QUERIA MUITO

Eu a deixei ali até que ela se reerguesse, jogada no chão do condomínio, ela estava irresistível. Eu queria punir, mas a punição também era pra mim. Eu estava duro como pedra por causa dela, seus gemidos e suas reboladas na minha cara eram uma verdadeira viagem. Não queria apenas fazê-la atingir o clímax; queria que ela desmaiasse de tanto prazer. Sabia das minhas habilidades, e meus dedos carregavam o cheiro e o gosto dela — isso estava me deixando maluco. Precisava voltar logo para o meu apartamento, tomar um banho gelado pra relaxar e parar de pensar em como seria a expressão dela ao sentir meu pau dentro dela. Ao chegar no meu andar, corro pra casa e, ao abrir a porta, sou surpreendido pelo Felipe lá dentro. Merecia isso? Então pergunto:

— O que você tá fazendo aqui? E como entrou?

Felipe estava na cozinha, pegou uma das minhas cervejas e, rindo, diz:

— Eu precisava conversar com você e tenho uma cópia da sua chave.

Fico sem acreditar, balançando a cabeça enquanto me aproximo dele, e falo:

— Como assim você tem a cópia da minha chave?

Ele ri, dá de ombros e vai até a sala, voltando a falar:

— Bom, ninguém me atendeu e eu estava com os pés doendo, corri demais!

Eu sei que ele é mais do que apenas um dos melhores hackers da cidade; ele também se diverte de maneiras insanas com suas vítimas. Às vezes, acho que ele pode ser até mais maluco do que eu em certos pontos. Então, eu reviro os olhos e digo:

— Pode me explicar o que é essa história da cópia da minha chave? E outra, o que tem de tão importante para você vir até aqui?

Felipe se joga no meu sofá, e eu rosno para ele, porque não gostei. Sou do tipo que adora tudo organizado e em seu lugar. Então, ele olha para minhas calças e fica encarando por um tempo, soltando uma risada que parece mais com o som de uma hiena, e diz, levando a garrafa até a boca:

— Alguém não se divertiu essa noite, né? O que foi? Ficar de vigia não tá funcionando mais?

Levanto uma sobrancelha e falo, sem paciência, já que ele parece estar em casa:

— Eu me diverti com ela, mas não fui muito longe. Tive que dar uma lição. Agora me explica como você tem uma cópia da minha chave. Se não, você vai aprender a voar.

Ele coloca a mão na boca como se estivesse debochando e, com seus olhos escuros, diz:

— Sei lá, eu só tenho as chaves. Talvez tenha sido naquela briga com o Dom. Eu acabei fazendo a cópia sem querer.

Eu me dirijo até a geladeira e pego uma cerveja para mim. Caminho até a sala, me acomodo no sofá e digo:

— Como assim? Quer saber, deixa pra lá, só quero saber do que você tem pra falar.

Felipe solta um sorriso travesso, passando a língua nos lábios. Eu já entendia o porquê das mulheres se atraírem por ele; suas várias tatuagens eram um destaque, especialmente a do pescoço, que realçava aquele ar de bad boy que ele tinha. Uma pena que ele se interessasse mais por homens do que por mulheres, mas tudo bem. Após terminar de beber toda a cerveja da garrafa, ele começa a falar:

— O sádico lá quer que você vá atrás de uma nova presa. Ele tá doido pra brincar com carne nova, se é que você me entende.

Eu me coloco sério, bato a garrafa na mesa e olho fixamente para ele, já sem paciência.

— Já disse, não machuco mulheres nem crianças; ele que arrume outra pessoa.

Fellipe se recosta no sofá, coloca os pés na mesa de centro como se estivesse em casa, todo atrevido, e diz:

— Bom, ele quer você, e eu não posso dizer não ao nosso melhor pagador.

Levanto e tiro os pés de Felipe da mesa com um empurrão, falando sério e com raiva:

— Não vou pegar uma criança; sou uma pessoa ruim, não cruel. Eu respeito os vulneráveis. E outra, se ele quer tanto, me obriga, porque sei como fazer uma pessoa desaparecer.

Felipe passa a mão no cabelo, seus olhos escuros brilhando com raiva, e responde:

— Eu cuido disso, mas se ele vier para cima de você, não vou me meter.

Cruzo os braços sobre o peito, olho para Felipe com um olhar ameaçador e digo:

— Sai da minha casa, Felipe, agora. Já estragou minha noite o suficiente, e não estou pedindo.

Felipe se levanta, coloca a mão no meu ombro, dá uma piscadinha e, com meus olhos já um pouco mais tranquilos, eu sorrio de canto. Ele sai da minha casa, e eu me jogo no sofá, colocando o braço sobre o rosto e soltando um suspiro. Posso fazer várias coisas ruins, como assassinar, torturar ou seguir alguém, mas nunca machuco crianças e mulheres, pois esses são meus princípios, uma promessa que fiz a mim mesmo. E eu vou manter minha honra, não vou quebrá-la. Então, sinto meu celular vibrar. Não olho de imediato, só quando vibra mais duas vezes. Aí, me surpreendo e pego o celular. Vejo que é a minha filhote. Pelo jeito, ela esta brava, e isso me arranca uma risada.

— Você é maluco, um covarde, não terminou o que começou.

— Sem noção, você é muito idiota.

— Responde, canalha!

Ela me xinga em mais três mensagens, e eu estou rindo até receber uma nova, que leio com um olhar cheio de malícia.

...— Eu ainda posso me tocar e fazer tudo por mim....

^^^Dou uma risada rouca e escrevo de volta:^^^

^^^— Pelo visto, irritar a minha filhote funcionou, mas nada de se tocar! Se fizer isso, vou te punir de novo, e talvez na próxima vez seja mais cruel e delicioso.^^^

Ela escreve e para várias vezes, enquanto eu brinco com a língua nos meus piercings. Logo, vejo a mensagem piscando na tela do celular.

— Vai me perseguir de novo?

Ou vai invadir minha casa?

^^^Eu cravo os dentes nos lábios e respondo:^^^

^^^— Já pensei em ir aí, mas até agora não tive coragem de usar a chave para entrar.^^^

Eu julguei o Felipe por ter uma cópia da minha chave, mas acabei aprendendo a ser igual a ele, já que foi ele quem me ensinou tudo. Agora, faço os mesmos truques. Então, me levanto e vou até meu quarto, e ela ainda está na sala, com os cabelos bagunçados e a bermuda que eu rasguei. Foi uma delícia, pois senti ela dar um pulinho de medo. Queria ter entrado na sua boceta naquele momento, mas me controlei. Percebo a camisa branca dela, toda marcada, e deve estar com o cheiro dos fluidos dela e seu suor. Na próxima vez, vou fazer ainda pior, mas dessa vou até o final, mais de uma vez, até onde o corpo aguentar. Olho meu celular e vejo uma mensagem que me faz rir alto:

— Olha, de onde você estiver, vou te mostrar o quanto tenho medo de você.

Pego o binóculo da sniper e consigo vê-la parada na frente da janela, mostrando o dedo do meio pra mim. Isso me deixa duro na hora, maldita, ela tem esse poder sobre mim, e vai pagar por deixar tudo tão intenso. Já é madrugada quando mando uma mensagem pra ela:

^^^— Filhote, você começou algo que não vai saber lidar. Na próxima vez, vou te fazer chorar de prazer, indo bem fundo bem fundo na sua boceta.^^^

Continua...(⁠θ⁠‿⁠θ⁠)

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