O pedido

PONCHO! - Disse pela décima quinta vez tentando fazer com que ele e Maite parar de discutir e me ouvissem, O que parecia impossível no momento.

Depois de uma manhã inteira ajudando Alfonso a estudar, por fim, estávamos no meu quarto e discutimos como seria o nosso final de semana juntos, coisa que eu tenho que deixar claro que: não estou aberta a inclusão de parques de diversões nele.

- Eu já disse, eu Odeio parques.

- Quieta! Anahi, você vai e ponto.

- Não vou não!

- Ok, já chega vocês duas. Meu amor, me diz dois motivos para não irmos para o parque? - pediu Poncho cruzando os braços e me encarando seguido por Maite

- Meu amor? - questionou Maite com os olhos arregalados e uma sombra de sorriso no rosto.

- Primeiro, é fim de seman e vai estar Lotado! Segundo, eu não quero, e se vocês ainda sim quiserem ir, então, vão vocês. - sentei emburrada na cama, eu sei que estou fazendo a menina mimada, mas parques de diversão para mim estão fora de cogitação.

- Meu amor ! - voltou a repetir Maite sendo ignorada por mim e por poncho, que se ajoelhou na minha frente me fazendo encara-lo

- Você não iria nem por mim?

- Eu não gosto, Poncho....

- Por favor?

Respirei tentando ignorar seus olhos hipnotizante que me fariam ceder a qualquer coisa que ele me pedisse.

Mas falhei e voltei a encara-lo.

Olhos verdes...

Isso deveria ser um crime.

- MEU AMOR! -Gritou Maite, ainda parada no mesmo lugar apontando para nos dois incrédula

- Não vou em nenhum brinquedo muito alto, nem na casa do terror.

- Isso é um Sim?

Suspirei encarando ele

- Me diz algo que você não me pede sorrindo que eu não faça chorando, Caipira?

Poncho me deu um selinho de leve sorrindo e sem poder apreciar a magia que o Herrera causava em mim, Maite avançou na gente com tapas

- ODEIO VOCÊS! ODEIO! ODEIO! ODEIO!

- Aí, May tá doendo, para! - pedi tentando me encolher embaixo de Alfonso que se jogou por cima de mim tentando segurar Maite.

- Maluca, para!

- MALUCA? - gritou Maite em uma cena icônica com os cabelos no rosto e os olhos arregalados encarando Alfonso. Não aguentei e ri, fazendo Alfonso rir também. - EU SOU UMA PIADA PARA VOCÊS? VOCÊS ESTÃO JUNTOS E NEM PARA PENSAR EM MIM. EM ME CONTAR. QUANDO EU MORRER NEM PENSEM EM APARECEREM NO MEU ENTERRO! SEUS TRAIDORES.

E gritando insultos ela saiu do quarto, batendo porta, me fazendo rir ainda mais.

- Ok, qual de nós dois vamos dizer para ela que não estamos namorando? - me sento na cama sendo seguida por Poncho

- Não estamos? - ele parou de rir, me encarando sério

- Dã! É claro que não.

- Então o que somos, Anahi?

- E eu que vou saber? Quem veio se declarar para mim foi Você. Então, me diz: o que somos, caipira?

- Namorados.

- Não me lembro de um pedido...

- Ah, é isso. Posso resolver fácil essa questão. - E me jogando na cama novamente, Alfonso se aproximou, ficando por cima de mim e passando o nariz pelo meu pescoço. Me fazendo parar de raciocinar qualquer coisa. Senti a leveza de seus lábios quando ali ele depositou um beijo. E fechei a mão com força, quando ele desceu até meu colo com beijos, voltando a subir novamente. Senti minha unha incomodar á pele pela força exercida, Mas quem liga? Se eu tivesse apenas um pouco mais de sanidade quando ele se aproxima assim ainda não iria me importar.

- Cariño? - chamou de leve em meu ouvido, brincando com a boca por ali também

Precisei de um minuto para raciocinar e responder:

- Hum?

E quando ele sussurrou com a voz rouca em meu ouvido eu soube que ele seria minha perdição.

- Quer namorar comigo?

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