Dante Bianchi era um homem de presença imponente, um daqueles que comandava um ambiente sem sequer precisar levantar a voz. Seus olhos escuros, quase enigmáticos, pareciam ver através das pessoas, enquanto seu semblante severo e sua postura reta transmitiam uma autoridade nata. Ele era um empresário de sucesso, dono de uma das empresas mais influentes na cidade, e sabia o que queria e como conseguir. Porém, por trás dessa fachada de força e controle, havia algo mais. Um homem que, apesar de sua frieza, tinha uma complexidade em sua alma, uma busca incessante por algo ou alguém que nem ele mesmo conseguia entender.
Sua esposa o deixou, a 5 anos sem dizer nada, sem explicações desde então ele tem criado... Ou tentado criar seus filhos, seus 4 filhos.
Naquela manhã, a preocupação por seu filho o tirava da rotina impassível. A criança, que frequentemente se metia em situações complicadas, estava visivelmente incomodada, e Dante não gostava de vê-lo assim. Ele sabia que precisava de alguém em quem pudesse confiar para cuidar de seu filho, alguém que fosse capaz de lidar com as travessuras e os problemas de uma criança como ele.
O assistente entra na sala com a criança nos braços, que ainda estava um pouco agitada. O homem, sempre formal e direto, se aproxima de Dante.
— Senhor Bianchi, o senhor estava preocupado. O pequeno estava... — ele pausa, ajustando-se para não parecer ansioso — Acalmado por uma mulher. Ela... ela conseguiu fazer com que ele parasse de chorar.
Dante levanta os olhos da pilha de papéis que estava à sua frente, uma expressão leve de interesse surgindo em seu rosto. A menção da mulher parecia ter capturado sua atenção.
— Uma mulher...? — ele pergunta, seu tom grave, mas agora com algo mais sutil em sua voz. — Eu preciso de uma babá. Alguém que consiga lidar com os quatro... filhos.
O assistente hesita um momento, antes de responder:
— Vou procurar alguém imediatamente, senhor.
Antes que a conversa continuasse, a porta se abre e Edward, o melhor amigo de Dante, entra na sala. Ele carrega a carteira que Dante havia perdido na noite anterior, e seus olhos estreitam-se ao ver o amigo mais uma vez em um estado aparentemente diferente de seu habitual.
— Aqui está, Dante. — Edward entrega a carteira, com um sorriso travesso, mas também com um toque de curiosidade sobre a situação.
Dante pega a carteira, seu olhar agora se fixando nela com uma expressão pensativa. Ele começa a examinar o objeto, seus dedos passando pela superfície como se estivessem pensando mais profundamente no que estava acontecendo.
— Onde estava? — Dante pergunta com um tom neutro, mas seu olhar escuro ainda permanecia focado na carteira.
Edward suspira, preparando-se para dar a resposta que sabia que Dante não ficaria feliz em ouvir.
— A jovem da outra noite a encontrou. Ela estava com ela, até que a mandamos embora... Você sabe que você não gosta de visitas inesperadas.
Dante fica em silêncio por um momento, olhando para a carteira como se ela tivesse mais a dizer. Então, um sorriso discreto surge em seu rosto, quase imperceptível, mas suficiente para que Edward notasse.
— Quero saber mais sobre ela. Quero um relatório completo sobre ela! — Dante diz, sua voz firme, mas com uma curiosidade que era rara nele. Ele se vira, olhando pela janela, segurando a carteira como se fosse algo mais do que um simples objeto perdido.
Edward fica parado, um tanto surpreso com a ordem. Ele sabia que Dante não costumava se interessar por detalhes triviais, especialmente sobre alguém que não fazia parte de seu círculo imediato. Esse novo interesse pelo que parecia ser uma simples mulher o deixou desconcertado.
Ele observou o amigo por um tempo, tentando entender o que havia mudado. Dante, o homem que sempre controlou tudo e todos ao seu redor, estava demonstrando uma vulnerabilidade que ele nunca tivera antes, ou pelo menos, não na frente de outros.
— Eu... não entendo, Dante. — Edward finalmente falou, seu tom mais baixo. — Você, que nunca se importa com nada além dos negócios, por que essa mulher?
Dante não o encarou, mantendo-se fixo na janela enquanto segurava a carteira, seu rosto iluminado pela luz suave do ambiente.
— Há algo nela, Edward. — Ele disse com uma suavidade incomum para alguém como ele. — Algo que eu preciso descobrir.
Edward, por sua vez, sentiu um calafrio correr pela espinha. Ele sabia que quando Dante Bianchi começava a se interessar por algo — ou alguém — as coisas nunca mais eram as mesmas.
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Atualizado até capítulo 105
Comments
Maria Aparecida Santos
ele o o cara que estava machucado??
2025-02-28
28
Cleidilene Silva
tá meio difícil de entender,estou confusa, ele estava na empresa, que ela trabalhava,depois ele bêbado e sozinho pelas ruas. um homem importante andando sem segurança,por último ela encontrou ferido.
2025-04-05
3
Rut Arving
Pensei que o homem ia morrer, com o ferimento tão grave no abdômen.Já sarou? que cura milagrosa foi essa?
2025-04-08
1