eu tenho certeza que vi alguém

Mais um dia e ela acordou com uma leve dor de cabeça, resultado da festa que rolou com as amigas na noite anterior. O intuito era se divertir e espairecer, mas o turno no restaurante havia sido cansativo e seu corpo estava pedindo socorro. O cansaço era evidente, mas não tinha jeito: precisava sair da cama e se arrumar, já que tinha que ir ao mercado garantir as compras básicas. Com um pouco de dificuldade, ela se levanta, sonolenta, e se arrasta até o banheiro. Ao se olhar no espelho, percebe que seu rosto está inchado e a roupa que usa é um pijama bem curto. Depois de escovar os dentes, pega o celular no criado-mudo e confere as mensagens do grupo das amigas. Todas estavam comentando sobre a quantidade de pessoas que pegaram na festa. Uma delas a marca e manda:

— Melissa não pegou ninguém, parece que tá se contendo, nem namorado ela tem!

— Amiga, é verdade! Tem que se soltar, mulher, tá numa seca!

Vanessa ri das mensagens e responde rapidamente:

— Para de encher, eu tava me segurando pra ir trabalhar depois!

Melissa abre o guarda-roupas e dá de cara com a maior bagunça, mas, sinceramente, sua cabeça não estava pra arrumar nada. O que ela queria mesmo era sair logo pro mercado. Para não desistir da ideia, escolheu uma bermuda leve e uma camiseta preta. Pensou: "Vou dar um pulo no mercado rapidinho, então não tem problema ir assim desarrumada." Prendeu o cabelo num coque, pegou as chaves do apê e saiu em direção ao mercado. Ao começar a descer as escadas do prédio, viu que o elevador estava fora de serviço — péssimo, já que ela morava no quinto andar. Isso ia cansá-la, mas desistir da ida ao mercado estava fora de cogitação. Afinal, já tinha encarado um lance de escadas, então não tinha como recuar agora!

Ela terminou de descer as escadas e avistou um dos vizinhos levando o lixo. Ele usava um traje leve, e seus olhos castanhos escuros denunciavam o cansaço. Assim que ele passou, a sensação de estar sendo observada voltou a assombrá-la; alguém parecia vigiar cada movimento seu. Ela olhou para os lados, na esperança de descobrir quem estava de olho nela, mas não viu nada. A única coisa que sentia era a presença de olhares queimando sua pele. Isso deveria ser aterrorizante, mas, em vez disso, misturava medo e curiosidade: quem estaria tão interessado na vida de uma simples trabalhadora que, de segunda a domingo, se esforçava para manter sua rotina? Assim, acelerou o passo em direção aos portões do condomínio, lançando olhares furtivos ao redor.

O coração dela começa a acelerar enquanto conversa com o segurança do portão para sair do condomínio. Ela tenta ignorar a sensação de estar sendo observada enquanto caminha pela rua, que ainda está iluminada pelo sol forte da manhã, eram apenas 8 horas da manhã. Estranho se sentir vigiada durante o dia, mas não havia ninguém à vista. Com a mão no peito, tenta controlar a ansiedade que vem com aquela voz interior, quase gritando que, se alguém está a observando, é porque quer algo dela, e talvez de uma forma intensa, fazendo-a implorar de todas as maneiras possíveis. Ela balança a cabeça, tentando afastar essa voz que a leva a pensamentos lascivos e errados. Ao chegar no mercado, ela se depara com o motoboy que viu na noite anterior. Ele tinha uma altura mediana, e suas tatuagens no braço direito eram visíveis, além daquela caveira no pescoço que chamava a atenção. Ela não consegue evitar de olhar para ele, admirando o corpo dele, que estava irresistível com uma calça jeans preta, cheia de rasgos, e uma corrente pendurada, complementado por uma regata branca e uma jaqueta cinza leve. A imaginação corre solta, pensando no quão intenso ele poderia ser, como suas mãos poderiam fazer ela gritar, deixando-a completamente vulnerável. Um sorriso surge em seu rosto enquanto ela reflete: "Meu Deus, estou pensando isso no meio do mercado? Que loucura!"

O motoboy nota que ela está rindo sozinha e fecha os olhos, achando curioso aquele riso solitário, como se alguém tivesse provocado aquela alegria. Ele se afasta da moto e se aproxima da linda morena, falando com uma voz grave e suave:

— O que faz essa morena rir? Quero rir também!

Ela se surpreende um pouco, pois estava imersa em seus pensamentos, lutando contra o impulso de dizer a ele que a jogasse contra a parede, que a fizesse implorar para que parasse de comer ela. Então, com um sorriso leve e amigável, responde:

— É só uma piada interna, estava rindo de nada demais.

Ele solta uma risada que soa quase sedutora, e ela já se imagina ali mesmo, rendida a ele. Aquela risada só a fazia querer mais. Então, ele fala com um tom sério, mas tranquilo:

— Eu te trouxe um lanche uma noite, lembra?

Ela sorri como se estivesse tentando disfarçar o desejo de se ajoelhar diante dele e chorar, enquanto uma voz interna a adverte: "Pare, Melissa, se comporte, seja a boa menina de sempre."

— Sim, eu estava de folga e limpei minha casa, e por estar com preguiça, acabei pedindo um lanche.

Ele joga os cabelos para trás, revelando mais de seu rosto, e diz com um tom sedutor:

— Fui um pouco grosso porque estava lidando com algumas coisas complicadas.

Ela ri e, para não deixá-lo constrangido, o olha com um olhar inocente:

— Ah, que nada! Todos nós temos nossos dias difíceis, então não precisa se desculpar.

Ela queria que ele tomasse a iniciativa de convidá-la para sair e ir até sua casa. Com um sorriso provocante no rosto, ele disse:

— Que tal sairmos um dia desses? Assim a gente se conhece melhor e eu posso me desculpar pela forma rude que fui.

Ela riu, enquanto uma voz na sua cabeça exclamava: “Cai nessa, no rostinho inocente!” A risada interna parecia se divertir com a situação. Então, fazendo o papel da mulher adorável e ingênua, respondeu com um sorriso leve:

— Claro, adoraria fazer isso e te conhecer melhor para que possamos ser amigos!

Os dois se despedem, e ela vai ao mercado comprar algumas coisas que precisava. Logo, retorna para casa, ansiosa para comer algo e se preparar para o trabalho. Assim que deixa as sacolas na mesa da cozinha, seu olhar se depara com uma carta preta em cima da mesa, com letras vermelhas escritas de forma brutal:

“Não ia me mostrar agora, minha filhote, mas você resolveu brincar com fogo.”

Um arrepio percorre sua espinha ao perceber que estava sendo vigiada. Aquele estranho entrou em sua casa enquanto ela não estava e deixou aquilo lá. Sua mente ficou paralisada, encarando a carta com espanto. O medo a fazia tremer, mas ao mesmo tempo despertava uma vontade de descobrir quem era aquele maluco que estava querendo brincar com ela e por que tinha escolhido justamente ela.

Continua...(⁠ʘ⁠ᴗ⁠ʘ⁠✿⁠)

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Comments

❤️🔥autora_Fêêniix🔞🔥

❤️🔥autora_Fêêniix🔞🔥

agora o parquinho vai incêndiaaaaaaaaaaaaaa Uhuhuhuhuhu

2025-02-01

1

❤️🔥autora_Fêêniix🔞🔥

❤️🔥autora_Fêêniix🔞🔥

eita eita kkkkkk

2025-02-01

1

Kelyane Maria

Kelyane Maria

autora anda logo faz um episódio quente que eu tô esperandoooo

2025-01-13

2

Ver todos

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