Capítulo 19

Enquanto a família dormia, o sol começava a nascer lá fora, pintando o céu com tons suaves de rosa e laranja. Daniel e Carla acordaram abraçados.

Eles trocaram sorrisos carinhosos antes de se levantarem para começar mais um dia cheio de amor e alegria.

Decidiram aproveitar o bom tempo lá fora e ir ao parque para fazer um passeio matinal em família. Vestiram roupas confortáveis e calçaram tênis, e Carla arrumou as crianças para o passeio com roupas leves antes de sair pela porta de casa, aproveitando assim o belo sol que brilhava no céu.

Enquanto caminhavam pelo parque, Wendy corria adiante cheia de energia enquanto Daniel empurrava Wendel no carrinho de bebê ao lado de Carla.

Os pássaros cantavam melodias doces nas árvores próximas e o aroma das flores primaveris enchia o ar. Sentaram-se em um banco próximo ao lago tranquilo, observando Wendy brincando na grama verdejante.

Wendy colheu algumas flores amarelas selvagens cuidadosamente enfiou-as atrás da orelha de sua mãe como uma tiara improvisada. Todos riam felizes com aquela cena encantadora.

-- Está linda, mamãe. Está parecendo uma princesa.

Wendy olhava para a mãe com admiração, amor e gratidão.

As árvores balançavam suavemente ao ritmo do vento fresco da manhã como se tivesse batendo palmas para união daquela linda família, enquanto eles continuavam andando pelo parque com sorrisos e conversas descontraídas.

Carla pegou Wendel nos braços por um momento e eles continuavam seu passeio animado, alguns minutos depois, Wendel adormeceu nos braços da mãe e Carla colocou o filho novamente no carrinho de bebê.

Enquanto continuavam seu passeio, Wendy avistou um balão colorido flutuando no céu e pediu para seus pais comprarem um para ela. Daniel e Carla não resistiram ao pedido da filha e compraram o balão, que logo se tornou o centro das atenções da família.

Wendy segurava firme o balão nas suas pequenas mãos e começou a rir animadamente ao ver as cores vibrantes acima da sua cabecinha. Wendy corria ao redor do carrinho do irmão, segurando a linha do balão com toda a sua energia de criança.

-- Cuidado, filha, para não cair.

Carla falou com um tom de preocupação.

De repente, uma rajada de vento forte pegou todos de surpresa e o balão escapou das mãos de Wendy, subindo rapidamente para o alto. A família ficou admirada com a visão do balão voando livremente no céu azul.

-- Papai, o meu balão, -- Wendy resmungou para Daniel apontando o dedo para o balão que continuava subindo.

Daniel sugeriu que eles seguissem o balão para ver até onde ele iria, transformando o passeio matinal em uma emocionante aventura de perseguir o balão colorido pelo parque.

Eles correram atrás do balão, rindo e se divertindo enquanto o perseguiram por entre as árvores e ao redor do lago do parque. Wendy dava gritinhos de alegria a cada passo, enquanto Wendel ainda dormia no carrinho.

Finalmente, o balão começou a perder altitude, flutuando lentamente de volta para o chão. A família se aproximou do balão, que pousou suavemente em meio às flores do parque. Wendy correu para pegar o balão, radiante de felicidade.

Daniel e Carla olharam para seus filhos, sentindo-se profundamente gratos pela alegria e amor que compartilhavam em família. Enquanto o sol brilhava sobre eles, sabiam que aquele momento ficaria eternamente nas suas memórias como um dia cheio de alegria, aventura e amor.

Depois dessa aventura, a família voltou para a casa muito feliz.

-- Papai, eu amei o passeio de hoje - Wendy, ainda suada, conversava animadamente com o pai.

Carla sentada no sofá, dava a mamadeira de Wendel.

-- Que bom, meu amor. Vamos fazer isso com mais frequência.

Daniel bagunçou os cabelos da menina que olhava alegre para ele.

-- Bom dia, senhor e senhora Jones. A empregada apareceu na sala cumprimentando os patrões. -- O café da manhã já está pronto -- ela comunicou.

-- Bom dia! Carla e Daniel respondem ao mesmo tempo.

- Obrigada, minha linda. A babá do Wendel já chegou? Carla pergunta colocando Wendel para arrotar.

-- Ela está cozinha, tomando o café -- a empregada respondeu gentilmente.

Tanto a empregada, como a babá, só trabalhavam durante o dia...

-- Está bem, pode ir agora -- Carla disse calmamente com o bebê nos braços.

-- Vamos tomar banho, Wendy? Ela perguntou para a filha.

-- Sim, mamãe. Wendel também vai tomar banho? - A menina pergunta curiosa.

-- Sim, meu amor. Mas não agora. A mamãe vai deixar o bebê com o seu pai. E vamos para o seu quarto onde vou te dar um banho.

-- Está bem, mamãe! - Confirmou a criança animada.

Carla entrega Wendel para Daniel e sobe para o quarto com Wendy.

Nesse momento, a babá apareceu cumprimentando Daniel. Ele da um beijo na testa do filho e entrega a criança para a babá.

Daniel subiu ao quarto e logo lembrou de algo. Ele lembrou do ocorrido no dia anterior com Carla onde a recepcionista havia mentindo e difamado Daniel e a doutora Débora Lopes causando desmaio em Carla.

Ele não queria que a funcionária fosse demitida, mas a mentira que ela disse para Carla, trouxe grandes consequências.

Ele ligou para o diretor do hospital e contou o ocorrido. O homem que zelava bem-estar dos funcionários e pacientes, ficou enfurecido com a atitude da recepcionista. O diretor comprometeu-se com Daniel que tomaria todas as medidas legais para que a mulher fosse punida e demitida. Daniel como não queria processa-la, pois sabia que todos nós somos compassivos de erros e que somente com a demissão, talvez ela ia se conscientizar.

A ligação foi encerrada e Daniel foi até o banheiro.

O dia seguiu normalmente, Daniel e Wendy acompanhou Carla até seu trabalho, como era um sábado, Wendy não tinha aula e naquele dia, era a folga de Daniel.

Daniel levou a menina para casa onde ficou muito tempo brincando com ela na sala de brinquedos.

A babá balançava Wendel em seus braços tentando acalma-lo. O bebê continuava chorando sem parar.

Daniel, pegando Wendy, foi até o quarto de Wendel.

-- O que foi? Por que ele está chorando muito?

O pai pergunta muito preocupado.

-- Eu não sei senhor -- respondeu a babá com pouca experiência.

Daniel sentou Wendy na pequena cadeira e pegou Wendel nos braços.

-- Ele deve estar com cólicas. Você colocou ele para arrotar depois da mamadeira?

A jovem de dezoito anos e pouco experiência ficou com medo de responder.

-- E-e-e-u-u acho que sim, senhor.

Ela respondeu gaguejando.

Na mesma hora, Daniel percebeu que ela estava mentindo.

-- Pode ir embora. Não está qualificada para cuidar do meu filho. Ainda ia completar três dias aqui, mas vou te pagar como se tivesse trabalhado o mês. Agora, por favor, saia da minha casa.

A mulher saiu desconfiada. Daniel conseguiu acalmar o bebê, que adormeceu em seus braços.

Ele havia contratado a nova babá, após o pedido de um funcionário do hospital, parente da babá, mas agora, Daniel sabia que havia falhado por contratar pessoas desconhecidas para cuidar de uma criança .

Ao longo de sete meses, Wendel teve três babás.

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