Kang Jiho estava sentado no bar da boate, um copo de uísque em mãos, mas sua atenção não estava na bebida. Seus olhos estavam cravados no palco, onde Sn dançava com movimentos hipnotizantes no pole dance.
Ele apertou os dedos ao redor do copo, sentindo uma mistura de emoções que não conseguia controlar.
“Então… foi assim que você sobreviveu todo esse tempo?” — ele pensou, observando cada detalhe.
Sn usava uma máscara preta, mas Jiho não precisava vê-la por completo para reconhecê-la. Ele já havia decorado seus traços, seus gestos, a maneira como seus olhos brilhavam mesmo sob as luzes da boate.
Seu maxilar se contraiu.
“Isso me irrita…”
“Me irrita saber que você teve que passar por isso sozinha.”
Ele passou a língua pelos lábios, sua expressão se tornando ainda mais séria.
“Mas agora que eu te encontrei, Sn… você não vai mais precisar desse lugar.”
Depois do Show
Sn saiu do palco, seu corpo ainda quente da dança, respirando fundo.
Ela caminhou pelos corredores da boate, indo até seu camarim, mas ao virar uma esquina parou abruptamente.
Kang Jiho estava ali, esperando por ela.
O homem que havia sido seu amigo de infância, agora um CEO poderoso e perigoso, bloqueava seu caminho.
O coração de Sn acelerou, mas ela tentou manter a expressão neutra.
— Você de novo? — Sua voz saiu firme, mas ela não conseguiu esconder o nervosismo.
Jiho deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles.
— O show foi… interessante. — Ele disse, sua voz carregada de algo que Sn não soube decifrar.
Ela cruzou os braços, sentindo o olhar dele percorrê-la dos pés à cabeça.
— Se veio aqui só para me elogiar, pode ir embora.
Jiho sorriu de lado.
— Não vim te elogiar, Sn.
Ela franziu o cenho.
— Então o que você quer?
Ele ergueu o colar dela, segurando a metade pendurada em seu pescoço.
— Eu quero você fora daqui.
Sn congelou por um momento antes de estreitar os olhos.
— Como é?
Jiho se inclinou levemente, seu olhar penetrante encontrando o dela.
— Esse não é o seu lugar. Eu vou tirar você daqui, quer queira ou não.
A raiva subiu pelo peito de Sn.
— Você não pode simplesmente aparecer e decidir o que eu devo fazer!
Jiho sorriu, mas era um sorriso perigoso.
— Veremos.
Ele soltou o colar e saiu, deixando Sn ali, com o coração disparado e a mente em caos.
Sn sentiu seu coração parar por um segundo. Ela ouviu certo?
Os olhos dela se arregalaram enquanto encarava Kang Jiho, sua mente ainda tentando processar o que ele acabara de dizer.
— O… quê? — Sua voz saiu quase em um sussurro.
Jiho cruzou os braços, seu olhar sério e decidido.
— Eu disse que posso pagar o tratamento do seu avô. — Ele repetiu, pausadamente. — Meu pai é sócio do hospital e eu posso garantir que ele tenha o melhor atendimento possível.
Sn deu um passo para trás, sua respiração descompassada.
— Por quê? — Ela perguntou, tentando controlar a avalanche de emoções. Por que ele faria isso? Por que agora?
Jiho deu um meio sorriso, mas havia algo perigoso em seu olhar.
— Porque eu posso.
Sn sentiu uma mistura de raiva e confusão crescer dentro dela.
— Eu não preciso da sua caridade, Jiho.
Ele arqueou a sobrancelha, como se já esperasse aquela resposta.
— Não estou te oferecendo caridade. Estou te oferecendo um trabalho.
— Na sua empresa? — Ela cruzou os braços, desconfiada.
Jiho assentiu.
— Sim. Quero que trabalhe como minha secretária pessoal.
Sn soltou uma risada sem humor.
— Secretária?
— Sim. Eu posso pagar o triplo do que você ganha aqui. — Ele olhou ao redor da boate com um leve desprezo. — E lá você não precisará se expor todas as noites para desconhecidos.
Sn apertou os punhos ao lado do corpo.
— Eu gosto do meu trabalho.
Jiho deu um passo à frente, reduzindo a distância entre eles.
— Você gosta porque precisa. Mas se tivesse escolha… ainda estaria aqui?
Sn sentiu um nó na garganta. Ele estava certo. Mas ela odiava admitir.
Ela desviou o olhar, sua mente girando. Se aceitasse a oferta, o tratamento do seu avô estaria garantido. Mas trabalhar ao lado de Kang Jiho? Isso era perigoso.
Como se soubesse o que ela estava pensando, Jiho inclinou ligeiramente a cabeça e disse em um tom calmo, mas firme:
— Você tem até amanhã para decidir, Sn. Se quiser mudar sua vida, me procure. Se não… continue aqui. Mas não espere que eu simplesmente desapareça.
Ele deu um último olhar para ela, depois se virou e saiu, deixando Sn ali, com o coração acelerado e uma decisão impossível a tomar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 41
Comments