A verdade nua e crua

Era difícil de decifrar o que Alfonso estava pensando naquele momento.

Era um misto de raiva e dor. Mais Izabel merecia tudo isso afinal? Alfonso sempre soube das traições, sempre soube de tudo. Ele simplesmente preferiu não ver, não acreditar. Era conveniente assim.

E então duas semanas se passaram, e para todos ele dizia que estava bem. Era como se Izabel nunca tivesse existido.

Mais na noite do jogo de futebol, quando o time adversário usou a palavra corno para o provocar, ele simplesmente sumiu.

Não era mais a falta dela que ele sentia, era seu ego que estava  completamente ferido.

Alfonso Herrera,

humilhado e traído.

Mais antes fosse por falta de aviso.

___________

- Any, tá tudo bem? -ouvi Maite perguntar enquanto se sentava ao meu lado

- Sim, Eu só... estava pensando... em tudo que aconteceu. - suspirei - Alfonso está bem? - perguntei jogando meu cabelo para o lado, e encarando May que me analisava, atenta.

Nessas últimas semanas me aproximei demais de Maite, descobri que temos mais em comum do que eu imaginava, e quando percebi já estava completamente apagada nela.

E por sorte, Acho que ela em mim também.

- Hum, porque você não descobre? Vi ele indo para o refeitório lá de baixo. - deixou escapar com um sorriso travesso -  É sua chance fadinha, saiba que mais traumada que eu....

- Só você mesmo! - interrompi - Até porque quem em sã consciência iria me "Shippar" com Alfonso? - ri enquanto recebia um tapa de Maite

- Bem, tem aquela sua amiga Larah... - torceu o nariz, digamos que ambas não se aguentavam muito - e o Eugê...

- Nem de longe. Eles acham que eu sou trouxa por ter essa pequena queda por Alfonso. - revirei os olhos

- Mais você é!

- Maite!

- Anahi! - riu - É pra fingir costume é? - zombou, enquanto eu dava uns tapas de leve nela.

- Tudo bem então, a trouxa aqui, vai ver como seu primo está. Já que se recusa a me dizer... - brinquei me levantando, e sorrindo cúmplice para ela

- Minha boca é um túmulo. - respondeu fazendo um sinal de boca fechada.

Eu sabia que não daria em nada, Não sou tão burra para acreditar que com a saída de Izabel, Alfonso fosse cair aos meus pés. Nem de longe. Mais estava sendo interessante tentar uma aproximação, mesmo que isso não fosse passar de uma amizade.

E com esse pensamento eu fui.

__

Mais o que Anahí realmente não imaginava  ao sair da mesa que estava com Maite, fosse que alguém estivesse de olhos bem abertos para tudo o que estava acontecendo ali.

Um sorriso maroto tomou conta dos lábios dele. Então, ela estava realmente apaixonada? Isso era tão interessante.

____

"Você é bom demais para ser verdade

Não consigo tirar meus olhos de você

Você seria como o céu para tocar

quero tanto abraçar-te

Enquanto o amor chegou

E agradeço a Deus que estou vivo

Você é bom demais para ser verdade

Não consigo tirar meus olhos de você"🎶

Maite estava certa, pelo vidro da porta consegui ver Alfonso sentado sozinho em uma das mesas centrais do refeitório.

Respirando fundo entro o que o faz olhar, e para a minha surpresa ele sorri para mim.

- Oi Any, Tudo bem?

- Oi, tudo sim... - sorrio, me aproximando - e você? Como está?

Ele suspira.

- É o que todos me perguntam - responde rindo amargamente - você quer realmente saber, ou apenas estava sendo educada?

- Não costumo prolongar assuntos que não são de meu interesse para apenas ser educada. - rebato o fazendo me olhar

- Aí. - responde e me repreendo mentalmente por ter sido tão rude - Eu estou bem. Obrigada por perguntar. Já que sou de seu interesse...

- Não é não! - rebato novamente eufórica, o fazendo elevar uma das sobrancelhas me encarando - quer dizer é, mas não... Dá para parar de me deixar nervosa? Eu estou tentando ser legal aqui! - digo levantando as mãos em um sinal de rendimento. Alfonso ri.

"Perdoe o jeito que eu olho

Não há mais nada para comparar

A visão de você me deixa fraco

Não há palavras para falar

Mas se você sentir que eu sinto

Por favor, deixe-me saber que é real

Você é bom demais para ser verdade

Não consigo tirar meus olhos de você" 🎶

- Senta aqui, Any. - diz puxando uma das cadeiras que estavam ao seu lado.

Minha vontade era de ir saltitando, na minha cabeça eu fui, mas aqui fora eu apenas me aproximei, agradecendo e sentando ao seu lado.

- Tá tudo muito estranho não, é? - ele diz, mexendo na caneta e em seu caderno que estava em cima da mesa - as coisas mudaram muito rápido.

- Eu gosto das coisas como estão. - disse por um impulso, mordendo os lábios - Sabe, as coisas as vezes acontecem, e a gente não pode fazer nada para mudar isso, mais a gente pode trilhar os caminhos e mudar o futuro.

- Nerd. - brincou, me fazendo revirar os olhos

- Caipira. - rebato, erguendo o nariz.

- Você não pode dizer nada, Garota do Texas! - rimos, e eu novamente revirei os olhos, ainda sorrindo.

- É, sou suspeita em falar.

"eu preciso de você bebê

E se estiver tudo bem

eu preciso de você bebê

Para aquecer as noites solitárias

Eu te amo, amor

Confie em mim quando digo" 🎶

- Sente saudades? - o encaro - você sabe, do Tennessee... Gustavo me falou que você era de lá, uma vez.

Então eles já falaram de mim? Isso está ficando bem interessante.

- Muita. E todos os dias. - respondo - e você? Era de Monterrey não era?

- Sim - riu - mas meu pai tem empresa aqui, nos mudamos quando eu era pequeno, e eu não tenho muitas lembranças de lá.

- Estava estudando? - perguntei apontando para o caderno que ele tinha na mesa

- Não. - respondeu analisando por um momento o caderno - Eu escrevo músicas... patético não, é? Pode rir se quiser.

- Porque eu faria isso? - respondi levantando uma das sobrancelhas - isso é legal, é um Dom eu diria. Meu avô é cantor, sabia? Já fez muito sucesso. Ele costuma escrever canções e cantar para mim também. - sorri deliciada com as lembranças

Lindo bebê

Não me decepcione, eu rezo

Lindo bebê

Agora que eu encontrei você ficar

E deixe-me amar você, baby

Deixe-me te amar🎶

- Posso escrever uma para você, algo como ordenhar vacas e andar a cavalo... -brincou rindo me fazendo rir também

- Hey, andar a cavalo não é tão ruim assim! - respondi - só não recomendo cair dele... -brinquei apontando para minha perna fazendo Alfonso rir também.

- Que humor obscuro... achei que você fosse toda corações e flores.

Ri novamente

- Ah, mas eu sou.  - respondi - corações, flores, chocolate. Inclusive os chocolates, amo muito.

Ele riu

- Você é legal, Garota do Texas. - sorri para ele

- Você também é, Alfonso.

- Poncho. Me chame de Poncho.

- Meu avô teve um bulldog chamado Pancho uma vez... -brinquei

- Ah não, Anahi. Sério isso? você não existe.  - rimos e eu desejei poder congelar aquele momento para sempre.

Talvez Maite não estivesse tão equivocada assim.

Talvez...

"{..} Lindo bebê

Não me decepcione, eu rezo

Lindo bebê

Agora que eu encontrei você ficar

E deixe-me amar você, baby

Me deixe amar "🎶

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