capítulo 18-- busca ....

Capítulo 18

Dante estava exausto. Não era só o trabalho, ou mesmo a pressão de manter a empresa funcionando. O que mais o atormentava naquele momento era o desaparecimento de Eleonor. Ela havia simplesmente sumido. Não havia mais vestígios dela. As tentativas de encontrá-la eram um fracasso atrás do outro. Ela não usava redes sociais, não tinha família ou amigos próximos para ajudá-lo, e isso tornava sua busca ainda mais difícil.

As horas se arrastavam enquanto ele tentava todas as formas possíveis de descobrir seu paradeiro, mas nada parecia funcionar. Ele sentia uma frustração crescente. Eleonor havia deixado um vazio na sua vida, mas ele não podia simplesmente desistir. Ele precisava encontrá-la, precisava entender o que aconteceu. Mas, à medida que os dias passavam, ele se sentia mais perdido e sozinho.

No escritório, mais uma reunião. A pressão para resolver problemas não dava trégua. Dante mal conseguia focar no trabalho, os pensamentos sobre Eleonor estavam sempre presentes, rondando sua mente.

— Dante, tem algo que pode te interessar — disse Edward, interrompendo seus pensamentos. Sua expressão era séria, como se estivesse ponderando como dar a notícia.

Dante olhou para ele, ainda perdido em seus próprios pensamentos. Levantou os olhos e respondeu com um tom cansado:

— O que é?

Edward parecia hesitar por um momento antes de continuar, como se estivesse avaliando a situação.

— Camily comentou comigo que uma amiga dela está procurando trabalho como babá. Ela tem experiência com crianças, e... bem, achei que ela poderia ser uma boa opção para suas crianças. Camily disse que ela está disposta a tentar e já tem alguma experiência na área.

Dante franziu a testa. Não estava interessado nos detalhes pessoais da mulher que Camily estava recomendando, mas sim no que ela poderia fazer por ele.

— Preciso de alguém que dê conta do recado. As outras babás que tentei não conseguiram nem durar uma semana. Não estou procurando um “perfil perfeito”, só alguém que saiba lidar com quatro crianças mal educadas. Mande os dados dela para o RH, e vamos ver o que eles acham. O resto não me importa — disse Dante, sua voz carregada de frustração.

Edward assentiu, aliviado por não precisar continuar com aquela conversa. Ele sabia que Dante só queria uma solução, e que a paciência dele estava no limite.

— Vou mandar para o RH agora mesmo. Mas, só para avisar, não conheço muito sobre ela. Vai ser você quem vai decidir se ela serve ou não.

Dante fez um gesto impaciente com a mão, sem querer se aprofundar nos detalhes. O que importava agora era a funcionalidade, a rapidez. As crianças não podiam continuar sem uma babá, e ele não tinha mais tempo a perder.

Enquanto isso, Eleonor estava em casa com Camily. A mudança para o apartamento de sua amiga parecia ser uma solução temporária, mas sabia que não poderia ficar lá para sempre. Camily, percebendo a situação, sugeriu que ela se candidatasse ao trabalho como babá.

— Olha, Eleonor, ele está procurando alguém. Eu sei que você tem experiência com crianças, e se você quiser, pode tentar. Não custa nada, e quem sabe isso te dá um alívio temporário, não é? — disse Camily, com um sorriso encorajador.

Eleonor não sabia se seria a melhor opção. O trabalho não parecia ser ideal, mas, diante das circunstâncias, talvez fosse a única oportunidade de recuperar um pouco de estabilidade.

— Você realmente acha que eu posso? — Eleonor perguntou, sentindo uma mistura de insegurança e esperança. As memórias de seu trabalho como babá durante a faculdade surgiram, e, embora não fosse o emprego dos sonhos, ela sabia que tinha experiência.