Reencontro e desencontros

Ucker! - sorri, sendo abraçada por ele - O que está fazendo aqui? Quer dizer, você não estava nos EUA? Achei que ia ficar por lá.

- Era a intenção, mas senti saudades é claro. - riu e eu acabei dando um novoabraço de lado nele que em seguida se sentou ao meu lado - minha mãe me encheu o saco, pelo jeito ter os filhos por longe não é muito aceitável para ela. Voltei.

Concordei me lembrando de quem era a mãe de Ucker. Um doce de mulher, claro, mãe de três filhos. Sendo um deles Alfonso e Dulce. O que me fazia questionar o porque Christopher era tão diferente deles.

Dulce era  como o pai, mas tinha os olhos castanhos de Blanca. Já Alfonso era Moreno, como a mãe. E os olhos... Ah,os olhos... Verdes, como o do pai.  Dulce era engraçada, e nunca me tratou mal, mas não era lá minha fã número um também.

- É bom te ter de volta, bebê. - disse sorrindo passando meus dedos levemente pela barba mal feita de Ucker, o que o fez fechar os olhos e se inclinar.

- Senti sua falta, Any.

- É eu também senti.

Após alguns minutos de conversa, Ucker decidiu chamar um dos atendentes da cantina.

A surpresa veio quando eu vi quem era..

-Boa Tarde, o que vão Querer? - encaro meu amigo dos pés a cabeça segurando a risada Travessa que se mantinha em meus lábios.

- Eugênio Siller, Por Que você Está Vestido Feito um Pinguim? - pergunte rindo fazendo Ucker rir também, o que fez com que Eugê revirasse os olhos e me mostrasse a língua.

- Estou Trabalhando aqui. Por qual outro Motivo eu me vestiria "feito um Pinguim"? - Minhas risadas ficam mais fortes e altas o Que fez com que Eugênio ficasse vermelho e Ucker risse de minha postura.

Foi inevitável, ele ficou tão fofinho com Gravata Borboleta.

- Vai ficar rindo da minha cara mesmo, Anahí? Ou vão pedir alguma coisa?

- Para de ser chato. Eu gosto de você de qualquer jeito, até feito um Penguim. - digo sorrindo- eu não vou pedir nada, Já peguei o que queria - disse apontando para meu prato, intocado, na mesa - Foi Ucker quem te chamou.

- Sim, eu quero um suco de laranja, cara... por favor... Eugênio, porque você está trabalhando aqui, aliás? - perguntou Ucker, como sempre direto, fazendo Eugênio suspirar.

- Meu pai queria que eu arrumasse um emprego, sabe como é? Eu sou bolsista, e minha mãe está com problemas financeiros com o tratamento de minha irmã, eu só quero ajudar.

Me senti culpada de imediato por rir dele. Havia me esquecido da irmãzinha de Eugênio, ela tinha câncer, a família passava algumas necessidades. E eu invejava a força e união dos Sillers.

Eugênio sempre dizia, não era sobre o que acontecia com você, e sim sobre como você lidava com isso.

Eles poderiam não ter absolutamente nada em dinheiro, mas eram muito mais ricos que qualquer pessoa que eu já tenha conhecido.

- Hey, Pinguim, você pode contar comigo. Sabe disso, né? Sempre e para sempre.  - disse por fim, fazendo ele sorrir.

_______

Após um fim de tarde inteiro com Christopher,  e Eugênio também, que ficava mais em nossa mesa do que em qualquer outra,  acabei voltando para o quarto.

Estava feliz que Ucker havia voltado. Eu imagino se ele sabe o quanto me faz bem ter ele por perto e o quanto eu o amo.

Mais Ucker não via isso da maneira como eu queria.

Ele me desejava com outros olhos, de uma outra forma.

De uma forma que eu infelizmente não estava aberta para retribuir.

E isso me machucava.

Ele sabia de meus sentimentos pelo irmão, Ele sabia de tudo. Mais estava sempre ali.

Por mim.

Suspendo meus pensamento assim que vejo Izabel entrar no quarto, apressada, ela estava pegando suas bolsas e enfiando absolutamente todas suas coisas nela

Ela ia embora?

Mas e a escola?

E Alfonso?

Decido ignorar, não deve ser nada além de um chilique, não vou me meter. Entro para o banho, me demorando um pouco por lá.

E foi uma surpresa ao sair e não encontra mais nem um vestígios dela por ali. Não havia mais nada.

Apenas uma Maite confusa conversando com Dulce.

- Isso não é bom.... - Choramingou Maite

Pelo jeito não era apenas um chilique.

- "Não é bom", Maite? AQUELA VADIA FUGIU COM A PORRA DO AMANTE. ME DIZ, COMO EU VOU FALAR ISSO PARA O MEU IRMÃO? - Gritou Dulce, me fazendo pular - Desculpe, Any. Eu só....

- Tudo bem... eu meio que vi Ela arrumando as coisas... achei que não era nada, desculpe não ter avisado. -respondi.

- Fica tranquila, Any, você não tem nada haver com isso. - respondeu Maite completamente nervosa, andando de um lado para o outro.

Vi Dulce mexer no celular, digitando e digitando... até olhar para May e sussurrar um "ele já sabe".

O silêncio ficou por instantes, mais não durou muito, até Gustavo e Alfonso entrarem no quarto.

- Dul, May... - disse Alfonso entrando como um foguete e parando diante da cama vazia que pertencia a Izabel. Ele a encarou por longos minutos. Eu podia vet tudo em sua postura, dor, raiva, medo...

Ficamos todos olhando para Alfonso, com pena, era inevitável.

E isso durou até ele suspirar, colocando as mãos sobre a cabeça, em um sinal de desespero.

- Por favor, me digam que não é verdade.

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