ELE QUER BRINCAR ISSO ME DA....

Corri para o meu quarto, misturando medo e curiosidade. Não consegui responder a mensagem do desconhecido; a apreensão me dominava, e uma pontada de receio me acompanhava. Ele disse que não era tão louco, mas, vamos ser sinceros, não é comum alguém usar uma sniper, e muito menos ter uma dessa magnitude. Por que ele estava me observando com uma arma? Será que ele realmente seria louco a esse ponto?

Me joguei sobre os lençóis ainda úmidos do banho gelado, sem roupa, pensando nas possibilidades do que ele poderia fazer, considerando que ele se autodenominou "um pouco louco". E aquele apelido ridículo? Ele fala como se eu fosse uma aprendiz dele, o que me deixa profundamente irritada. Peguei meu celular que estava na escrivaninha ao lado da cama e olhei para aquela mensagem novamente. Como ele conseguiu meu número? Por que eu, exatamente eu? Ele definitivamente não parece normal, parece mais uma questão psicológica.

Com um esforço, tomei coragem para responder e, curiosa e hesitante, comecei a pensar no que perguntar. Escrevi algumas palavras e fiquei encarando a tela do celular. Depois de vários minutos de reflexão, finalmente enviei a mensagem, ansiosa para saber como ele reagiria. Só perguntei quem ele era, e ele respondeu automaticamente.

Minha filhote é cheia de curiosidade, mas por enquanto vou manter o mistério sobre minha identidade, porque estou aqui para me divertir e adoro coisas peculiares!

Sinto meu coração acelerar só de imaginar o que esses gostos estranhos podem significar. Será que ele é tão obsessivo a ponto de me machucar ou tão maluco que consegue entrar aqui sem eu perceber? Então, decido mandar outra mensagem para ele.

— Você tá maluco? Para de brincar comigo! E quem é o doido que tem uma sniper em casa?

Ele demora para responder e meu medo de ter pisado na bola cresce. Meu peito aperta, porque definitivamente eu não deveria cutucar um tigre com vara curta, mas logo ele responde.

—Ah, minha filhote, eu tenho mais do que uma sniper, mas adoro brincar antes de caçar, e você vai ser uma caça saborosa.

Meu coração dá um tropeço ao perceber que ele quer me caçar. Como assim, me caçar? Jogo meu celular na escrivaninha, rápido, com medo do que ele pode fazer. E se ele me machucar? E se for alguém que eu conheço? Por que ele tá escondendo a identidade? Quero descobrir quem é esse cara doido que tá me seguindo, que me observa pela janela como se eu fosse sua obra-prima. Isso me irrita, mas ele não pode me ver sempre. Ele não tem controle sobre mim. Me ajeito nos lençóis da cama, abraço um travesseiro enquanto o outro fica debaixo da cabeça e logo caio no sono, tava cansada, tudo me esgotou, toda a tensão tinha me marcado.

No dia seguinte, acordo com o despertador do celular tocando e lembro das minhas obrigações em casa. Isso é chato, mas preciso fazer. Então, como sempre, pego minhas roupas e um uniforme pra lavar e coloco na máquina. Ainda tá martelando na minha cabeça que ele pode estar me observando, e que ele pode ver que estou uma bagunça, com uma bermuda um pouco curta e uma camisa do The Strokes. Começo a passar pano pela casa, escutando minha música, tentando relaxar um pouco até que uma ansiedade me atinge. Pode ser ele. Então pego meu celular e vejo que é só um motoboy bonito que queria sair.

Eu não consigo conter o sorriso quando vejo a mensagem dele. Ele é um moreno charmoso, tatuado e bem alto, e eu tô super a fim de conhecer ele melhor. Ou talvez eu só esteja cansada de ficar sozinha e queira apenas passar uma noite com ele. O que realmente me deixa agoniada é essa falta de alguém que satisfaz os meus desejos, só os mais simples, porque os mais insanos eu prefiro guardar só pra mim.

Estou finalizando minhas tarefas em casa e, em breve, vou correr para o banho para ficar cheirosa. Hoje, eu ia sair com o motoboy, mas acabei esquecendo de perguntar o nome dele. Tô curiosa pra saber como ele se chama, e quem sabe hoje ele me conta. Fico pensando que é interessante ele ser meu entregador todas as noites, quando peço meus lanches. Às vezes, imagino que ele poderia ser um vigilante, um stalker charmoso. Na verdade, acho que eu adoraria ser a caça dele, já que meu stalker de verdade não apareceu ainda, mas me deixou bem assustada, tipo um maluco. Mas tudo bem, só preciso me arrumar pra sair e ficar maravilhosa. Não quero nada sério com ele, só uma noite incrível e conhecer o homem bonito por trás do uniforme de motoboy.

Coloco um vestido preto que abraça minhas curvas e destaca minha beleza; se pudesse, me devoraria! Faço uma maquiagem elegante, com uma sombra bronze, um delineador para realçar o olhar e um lápis de olho, além de um batom vermelho para garantir que todos me notem. Meus saltos prateados e bijuterias dão o toque final, e deixo meus cabelos soltos, prontos para brilhar. Antes de sair, dou uma olhadinha em cada canto da casa, verificando as janelas para ter certeza de que estão trancadas. Dou umas duas espiadas e, assim que cruzo a porta, confiro se a tranquei umas quatro vezes, só pra garantir que nenhum doido esteja por aí. Então, ajeito meu vestido, deixo uma mensagem no grupo das minhas amigas, que, com certeza, vão me lembrar de me divertir muito essa noite e de dar um ótimo chá no gatinho. Mas tudo bem, elas são meio doidas e já estou acostumada com isso!

Assim que ele chegou na frente do meu condomínio, desembarcou da moto e, de novo, me vi babando por esse homem. Ele tá simplesmente perfeito, com uma regata branca que realça seu corpo. Não é dos mais musculosos, mas é um moreno de deixar qualquer um sem fôlego. Os cabelos soltos caem sobre a testa e a boca, levemente carnuda, é de tirar o chapéu. Ele tá usando uma jaqueta de couro preta, combinando com as calças escuras, e o que mais me chama atenção é a tatuagem de uma caveira no pescoço. Não quero ser invasiva, mas é incrível que ele tenha chegado junto comigo. Pode ser só sorte, mas aí ele tira o capacete e fala num tom divertido:

— Nossa, assim você vai roubar o ar de todo mundo, tá uma delícia!

Eu dou risada, jogo o cabelo pra trás da orelha e respondo no mesmo clima brincalhão:

— Eu gosto de me destacar, senão não tem graça sair, não é?

Ele ri e me passa um capacete. Antes de colocar o dele, fala com um sorriso travesso e a sobrancelha levantada:

— Assim eu fico até com ciúmes de ter uma mulher dessas na minha moto. Ah, e se segura na minha cintura pra não cair!

Atendendo ao pedido, passo os braços ao redor dele, me aproximando, enquanto ele coloca o capacete e liga a moto. Eu aperto mais forte, conseguindo sentir um pouco dos gominhos da barriga dele pela regata. Meu Deus, são incríveis!

A gente chega num pub que tá bem animado, cheio de gente trocando ideia, e parece que tá rolando uma ótima música ao vivo, com um cover de Pearl Jam, uma das minhas músicas preferidas, "Last Kiss". A pessoa que tá cantando tem uma voz incrível. Assim que entramos, o ambiente tem um ar bem anos 90, bem legal, trazendo uma vibe leve pro lugar. Vejo ele cumprimentando algumas pessoas que riem junto com ele, depois ele volta pra mim e, com aquele jeito brincalhão, diz:

— Vim aqui pra me divertir! Sou do estilo mais descontraído, gosto de relaxar, então esse lugar é perfeito pra mim. Se não curtir, a gente parte pra outro.

Eu balançando a cabeça, tentando manter a boa energia da noite, respondo:

— Claro, tá ótimo! Eu adoro música ao vivo e amei a escolha. Não era algo que esperava pra hoje, mas tá sensacional.

Ele pega minha mão e me guia até uma mesa. Logo, pede pro garçom trazer dois copos de chopp e volta a falar, sempre com seu jeito despojado e divertido:

— Ah, já que você não me perguntou meu nome, eu mesmo vou falar: sou Felipe. Nunca saí com alguém que não perguntou meu nome logo de cara, mas tudo bem.

Ele se ajeita no banco, com as pernas um pouco abertas, e eu dou uma risada, respondendo:

— Acho que esqueci de perguntar! Eu me chamo Melissa, mas pode me chamar de Lisa, muita gente chama assim.

Ele me lança uma piscadela e, com um tom meio malicioso, mas ainda brincalhão, fala:

— Um nome lindo pra uma mulher maravilhosa!

Meu celular vibra e eu imagino que sejam minhas amigas me mandando mensagens. Ao pegar o aparelho, porém, me deparo com um texto do número desconhecido, e meu coração quase para. Tenho certeza de que fiquei pálida.

— Olha, gostei do lugar onde você foi, mas se esse cara ousar tocar em você, minha filhote, você vai ganhar um belo presente no dia seguinte. Então, não deixe ele pôr a mão no que é meu.

Olho para o Felipe, tentando não deixar transparecer que um maluco me ameaçou, e logo voltamos a conversar e rir sobre as coisas do trabalho. Ele é motoboy e eu sou atendente de um restaurante, então ele começa a contar, rindo, que várias mulheres ficam em cima dele, e até homens às vezes também. Eu aproveito para comentar como meu uniforme é ridículo, com essas cores brancas e vermelhas.

A noite avança e a gente compartilha histórias do trabalho, ouvindo uma boa música ao vivo. Sinto suas mãos em minha coxa, depois de alguns copos de chopp, e seus olhares ficam mais intensos, mostrando que ele quer algo mais. Mas, ao mesmo tempo, não consigo esquecer a ameaça do meu stalker. Ele não seria louco a ponto de machucar uma pessoa inocente, certo? E se ele for, tudo que eu quero é sair da seca, e ele não vai me impedir. Então, decido me entregar a um moreno bem gostoso.

Continua...(⁠◕⁠ᴗ⁠◕⁠✿⁠)

Ajuda a autora aqui bora comentar e curtir pós tô fazendo de coração 💓

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Comments

Lyllie J.

Lyllie J.

misericórdia 🥵

2025-03-26

1

Roberto Cristovão

Roberto Cristovão

gente me

2025-02-25

1

Kelyane Maria

Kelyane Maria

autora para não continuaaaa eu quero as cenas quentes porfavor

2025-02-02

2

Ver todos

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