Amor na Linha de Frente
A equipa Alfa avançava em silêncio pela densa vegetação, cientes de que estavam a pisar território inimigo. A tensão no ar era palpável, enquanto o eco distante dos tiros e explosões lembrava-os do perigo iminente. Os inimigos tinham atravessado a fronteira numa ousada invasão armada, capturando três dos seus homens. Não havia margem para erros.
— Qual é o plano? — perguntou o comandante da base, a sua voz grave quebrando o silêncio do rádio.
— Duas equipas das forças especiais já estão a caminho — respondeu o sargento James.
— Conseguimos localizar o inimigo. Assim que os nossos homens fizerem a primeira investigação, começaremos as operações de resgate. O ataque começou às 03h45 e, até agora, a ocupação permanece.
— Ocupação? — o comandante franzia perplexo.
— Sim, senhor. O objetivo deles parece ser provocar uma resposta da nossa parte. Estão a jogar com as regras da convenção internacional. Se dispararmos primeiro, violamos o acordo de paz. Querem que sejamos nós a dar o primeiro tiro.
— E os nossos homens? Vamos deixá-los sobre esses terroristas?
— Não, senhor — disse James com firmeza. — A equipa Alfa já está a caminho. Vamos resgatar os nossos soldados sem alertar o inimigo.
A estratégia tinha de ser precisa, sem falhas. O tempo corria contra eles, e cada segundo que passava aumentava o risco para os reféns. A equipa Alfa, liderada pelo experiente capitão Steve Miller, movia-se com a perícia de quem já enfrentara missões impossíveis. Sabiam que o silêncio era a sua maior arma, e qualquer deslize poderia resultar em catástrofe.
De repente, o som de um galho a estalar no mato alto fez um dos soldados levantar a arma num reflexo rápido.
— Se mexer, atiro! — avisou, a arma fixada no movimento entre as folhas.
Do meio da vegetação surgiu uma figura alta, cerca de 1,86 m, movendo-se com a calma de alguém que conhecia aquele terreno como a palma da mão. De um dos braços levantados, como sinal de rendição, uma voz firme ecoou.
— Sou o capitão Steve Miller. A partir daqui, a equipa Alfa assume o controle.
O soldado, ainda alerta, baixou a arma lentamente. Reconhecia aquele homem. Steve Miller era uma lenda entre os seus. Com os seus olhos sombrios e postura imponente, transmitia uma confiança que inspirava respeito imediato. Sabiam que, nas mãos dele, as probabilidades de sucesso aumentavam exponencialmente.
— Vamos entrar e sair sem disparar um tiro. — disse Steve, fixando os olhos no horizonte. — O resgate começa agora.
Sem mais palavras, a equipa Alfa seguiu o seu líder na direção do perigo, movendo-se como sombras, determinados a trazer os seus companheiros para casa.
O capitão Steve Miller, liderando a equipe Alfa, avançava em silêncio até o local onde os inimigos se escondiam com os reféns. Diante deles, uma pequena casa de madeira cercada por soldados armados. A missão exigia precisão e cautela, uma abordagem direta poderia acabar em tragédia para os três militares capturados.
— Qual é o plano, capitão? — perguntou o capitão auxiliar, Ower, a voz baixa, mas carregada de preocupação.
— Vamos tentar uma negociação pacífica primeiro. Não estamos em território militar, o que nos dá margem para evitar um confronto imediato — respondeu Steve, os olhos fixos na casa. Ele sabia que aquela era uma aposta arriscada, mas evitar derramamento de sangue era sempre a primeira opção.
— Entendido — assentiu Ower.
Steve ajustou o fone de comunicação e deu a ordem para iniciar a operação.
— Aqui é o chefe da operação. Estamos prontos.
— disse, a voz firme e controlada.
Do alto de uma colina próxima, o soldado McQueen, deitado no chão com uma sniper, confirmou.
— McQueen na posição. Tenho o alvo à vista.
Steve respirou fundo e avançou com Ower ao seu lado. Ao se aproximarem da entrada, levantaram os braços num gesto de rendição, demonstrando que não tinham intenções agressivas.
— Aqui é o capitão Steve Miller — falou alto, a voz ecoando pela clareira. — Viemos para conversar. Os nossos soldados estão bem?
Um silêncio denso caiu sobre o lugar, quebrado apenas pelo som do vento a balançar as folhas. Ower, ao lado de Steve, observou o grupo de inimigos atrás das janelas e murmurou:
— Eles não vão ceder facilmente.
Steve, no entanto, permaneceu impassível.
— Vamos acabar logo com isso, enquanto ainda temos a vantagem da noite.
— respondeu ele, sem tirar os olhos da casa.
Após alguns minutos tensos, a porta finalmente se abriu com um ranger suave. Steve e Ower entraram, encontrando os três militares reféns sentados no chão, as mãos amarradas com cordas apertadas. Em volta deles, vários homens armados. Um deles, com olhos frios e um sorriso cínico, apontava uma arma diretamente para a cabeça de Steve.
— Capitão Steve Miller, que prazer revê-lo! — a voz era cheia de sarcasmo e malícia. O homem à frente deles era o tenente Mateo, um antigo inimigo de Steve, cujos olhos brilhavam com uma mistura de raiva e satisfação.
— Igualmente, Mateo! — respondeu Steve, sem tirar os olhos dos militares amarrados antes de se voltar para o seu adversário. Havia tensão no ar, mas Steve mantinha-se calmo, controlado. Ele já conhecia Mateo o suficiente para saber que o homem gostava de jogos mentais.
Mateo sorriu, segurando uma faca entre os dedos, jogando-a de uma mão para a outra com uma leveza inquietante.
— Não vai ser tão fácil, Steve. Estou a pensar num final mais interessante para esta nossa pequena reunião.
— Parece que queres lutar. — disse Steve, retirando calmamente uma faca do cinto e segurando-a firmemente. — Tudo bem, se é isso que procura.
A tensão no ambiente atingiu o pico. Steve sabia que qualquer movimento em falso poderia resultar na morte dos reféns ou dos seus homens. A faca cintilava na mão de Mateo, que avançou com um sorriso cruel, pronto para o confronto.
Steve, porém, era um veterano. Já tinha enfrentado homens como Mateo antes, homens que pensavam que o poder estava na força bruta e na intimidação. Com um olhar frio e calculado, Steve preparava-se, sabendo que o verdadeiro poder residia na mente de quem permanecia calmo no caos.
A luta estava prestes a começar, e Steve sabia que só um deles sairia vencedor daquela sala.
Steve Miller, o capitão, observava o seu adversário, o tenente, com olhos de predador. Os seus olhos escuros, penetrantes, não deixavam transparecer qualquer hesitação, enquanto os músculos do seu corpo se preparavam para o confronto. O som do aço da faca a cortar o ar anunciava o início de um combate brutal, onde não haveria espaço para erros.
Ambos sabiam que não era apenas a lâmina que ditaria o resultado daquela luta. O corpo, ágil e treinado, seria tanto a arma como o escudo. O capitão desviava-se com precisão, usando a força e o movimento natural dos seus músculos para bloquear, esquivar e contra-atacar, enquanto o tenente, mais jovem, apostava na rapidez e nas mudanças súbitas de ritmo. A faca cintilava sob a luz, uma ameaça constante entre os dois, mas os golpes mais perigosos vinham da habilidade crua e do instinto de sobrevivência.
Miller, com a sua pele pálida e cabelo castanho a colar-se à testa pelo suor, avançava com uma frieza quase inumana. O tenente, mais veloz, tentava encontrar uma brecha, mas Miller, com a experiência de quem já enfrentou a morte, mantinha o controle da situação. Cada movimento era um estudo de precisão, cada ataque era calculado, cada defesa, uma afirmação da sua destreza. O campo de batalha era reduzido ao espaço entre os dois homens, onde a técnica e a coragem se enfrentavam numa dança mortal.
Steve Miller, o capitão da equipa Alfa, tinha apenas 26 anos, mas já carregava nos ombros o peso de uma carreira construída desde a juventude. Tinha ingressado nas forças armadas ainda adolescente, levado por um misto de vontade de provar o seu valor e a busca por um sentido de propósito. Agora, anos mais tarde, o jovem soldado transformara-se num líder forjado pelo rigor do treino e pela dureza das batalhas.
Com uma determinação inabalável e um olhar que já tinha visto mais do que deveria, Steve comandava a sua equipa com uma confiança silenciosa, mas firme. O seu cabelo castanho, agora marcado por alguns fios grisalhos prematuros, testemunhava os sacrifícios que fizera ao longo do caminho. Cada decisão, cada missão, era uma lição aprendida na linha da frente, onde o erro significava perder não só a própria vida, mas a daqueles que confiavam nele.
Miller não era o típico herói. Não buscava glória nem reconhecimento. Para ele, o campo de batalha era onde se encontrava a verdadeira face do homem, e ali, sob o peso da responsabilidade, ele era simplesmente quem sempre soubera ser: um soldado dedicado, disposto a sacrificar tudo por aqueles que liderava. O que ele não imaginava era que a próxima missão o colocaria à prova de uma forma que nem todos os anos de combate poderiam prepará-lo.
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Atualizado até capítulo 31
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