Capítulo 16

À medida que os meses passavam, a barriga de Carla crescia, assim como a expectativa e a alegria na casa. Wendy estava feliz por ser a futura irmã mais velha e ajudava em tudo o que podia. Ela estava determinada a ser a melhor ajudante que poderia ser.

-- Posso ajudar a escolher o berço, mamãe? E as roupinhas? E os brinquedos? Wendy perguntou em um tom entusiasmado, acompanhando a mãe durante as compras.

-- Claro, meu amor! Vamos fazer isso juntas, Carla respondeu, sentindo-se grata por ter uma filha tão amável e carinhosa. -- Você pode escolher a cor do berço, as roupinhas do bebê, vou tirar da minha loja.

Wendy ficou radiante com a ideia.

Carla já havia feito uma ultrassom e ela estava grávida de um menino.

-- Eu quero um berço azul, porque azul é a cor do céu e do mar, e eu acho que o bebê vai adorar!

-- Um berço azul é uma ótima ideia! Carla disse, sorrindo.

-- E podemos adicionar alguns detalhes coloridos para deixá-lo bem bonito!

A cada dia, a conexão entre Carla, Daniel e Wendy se tornava mais forte. Eles se reuniam para discutir nomes para o bebê, debatiam sobre quais músicas seriam adequadas para embalar o pequeno e até planejavam como seria a primeira visita ao hospital.

Certa noite, enquanto a família estava reunida na sala assistindo a um filme, Carla teve uma súbita contração. Ela olhou para Daniel, que estava ao seu lado, e percebeu que a expressão dele mudara rapidamente de relaxamento para preocupação.

-- Amor, você está bem? ele perguntou, segurando a mão dela com firmeza.

-- Estou… só um pouco cansada, Carla respondeu, tentando esconder a ansiedade. Mas, logo, uma nova contração a pegou de surpresa. -- Na verdade, acho que é hora de irmos ao hospital.

Wendy percebendo a mudança no clima, virou-se para os pais. -- O que está acontecendo? O bebê está chegando?

-- Sim, meu amor. Vamos ao hospital, e o bebê pode chegar a qualquer momento, disse Daniel, tentando manter a calma.

Eles subiram ao quarto para pegar as bolsas do bebê e de Carla para levar ao hospital.

-- Posso ir com vocês? Wendy perguntou, com um olhar de expectativa e um pouco de medo.

-- Claro, vamos fazer isso juntos, Carla disse, enquanto Daniel ajudava a colocar a filha no carro. -- Você vai ser uma parte importante desse momento!

O caminho até o hospital foi uma mistura de tensão e excitação. Carla se concentrou em respirar profundamente, enquanto Daniel a acalmava, segurando sua mão e conversando com ela sobre todos os momentos felizes que ainda estavam por vir.

No hospital, a equipe médica foi rápida e atenciosa. Após algumas horas de trabalho de parto, o momento tão esperado chegou. Carla estava cercada pelo amor de Daniel e Wendy.

-- Você está fazendo um trabalho incrível, amor, Daniel a incentivou, olhando nos olhos dela com atenção e ternura enquanto Wendy aguardava ao lado de Isabela por eles no quarto que seria usado por Carla no hospital.

-- Logo, seu irmãozinho vai nascer.

Isabela tentava tranquilizar Wendy que olhava fixamente para a porta do quarto.

-- Eu consigo… eu consigo, Carla disse, lutando contra a dor, mas seu coração estava cheio de amor e determinação.

E então, com um último esforço, o choro do bebê ecoou pela sala. Um pequeno ser foi colocado nos braços de Carla, e ela olhou para a nova vida que havia trazido ao mundo.

-- É um lindo menino! a enfermeira anunciou, e as lágrimas de felicidade começaram a escorregar pelo rosto de Carla.

-- Wendel! Esse será o seu nome, meu filho.

Daniel segurou Wendel nos seus braços com lágrimas nos olhos.

-- Meu filho, você é muito amado por nós.

Depois Carla foi levada ao quarto aonde estava Wendy e Isabela.

Wendy, ficou encantada ao ver a mãe entrar, segurando Wendel nos seus braços já o amamentando.

-- Eu tenho um irmãozinho, mamãe.

-- Sim, você tem! E ele é perfeito , Carla disse, olhando para Daniel, que também estava emocionado.

Nos dias que se seguiram, a nova rotina da família Jones começou a se estabelecer. A chegada do pequeno Wendel trouxe uma nova luz à casa. Wendy se mostrava uma irmã mais velha incrível, ajudando a cuidar do bebê e sempre fazendo questão de participar de tudo.

-- Ele é tão pequeno e fofo! Wendy exclamou, maravilhada, fazendo carinho no rostinho do irmão.

O lar estava cheio de risos, choros de bebê e muito amor. A vida de Carla, Daniel e Wendy tomou um novo sentido com a chegada de Wendel, e cada dia era uma nova oportunidade para fortalecer os laços familiares..

Sete meses depois da chegada de Wendel, Carla descobriu estar grávida novamente.

Ela não podia acreditar que seria mãe novamente.

-- Isso é maravilhoso. Tenho que contar para Daniel.

Carla ficou tão emocionada que decidiu ir até o hospital dar a notícia para o marido enquanto Wendy se encontrava na escola e Wendel com a babá.

Ela estava profundamente emocionada com a chegada de mais um bebê na família Jones.

-- Com licença, poderia informar ao doutor Daniel Jones que Carla deseja falar com ele. Já liguei, para o celular dele, e está desligado.

A recepcionista olhou para Carla com desdém.

-- a senhora deseja conversar com o doutor Jones?

A mulher perguntou observando Carla de cima a baixo.

-- Sim, eu quero conversar com ele, comunique a ele que a esposa dele está aqui, por favor.

-- Sinto muito, minha querida. O doutor Jones está em reunião particular com portas fechadas com a doutora Débora Lopes. Infelizmente não posso anuncia-la. Sabe que esses médicos não estão só trabalhando quando ficam nessas reuniões particulares. Acho que compreende o que estou dizendo...

A mulher argumentou bastante irritada com a presença de Carla.

-- Está bem, obrigada pela atenção.

Carla saiu e chegando dentro do carro, começou a pensar que Daniel estava a traindo com a tal médica.

Mas o que Carla não sabia, é que na verdade, Daniel estava realmente em reunião, mas não era somente com a doutora Débora Lopes, havia mais sete médicos. E a doutora Débora era uma médica respeitada dentro do hospital pois já era uma senhora que tinha mais de cinquenta anos de idade.

-- Mas que médica é essa? Será que Daniel está me traindo com essa mulher?

Ela sofreu por antecipação e começou a chorar.

Carla abaixou a cabeça sobre o volante do carro sentindo falta de ar. Ela conseguiu abrir a porta do automóvel, mas acabou desmaiando, caindo no chão.

Os seguranças do hospital, rapidamente acionaram os médicos.

Carla foi levada para emergência com urgência. Daniel ainda estava em reunião e não ficou sabendo da situação de Carla.

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