Amigos ou não?

Eu não esperava.

E quem esperaria que Alfonso Herrera iria pedir ajuda para mim?

Eu, certamente que não.

Assim que a aula terminou, voltei para o quarto atordoada.

É difícil de acreditar em tudo que aconteceu em menos de 24h. Subo pro meu quarto negando os convites de Larah e Eugênio para sair.

Mais o que eu esperava menos ainda era quem eu iria encontrar ali.

E pelo jeito o dia está cheio de surpresas para mim ainda.

- O que você quer aqui? - perguntei grossa sentindo minha cabeça começar a latejar. Me encostei na parede cruzando os braços e encarando meu primo com a cara fechada.

- Queen Anahí, você já foi mais educada. - fiz uma careta - nada, Eu só queria falar com você, e sobre seu pai, e na realidade eu queria pedir ajuda também.

Ri comigo mesma

- E porque eu iria ajudar você, sweet heart ? Não tenho motivos para tanto. Então poupa meu tempo, e se poupe também.

Repondo saindo, porém sendo impedida por Gustavo que puxou meu braço

- Anahí, por favor. Você acha que eu viria pedir sua ajuda se não fosse importante? Por favor! Apenas me escuta. A gente não precisa se odiar para sempre, já fomos amigos. Não é?

Era verdade. Gustavo já foi um dos meus melhores amigos. Ele e sua irmã Samira era os únicos da família dl meu pai que eu realmente gostava. Naquele tempo eu era uma outra Anahí. - mas agora as coisas são diferentes. Gustavo mudou, eu mudei, e não temos nada mais que um pequeno laço de sangue em comum.

- Você tem cinco minutos para dizer o que quer, cinco minutos, Gustavo. - Respondi dando as costas e entrando novamente no quarto seguida por ele.

- Diga o que quiser, mas você não mudou nada, Queen A.

Revirei os olhos, seja o que for, para Gustavo vir até mim pedir ajuda, coisa boa não é.

- Seu pai vai te dar um cargo de administradora na empresa Portilla. Eu quero esse cargo Anahí. - diz Gustavo sério, me encarando- Eu sei que você é a herdeira da empresa, Franco já deixou muito claro que ela é sua, mas meu pai está uma porra com tudo em relação a mim. Ele quer que eu arrume uma responsabilidade o quanto antes, é sempre cheio de comparações... E eu sei também o quanto você odeia aquela empresa.

- E você espera que eu recuse o cargo de uma empresa, que aliás é minha, para dar a você? - ele confirmou e eu ri - Tudo bem, Gustavo. Vou falar com papai assim que ele tocar nesse assunto. Porém o cargo também me interessa, é a empresa que vou administrar daqui um ano, o máximo que posso fazer é te dar uma vaga de aprendiz na área de seu interesse. Ou te colocar como meu Sub.

- E você seria tão bondosa? - ironizou - achei que não queria nada com essa empresa. Achei que você fosse dispensar ela.

Eu ri

- As pessoas mudam. - analisei - é a empresa que sustenta sua família aliás, a minha empresa. - testei fazendo Gustavo me encarar com raiva - É tão prazeroso dizer isso que nem posso acreditar que papai realmente me deu ela. - sorri - Em troca Gustavo, controle sua língua e a de seus amigos ao falar de mim. Eu tô cansada de tantas provocações e humilhações. E você terá uma dividida comigo. Vou cobrar quando achar necessário, Trato feito?

- Sua pose de santinha não me engana em nada, não perde a oportunidade de se vangloriar, não é? Queen Anahí, - provocou - Você não mudou nada. Continua a mesma garotinha mimada do tennessee. -ele levanta - Fechado, e não vamos mais falar em você Anahí.

Sorri, olhando Gustavo saiu do quarto. Não que eu seja uma pessoa ruim, Mais suportar Gustavo e o bando de Izabel já era péssimo demais.

Me levantei caminhando até o espelho, encarando a Garota que eu via ali. A Anahí de dois anos atrás ia rir dela, olha o que eu me tornei afinal, apenas uma sombra do que um dia eu fui.

Se é que fui alguma coisa.

________

Decidi caminhar, sem Eugênio e Larah por perto as coisas ficam puro tédio. Passei pelo grupo de Gustavo, e sorri de canto, ao perceber que todos se calaram quando eu estava por perto. Isso é otimo, trato feito, Mas vou dar algumas semanas ainda, para ver se Gustavo realmente vai sair do meu pé, o conheço bem demais para saber que talvez isso não dure nem três dias. Não quando eu era seu alvo preferido.

Acabei me sentando no jardim, ainda pensativa, pedi um bolo de maçã com canela e um cappuccino na cantina, deixei minha mente viajar enquanto eu esperava.

As coisa já foram tão diferentes, Gustavo era tão diferente. Nesse meio tempo me deixo pensar o que foi que mudou.

Talvez o afastamento dele com o pai, e a morte de Sheila, sua mãe. Gustavo se tornou outra pessoa. Pelo que o tio Rick diz, irresponsável e rebelde.

Mas eu não o chamaria assim, Eu diria talvez, revoltado? A relação de Gustavo com seu pai nunca foi uma das melhores, um dos pontos em que tínhamos em comum. Já com sua mãe.... Era completamente lindo de se ver, Gustavo a idolatrava. Não consigo imaginar a dor que foi quando Sheila morreu. Eu não pude vir ao México na época, e desde então Gustavo nunca mais foi o mesmo comigo.

Não respondia as mensagens, não atendia ligações, e não se importou quando eu me mudei ou sofri o acidente.

Talvez as coisas só tenham tomado um rumo diferente.

- Bebê, está pronta para voltar para terra? - olhei para cima, deixando meus pensamentos de lado e encarando a pessoa em minha frente.

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