Capítulo 17

Depois que o helicóptero pousou. Os passos de Artur e Hyunwoo ecoaram pelo corredor enquanto seguiam apressados em direção à ala de emergência. O hospital parecia envolto em uma aura de tensão constante, onde cada som – o apitar de máquinas, o murmúrio contido da equipe – trazia uma urgência invisível. A iluminação fria do lugar refletia o ambiente clínico, mas dentro deles, o calor da pressão e da responsabilidade crescia a cada segundo.

Quando chegaram à emergência, a visão foi um choque, apesar de ambos estarem acostumados com o caos. As macas estavam alinhadas lado a lado, ocupando quase todo o espaço disponível. Os pacientes em condições críticas recebiam cuidados temporários, enquanto a equipe médica corria de um lado para o outro. O som contínuo de monitores cardíacos e respiradores preenchia o ar, criando uma sinfonia de fragilidade e esperança.

— Vocês são os doutores, certo? Nos ajude.

Precisamos de ordens. — disse uma enfermeira, seus olhos buscando desesperadamente orientação.

Artur não perdeu tempo. Começou a avaliar a situação rapidamente, identificando as prioridades.

— Dividam os casos mais críticos e estabilizem os pacientes que estão em melhor condição para ganhar tempo. Preciso que alguém prepare a sala de cirurgia, temos que intervir imediatamente em alguns desses casos. Hyunwoo, você assume as suturas e monitoramento inicial. Eu vou para a sala de trauma.

Hyunwoo já estava se movimentando antes mesmo de Artur terminar de falar, sua mente trabalhando a mil, distribuindo sua atenção entre as necessidades urgentes e o planejamento para o que viria a seguir. Eles já haviam enfrentado situações críticas juntos, mas a gravidade dessa parecia maior. O número de pacientes excedia em muito os recursos disponíveis. Porém, não havia outra escolha senão avançar.

Artur se aproximou de uma das macas, onde uma jovem estava inconsciente, seu pulso fraco e irregular. A ficha indicava múltiplos traumas internos e fraturas graves. Ele sabia que cada segundo era precioso.

— Vamos precisar de uma transfusão de sangue imediatamente, e preparem os equipamentos para uma cirurgia abdominal. — Ele ordenou, e a equipe ao redor se apressou a cumprir as instruções.

Enquanto isso, Hyunwoo já estava trabalhando em um paciente com uma laceração profunda no abdômen, suas mãos ágeis e precisas, apesar da exaustão. Ele mal sentia as horas se acumulando em seus músculos tensos, sua mente focada apenas no próximo passo, na próxima decisão.

O caos parecia interminável, mas, em meio a ele, a confiança mútua entre Artur e Hyunwoo era o que os mantinha de pé. Enquanto uma nova onda de pacientes chegava, a batalha pela vida de cada um deles apenas começava.

E, mesmo com o cansaço ameaçando dominá-los, ambos sabiam de uma coisa: desistir não era uma opção.

O ruído do caos ao redor parecia se fundir em uma única melodia desconcertante: o som de máquinas, passos rápidos, instruções gritadas e o murmúrio de pacientes em dor. Artur se afastou por um instante da jovem paciente para avaliar o ambiente. Ele sentia o peso da situação, mas sabia que não poderia permitir que a tensão tomasse conta. O foco era essencial.

Do outro lado da sala, Hyunwoo limpava o suor da testa com o braço enquanto finalizava mais uma sutura. Ele sentia as mãos formigando de exaustão, mas não havia tempo para parar. Cada vida ali dependia da sua habilidade de se manter presente e ágil. Ele se lembrou rapidamente de uma conversa que teve com Artur meses atrás, durante um turno igualmente estressante.

— Às vezes, sinto que estamos apenas adiando o inevitável — havia confessado, com o olhar cansado fixo na janela.

Artur, na época, apenas sorriu levemente e disse.

— Não estamos aqui para vencer a morte, Hyunwoo. Estamos aqui para dar às pessoas mais tempo. E, às vezes, isso é o suficiente.

Essas palavras reverberavam agora em sua mente. Mais tempo. Era tudo que poderiam oferecer naquele momento, e cada segundo conquistado era uma pequena vitória.

Artur entrou na sala de trauma, onde o ambiente era ainda mais intenso. A jovem com múltiplos traumas estava preparada para a cirurgia. Ele olhou para a equipe ao redor, todos prontos, embora a fadiga estivesse evidente nos rostos. Mesmo assim, havia uma confiança implícita. Eles confiavam nele.

— Vamos começar — disse, sua voz firme cortando o ar. — Incisão no abdômen. Precisamos localizar as hemorragias internas.

A precisão de suas mãos não traía o cansaço que sentia. Ele operava como se cada movimento fosse uma extensão do próprio pensamento, com a mesma calma e concentração que mantivera por anos em situações críticas. Ao seu redor, a equipe trabalhava em perfeita sincronia. Ele podia sentir o peso das vidas em jogo, mas seu foco estava apenas na paciente à sua frente, na possibilidade de salvá-la.

Enquanto isso, na ala principal, Hyunwoo teve que fazer uma pausa. Um paciente acabara de ser trazido com parada cardiorrespiratória. Ele pegou o desfibrilador, sua mente instintivamente voltando ao protocolo. Adrenalina. Compressões torácicas. Choque. O corpo do paciente estremeceu com a descarga elétrica.

— Outra vez. — ordenou, sem hesitar. O segundo choque foi administrado, e, depois de alguns segundos, o monitor cardíaco emitiu um bip regular. Hyunwoo soltou um suspiro, mas sabia que a batalha por aquela vida estava longe de terminar. Havia muitos outros aguardando.

Na sala de trauma, Artur detectou a origem da hemorragia interna e rapidamente tomou as medidas necessárias para controlá-la. O tempo parecia se dilatar, cada minuto carregado de importância vital. Mas, pouco a pouco, o quadro da jovem começou a estabilizar. A tensão nos ombros de Artur aliviou levemente, mas ele sabia que ainda não era hora de relaxar.

Ele se afastou da mesa cirúrgica e olhou para a equipe ao redor.

— Bom trabalho. Mantenham a vigilância apertada nos sinais vitais. Vamos transferi-la para a UTI assim que possível.

Enquanto saía da sala, Artur se permitiu uma breve pausa no corredor, respirando fundo antes de voltar ao turbilhão que era a ala de emergência. Lá, encontrou Hyunwoo, ainda cercado por pacientes, mas mantendo o ritmo incessante.

— Como estamos? — perguntou Artur, colocando uma mão no ombro do amigo.

Hyunwoo ergueu os olhos por um instante, o cansaço evidente, mas com um lampejo de determinação.

— Sobrevivendo, como sempre.

Artur sorriu. Sabia que, embora estivessem exaustos e sobrecarregados, enquanto estivessem juntos, a batalha pela vida de cada um daqueles pacientes continuaria. Mesmo quando o peso do mundo estivesse sobre eles, avançar era a única opção. E naquele momento, no meio do caos, eles se tornaram uma âncora de calma e competência.

A noite ainda não havia acabado, mas Artur e Hyunwoo estavam prontos para o que viesse a seguir.

A exaustão pesava como uma sombra constante, mas Artur e Hyunwoo não podiam parar. O fluxo de pacientes continuava incessante, e cada segundo parecia estender a noite além de seus limites naturais. Os corredores estavam lotados, as macas eram ocupadas no momento em que ficavam vagas, e a equipe médica, esticada até o limite, seguia em frente com determinação silenciosa.

Artur, após um breve momento de descanso mental, retornou ao centro do caos. À medida que analisava a situação, um novo chamado urgente veio de um dos médicos assistentes.

— Doutor Artur, temos um paciente na entrada com um traumatismo cranioencefálico grave. Ele está em choque e perdendo consciência. Precisamos de você.

Sem perder tempo, Artur seguiu o chamado. Chegando à área de triagem, ele se deparou com um jovem de cerca de vinte anos, pálido e com a respiração irregular. O sangue escorria de um ferimento profundo na cabeça, e seu pulso era fraco.

Artur analisou a situação rapidamente, sua mente já calculando os próximos passos. "Trauma craniano grave, possível hemorragia intracraniana", pensou, enquanto dava ordens rápidas.

— Preparem-no para uma tomografia de emergência e administrem soro fisiológico. Ele precisa ser entubado imediatamente. Hyunwoo, você consegue lidar com isso?

Hyunwoo, que acabara de concluir uma sutura em outro paciente, já estava a caminho. Apesar do cansaço evidente em seus olhos, ele não hesitou.

— Deixe comigo — respondeu, assumindo o controle da situação. Ele verificou o paciente com rapidez, avaliando a necessidade de uma intubação antes que a condição se agravasse ainda mais. As suas mãos, embora fatigadas, mantinham a precisão cirúrgica, enquanto administrava o procedimento com uma calma impressionante.

Enquanto isso, Artur já estava na sala de comando, onde a tomografia seria realizada. Ele sabia que a resposta da imagem determinaria a possibilidade de cirurgia imediata. O jovem não tinha muito tempo, e qualquer decisão errada poderia ser fatal.

O exame foi feito em minutos, mas cada segundo parecia uma eternidade. Assim que as imagens apareceram na tela, Artur analisou o resultado com rapidez. O diagnóstico era claro: uma hemorragia cerebral extensa. O jovem precisaria de uma cirurgia de emergência para descomprimir o cérebro e evitar danos irreversíveis.

Sem perder tempo, ele voltou para a equipe.

— Ele precisa ser operado agora. Avisem o centro cirúrgico que estamos a caminho, e que todos os equipamentos estejam prontos — disse, enquanto já se dirigia à sala de cirurgia com o paciente.

Enquanto isso, Hyunwoo continuava na linha de frente da ala de emergência, controlando a respiração do jovem paciente enquanto o preparavam para a operação. Era um trabalho de equipe impecável, onde qualquer erro poderia significar o fim de uma vida.

Nos corredores frios e iluminados do hospital, a pressão continuava a aumentar. Cada novo paciente era uma nova batalha, e, com os recursos no limite, a sensação de impotência começava a rondar os pensamentos de todos.

Artur e Hyunwoo, no entanto, não se deixavam abalar. Havia uma conexão implícita entre os dois, uma compreensão silenciosa de que, enquanto estivessem ali, fariam o que fosse necessário para salvar o máximo de vidas possível.

Dentro da sala de cirurgia, o procedimento começou. Artur, com sua habitual concentração, guiava a equipe com precisão. Ele sentia a gravidade da situação, mas seu foco estava no presente, no movimento preciso de seus instrumentos, no fluxo do sangue que precisava ser contido.

Minutos se arrastaram como horas, enquanto a operação prosseguia em uma dança de tensão e técnica. Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, Artur conseguiu controlar a hemorragia. O jovem tinha uma chance.

— Fechamos. — disse Artur, sua voz firme, mas carregada de cansaço. — Agora é com a UTI.

Ao sair da sala, ele encontrou Hyunwoo aguardando do lado de fora, com o semblante cansado, mas ainda determinado.

— Como ele está? — perguntou Hyunwoo.

— Estável por enquanto. Mas o quadro ainda é grave. Teremos que monitorá-lo de perto nas próximas 24 horas — respondeu Artur.

Hyunwoo assentiu, sabendo que as próximas horas seriam cruciais. Eles se entreolharam por um instante, compartilhando o peso silencioso da responsabilidade que carregavam.

De volta à ala de emergência, uma nova leva de pacientes estava chegando. O ciclo parecia interminável, e ambos sabiam que o descanso estava longe de ser uma opção. Mas, naquele instante, o simples fato de terem salvado uma vida já era uma vitória em meio ao caos.

Sem trocar mais palavras, os dois voltaram ao trabalho, conscientes de que a noite ainda guardava muitos desafios. E enquanto o hospital continuava envolto em sua sinfonia de urgência, Artur e Hyunwoo seguiam firmes, uma força inabalável no meio da tempestade.

Depois de atender todos os pacientes e o local se acalmar, uma nova equipe com médicos especializados em cirurgias chegaram. Logo em seguida, os soldados chegaram. Eram os mesmos que haviam trazido os feridos mais graves durante a noite. Agora, eles pareciam esgotados, seus rostos marcados pela exaustão e pelos longos momentos de tensão. As roupas estavam sujas, cobertas de poeira, terra e sangue. Alguns tinham ferimentos menores, cortes e contusões que, em meio ao caos, haviam sido deixados de lado.

Os soldados pararam por um momento na entrada, como se o hospital fosse um refúgio seguro depois do inferno que haviam enfrentado. Seus olhos percorreram o ambiente, procurando familiaridade ou talvez conforto. No entanto, Hyunwoo notou que o mais afetado era o capitão Steve e nas suas costas havia um grande corte.

— Sr. Steve, deixe-me analisar o seu ferimento. Precisa de limpar. Me acompanhe.

O capitão Steve hesitou por um momento, seus olhos duros e experientes mostrando a relutância de um soldado que já havia enfrentado dores maiores do que qualquer ferimento físico. Porém, ele sabia que aquele corte nas costas, que agora começava a latejar com o alívio da adrenalina, não poderia ser ignorado por muito tempo.

— Estou bem, doutor. Preciso ver meus homens primeiro — respondeu Steve, com a voz firme, mas já com traços de exaustão.

Hyunwoo, no entanto, não cedeu.

— Capitão, não se trata de escolha. Este corte pode infeccionar se não for tratado, e aí a situação será bem mais complicada. Eles estão sendo atendidos, mas você também precisa de cuidados. Me acompanhe, não vai demorar — insistiu, sua voz calma, mas com a autoridade de quem está acostumado a lidar com a resistência de pacientes obstinados.

Steve olhou para Hyunwoo por um momento, seus olhos avaliando o médico. Viu ali a mesma determinação que ele próprio tinha em campo. Sabia que Hyunwoo não aceitaria um "não" como resposta.

— Tudo bem, doutor. — Steve suspirou, resignado, enquanto deixava Hyunwoo guiá-lo para a sala de curativos.

— É a primeira vez que vejo o capitão ouvir alguém.

— falou um dos soldados.

— Fala baixo, ele nem pode sonhar que você falou uma coisa dessas. — falou outro soldado.

Enquanto caminhavam pelos corredores do hospital, o capitão se mantinha em silêncio. O som distante de conversas e os passos apressados dos médicos eram um contraste gritante com o caos que ele havia enfrentado algumas horas antes. Agora que a adrenalina começava a ceder, Steve sentia o peso de tudo aquilo, mas, como sempre, engolia os próprios medos e cansaço, mantendo o foco em sua responsabilidade.

Chegando à sala de curativos, Hyunwoo

indicou uma cadeira.

— Sente-se e tire a parte superior da farda, por favor. Vou analisar o corte.

Steve obedeceu, com movimentos lentos. Ao remover a farda, Hyunwoo viu o estrago: um corte profundo atravessava as costas do capitão, a pele ao redor inchada e suja de poeira e sangue seco. Era claro que o ferimento precisava ser limpo e suturado o quanto antes.

— Você teve sorte. Não atingiu nenhum órgão vital, mas o corte é bem profundo. Vou ter que limpar, aplicar antibióticos e fazer alguns pontos. Pode doer um pouco.

— disse, enquanto organizava os instrumentos ao lado da maca.

— Já passei por pior — murmurou Steve, olhando fixamente para a parede à sua frente.

Hyunwoo começou a trabalhar com rapidez e precisão, limpando a área com cuidado. Enquanto fazia isso, ele notou que o capitão permanecia em um silêncio rígido, os músculos de suas costas tensos. Percebeu que apesar do capitão está sentindo dor, não admitia.

— Você trabalhou bastante, não é?

— perguntou Hyunwoo, sem tirar os olhos do ferimento.

Steve respirou fundo antes de responder.

— Nunca é fácil. O resgate foi mais complicada do que esperávamos, muitas baixas... E quase não conseguimos trazer todos os feridos para cá. É sempre uma corrida contra o tempo. — Ele fez uma pausa, seus olhos se fixando em um ponto distante.

— Você foi muito bem. — disse Hyunwoo, enquanto começava a suturar o corte.

— Aqui, no hospital, a luta é diferente, mas a pressão e o peso são os mesmos. Às vezes, fazemos tudo certo, mas as coisas fogem do nosso controle. O importante é continuar. É o que fazemos, certo?

Steve ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo as palavras. Então, balançou a cabeça lentamente.

— É, doutor. Acho que é isso. Continuamos, não importa o que aconteça.

Hyunwoo finalizou a sutura com cuidado, aplicando um curativo sobre o corte recém-tratado. Ele deu um passo para trás, observando seu trabalho por um momento antes de falar.

— Pronto. Você vai precisar trocar o curativo regularmente e monitorar sinais de infecção. Nada de grandes esforços com esse ferimento por enquanto, mas imagino que isso seja difícil de pedir a você. — Ele deu um meio sorriso, tentando aliviar um pouco a tensão.

Hyunwoo entregou a Steve uma camisa limpa que havia no armário da sala de curativos, algo que ele poderia usar até recuperar a farda.

— E não se esqueça de que sua equipe está bem cuidada. Eles vão precisar de você em plena forma, então se dê um pouco de tempo para se recuperar.

Steve vestiu a camisa, agora um pouco mais relaxado. Ele olhou para Hyunwoo e por um momento, a gratidão silenciosa transpareceu em seus olhos.

— Agradeço, doutor. Você também trabalhou muito.

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Comments

Santos 💗

Santos 💗

🤫shiii 🤣🤣🤣🤣

2025-03-05

0

Raposinha 🍄

Raposinha 🍄

tô vendo um clima acontecendo aí em kkj

2024-11-19

0

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