ela não me quer assim

Ela se inclina para mim, as marcas das minhas mãos ainda visíveis em seu corpo, e isso me arranca uma risada cheia de malícia. Passo a mão por seus seios, que estão em pé, e ela, com a voz embargada e os olhos cheios de desejo, diz:

— Não vou te dar o que você quer; quero que você se esforce, sei que não vai me dominar.

Eu solto uma risadinha abafada por causa da maldita máscara. Então, rasgo o vestido dela, e ela dá um pulinho, movendo as pernas nervosamente, o que só aumenta meu desejo de fazê-la sofrer. Coloco um pano sobre os olhos dela.

— Vou te vendar, e você só poderá sentir; nada de ver o que vou fazer, filhote. Se tirar a venda, vou ser seu carrasco.

Ela tá quente nas minhas mãos, fazendo de conta que não tá gostando, mas os olhos dela traem toda a luxúria que tá sentindo. Eu tiro a máscara, jogando-a no chão, e ela se arrepia. Passo a língua onde antes tinha minha mão, deixando marcas na pele dela. Ela solta gemidos baixos, quase sufocados, tentando não se entregar ao prazer que tá sentindo. Eu agarro as pernas dela, afastando-as, deixando-a bem exposta pra mim. E ainda tô com os piercings que usei com ela; eles são afiados, mas dessa vez não vou usar só minha boca. Vou mostrar pra ela que brincar com o limite é algo que pode ser bem mais intenso do que ela imagina.

Eu pego a faca que ainda está com a proteção para não me machucar e coloco na entrada dela, inserindo o cabo lentamente. Ela emite gemidos deliciosos e baixos, e eu me inclino perto do ouvido dela, dizendo:

— Deixa eu ouvir seus gemidos, libera a parte puta que sei que existe em você.

Quando ela tenta dizer algo, introduzo o cabo da faca dentro dela e começo a movê-lo devagar, segurando-a contra a parede. Ela se arqueia para mim, provocando risadas minhas, enquanto murmura entre os gemidos:

— Não sou tão ousada assim... ahh... para...

Eu mordisco o pescoço dela, enquanto meus piercings se movem sobre sua pele. Ela se contorce ainda mais contra mim, e sigo acelerando meu movimento. O cabo da lâmina penetra, sugando seu corpo e fazendo-a se entregar, enquanto posso notar seus olhos se revirando. Ouço os gemidos dela, que são uma mistura de dor e prazer, chegando quase ao clímax. Continuo a me mover rapidamente, indo até onde consigo com o cabo da lâmina, até que a retiro completamente de dentro dela. Ela protesta com um choramingo pelo que estou fazendo, e eu não consigo conter uma risada maliciosa.

Eu a puxo virando ela mim,para mais perto, segurando suas pernas, a mantendo suspensa no meu corpo. Então, a beijo com um desejo intenso e selvagem; a devoro. Ela se entrega ao meu toque, à minha fome insaciável por ela. Quero a fazer minha, completamente. Abro minha calça e a penetro, fazendo-a estremecer contra meu peito. Ela para de me beijar, encosta a cabeça em meu peito, a venda ainda no rosto. Deixando que eu vá fundo, fazendo-a sentir cada parte de mim. Ela se aperta mais em mim enquanto acelero, roubando os lábios carnudos dela, e os suspiros e gemidos dela ecoam contra minha boca. É uma dança quente entre nossas línguas. Sinto o clímax dela e o meu se entrelaçando, até que paramos de nos beijar, ofegantes, com a respiração quente. Nossas essências escorrem, manchando minha calça. Com cuidado, a solto no chão; suas pernas estão fraquinhas e logo ela se senta, adormecendo pelo esforço. Retiro a venda dos olhos dela e a pego em meus braços, levando-a para o andar dela. Ao entrar, a levo para o banheiro, tiro o resto das roupas e ligo o chuveiro, a lavando. Após o banho, seco ela e a coloco na cama, deixando-a confortável. Dou um beijo suave e passo a mão em seus cabelos cacheados. Sento na ponta da cama, olhando um pouco para a bagunça que fiz nas minhas roupas e no corpo dela, vendo as marcas que deixei. A forma como a deixei me faz querer ficar, mas não posso. Não quero, e seria mais fácil se ela não me tivesse assim.

Depois que deixei ela no apartamento, voltei pro meu ap, tomei um banho e fui pro meu quarto. Me deitei e comecei a pensar na porra do meu passado. Não quero reviver aquele inferno, não quero lembrar que já fui uma pessoa normal. Posso ter uma obsessão, mas nunca vou me apaixonar, nunca vou entregar meu coração, porque, no fundo, eu nem tenho um. Ninguém deveria ter sentimentos por alguém que já nasceu quebrado e que não quer mudar. Já tenho problemas demais, não posso lidar com mais um. Mas eu quero ela. Tô envenenando ela com meu jeito de ser e ela nem percebe que sou eu. Eu sou o Ravi, mas não sou o Ravi. O Ravi não é o Máscara Branca, e sempre vai ser assim, essa é a minha proteção, meu jeito de viver. Me viro na cama e olho pela janela. Logo meu celular toca, e quando vejo, é minha filhote. Ela manda uma mensagem que faz meu coração acelerar:

— Você é alguém que talvez eu conheça, mas não quero acreditar que é. Tô cansada e meu corpo tá doendo. Me mostra seu rosto.

Eu deixo meu celular de lado e não respondo a mensagem, só fico encarando. Ela já estava desconfiada, e eu sei que errei ao me expor. Queria mais tempo para me divertir, para aproveitar com ela, para tê-la como minha parceira, minha rainha. É complicado para minha mente confusa, porque não quero arrastá-la para o meu mundo caótico. Eu a quero, mas não sei se sou capaz de mantê-la ao meu lado. Levanto da cama, procuro meu segundo celular e não encontro. Então me lembro que dei meu casaco de couro a ela, e meu celular estava lá. O meu segundo, o de trabalho, que é crucial para eu manter minha identidade sob controle.

Continua...ʘ⁠‿⁠ʘ

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