luz suave.
Seu avô ainda dormia tranquilamente na cama nova, os aparelhos ao seu redor monitorando sua saúde.
Ela se aproximou devagar, sentindo um aperto no coração. Tudo o que estava fazendo era por ele.
Com cuidado, passou a mão pelo rosto do avô, sentindo a pele envelhecida, marcada pelo tempo.
— Vovô, agora você tem tudo o que precisa… — sussurrou, segurando as lágrimas.
Agradecimento a Jiho
Sn se virou e saiu do quarto, encontrando Jiho no corredor. Ele estava encostado na parede, observando-a com um olhar indecifrável.
Por um momento, ela hesitou. Nunca imaginou que agradeceria um homem como ele.
Mas, no fundo, sabia que, sem Jiho, nada disso seria possível.
— Muito obrigada, Kang Jiho. — Sua voz saiu sincera, mas carregada de dúvidas.
Jiho ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.
— Só "obrigada"? Depois de tudo que fiz por você?
Sn revirou os olhos, cruzando os braços também.
— O que mais você quer?
Jiho sorriu de lado, um sorriso cheio de segundas intenções.
— Vamos ver… tenho algumas ideias.
O coração de Sn acelerou. Ela sabia que seu "acordo" com Jiho estava apenas começando.
Sn suspirou fundo. Ela sabia que Jiho não fazia nada de graça.
— Se tem algo a dizer, diga logo. — respondeu, mantendo a postura firme.
Jiho se afastou da parede e deu um passo na direção dela, seus olhos escuros analisando cada detalhe de sua expressão.
— Eu só quero que você cumpra sua parte do acordo, Sn. — disse com a voz baixa, mas carregada de autoridade. — Você agora trabalha para mim. Não esqueça disso.
Sn sentiu um arrepio subir pela espinha. Ela não tinha esquecido. Como poderia?
— Eu sei. — murmurou, desviando o olhar.
Jiho soltou um riso nasalado, notando sua hesitação.
— Ótimo. Amanhã cedo, você começará seu trabalho na minha empresa. Quero você lá às oito da manhã. Sem atrasos.
Sn cerrou os punhos. Ele falava como se ela fosse propriedade dele.
— E a boate?
Jiho inclinou a cabeça.
— Vai continuar lá até eu decidir o contrário.
Sn franziu a testa.
— Você não pode simplesmente decidir por mim.
Jiho deu um passo ainda mais próximo, seus olhos brilhando com algo entre diversão e desafio.
— Posso sim. E eu vou.
Ela engoliu seco. Estava entrando em um jogo perigoso, e Jiho era um jogador implacável.
No Quarto do Avô
Depois daquela conversa intensa, Sn se afastou e entrou no quarto do avô. Ele ainda dormia tranquilamente, sua respiração calma e ritmada.
Sn se aproximou, ajeitou os cobertores e sussurrou:
— Vovô… eu prometo que vou fazer de tudo para garantir seu tratamento.
Ela segurou sua mão por alguns instantes, buscando forças. Mesmo que tivesse que suportar Kang Jiho, faria o que fosse necessário.
Jiho Observa
Do lado de fora, Jiho a observava pela fresta da porta. Seu olhar não era apenas de posse, mas também de curiosidade.
Sn não era como as outras pessoas que trabalhavam para ele.
E isso o intrigava.
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Atualizado até capítulo 41
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