***Relembrando
“Júlio”
— Bonequinha desiste dessa ideia de ser policial, casa comigo e eu vou te dar a vida que você merece.
— Você quer que eu desista de ser policial porque sabe que sou melhor de tiro que você, não é mesmo Júlio?
— Eu não quero que você se machuque, a vida na academia é difícil, as ruas são violentas, você não vai dar conta.
— Faz um ano que estamos juntos aqui e não achei nada difícil, todos são meus amigos.
— Você viu que você não tem altura para estar aqui?
— Eu me acho competente e ainda vou ser delegada igual a meu pai, já estou no segundo ano de direito, vou ser sua superiora um dia ainda.
— O único lugar em que você vai ficar pior cima de mim é na cama bonequinha.
— Veremos.
Nosso comandante chegou e nos disse que vamos começar a trabalhar na delegacia da mulher na segunda-feira. Julio não gostou porque até então ele tinha todo o controle sobre meus atos, eu nunca tive nada com ele, mas ele tem uma visão diferente.
Faz um ano que estou fazendo o curso na academia de polícia e agora vou começar a trabalhar. Nem Júlio e nem ninguém vão tirar minha alegria.
Contei para meus pais, e meu pai ficou muito sério.
— O que foi, pai? O senhor parece não ter gostado que eu vou começar a trabalhar!
— Filha, não é isso, correm alguns boatos sobre o delegado da delegacia da mulher que me deixou preocupado.
— Pai, o senhor nunca acreditou em boatos.
— Quero que você fique longe dele, me entendeu? E não abaixe a guarda, fique sempre atenta.
— Vou só fazer meu trabalho e nada mais, e Júlio vai estar comigo.
— Eu não gosto do seu amigo, mas acho que a obsessão dele por você vai te servir de escudo contra o delegado.
E assim foi durante um ano, eu trabalhei sem problemas, eu via os olhares lascivos dele para mim, mas nunca passou disso.
Via as meninas comentando que ele era nojento, mas comigo nunca havia acontecido nada, mas Júlio me sufocava e eu não conseguia fazer amizades com ninguém, todos tinham medo dele e eu resolvi esclarecer a situação, contei para todos que Júlio é só um amigo.
Depois desse dia, o delegado passou a me tratar diferente, me chamando para as batidas com ele e me ajudando a treinar. Eu o tinha como um pai, as idades dele e do meu pai eram quase as mesmas, abaixei a guarda. As meninas tentaram me avisar, mas eu não acreditei, ele sempre me tratou muito bem.
Um dia, eu ia saindo para ir embora, ele me chamou para ir ao estande de tiros com ele, eu deveria ter dito não, já era tarde, mas achei sermos amigos e aceitei.
Naquele horário, o estande estava quase vazio, mas era chegar treinar uma meia hora e ir embora.
Entramos e eu não percebi em que momento ele fechou a porta, só me dei conta do que acontecia quando ele me agarrou por trás, já apalpando meus seios.
— Você é uma gostosura, sabe quantas noites sonhei em te ter na minha cama?
— Por favor, pare, o senhor está sendo inconveniente.
— Você ficou me paquerando todos esses meses e agora quer que eu pare? Não vou e você fica boazinha e faz tudo direitinho, senão vai limpar o chão da delegacia o resto do ano.
Tentei sair do abraço dele, mas não conseguia, ele prendeu meus braços para trás, me virou de frente, começou a me beijar.
Continuava apalpando meus seios. Não desisti de lutar, tentei morder a boca dele, mas não deu certo.
— Você tentou me morder, bonequinha? Vou te mostrar o que é morder.
Me mordeu o lábio e comecei a sentir o sangue em minha boca.
— Fica boazinha que não te machuco, faz gracinha e vai se arrepender.
— Por favor, me deixe ir.
— Não sei por que você está desse jeito, já vi Júlio pelado e ele é bem maior que eu, você não vai nem sentir minha minhoquinha.
— Eu não tinha nada com Júlio, por favor me deixe ir.
— Vai querer que eu acredite que você nunca fez nada? Essa não vai colar.
Levou a mão, abriu minha calça, eu me debati feito uma louca, mas ele era bem maior, e eu não consegui me soltar.
Me virou em cima do balcão de tiro e enfiou os dedos em mim, comecei a chorar, mas nada o fazia parar.
— Se você chorou só com meus dedos, imagina a hora em que eu enfiar meu menino em você. Fica tranquila, vou te preparar para me receber.
Começou a me morder no pescoço e a enfiar os dedos em mim, como se fosse possível eu sentir alguma coisa que não fosse repulsa.
Soltou minha mão, acho que para se ajeitar, eu vi a arma e, sem pensar muito, peguei e dei um tiro. Senti ele amolecendo e caindo ainda grudado em mim, caí com ele no chão e fiquei ali tentando entender o que eu havia feito.
Consegui me recompor e vi ele no chão. O tiro pegou no rosto dele, a bala raspou na bochecha, rasgando a orelha dele ao meio, mas não estava morto.
Peguei meu celular e liguei para meu pai, contei o que se passou e logo ele chegou. Me afastou de tudo, chamou o resgate e me levou para outro hospital, onde fui examinada e medicada.
Sangrei por três dias e foi assim que perdi minha virgindade ou achei que tinha perdido.
Meu pai conseguiu que o caso não aparecesse em minha ficha e fez o delegado se afastar da polícia definitivamente e me inocentar de qualquer culpa.
Mas sempre me senti culpada, eu poderia ter matado meu superior aquele dia, meu pai vive me dizendo que teria sido em autodefesa, mas como eu explicaria que fui com ele naquele lugar de livre e espontânea vontade?
Os únicos que sabem do meu segredo são Marcos, o qual foi o investigador que meu pai chamou, e Júlio, que foi me visitar e eu acabei cometendo o erro de contar para ele.
Nunca mais consegui deixar homem nenhum se aproximar de mim, agora estava me abrindo porque Guilherme parecia diferente, mas o sangue na minha boca me mostrou serem todos iguais.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Simone Silva
parabéns autora pelo seu livro ❤️ por favor colocar mais capítulos quando você puder ❤️ ❤️ ❤️ ❤️
2025-02-21
2
Maria Silva
não entendi ele chegou a penetrar nela ou foi só os dedos e como ela ficou sangrando três dias seguidos??
2025-04-14
1
Selma Bezerra da Silva
as mulheres sempre são vítimas e eles falam que somos culpada são uns escritos machista
2025-03-31
1