Nós

Eu preciso de um tempinho

Um tempinho para pensar melhor nas coisas

É melhor eu ler nas entrelinhas

Caso eu precise quando estiver mais velha 🎶

Acabamos em um local isolado do Jardim da escola. Alfonso se sentou na grama sem falar comigo, e eu o segui, sentando ao seu lado.

- Me desculpa. -disse, o fazendo suspirar

- Porque você está se desculpando?

- Por que foi minha culpa você e seu irmão terem brigado.

- Não Any. Não foi sua culpa. - Alfonso esticou as pernas para se deitar na grama, encarando o céu do entardecer ele continuou - Christopher e eu nunca tivemos um bom relacionamento. E eu acho que você sabe sobre os sentimentos dele por você, não é? Isso apenas acumulou quando ele soube sobre nós. Ele está sendo irracional agora, está com muita raiva. Vai passar.

Suspirei, Eu sempre soube que ambos não se davam muito bem. Me deito ao lado de Alfonso, e procurei por sua mão, ele me encarou, enquanto eu entrelaçei nossos dedos o olhando por fim.

- Eu sempre soube. Ucker, é meu melhor amigo. Eu sempre deixo bem claro que não é nada mais que isso. Quando a raiva passar ele vai entender e quem sabe vocês não possam se entender também?

Alfonso solta um pequeno riso, mantendo o sorriso brincalhão nos lábios.

- Nunca se sabe.

Na minha vida

Tem havido sofrimento e dor

Eu não sei

Se eu posso encarar isso de novo

Eu não posso parar agora

Eu já fui longe demais

Para mudar essa vida solitária 🎶

- Me fala de você Any. - pediu me pegando de surpresa.

- Não tenho nada interessantes para dizer... O que quer saber?

Ele volta a encarar o céu

- O que você quiser que eu saiba.

Olho para as nuvens também, analisando. Se vamos ter algo, é legal que ele me conheça e vice versa, não é?

- Meu nome completo é Anahí Giovanna Puente Portilla. - declarei -Acredita que eu só descobri que tinha dois nomes aos 8 anos? - Alfonso riu - é sério, tá? - o acompanhei no riso - Eu achava que Giovanna era um sobrenome da parte de meu pai ou de minha mãe. Só não tinha certeza de qual dos dois. - Fiz careta, o fazendo rir novamente.

- Quem escolheu seu nome? Anahí . É um nome diferente...

- Sim. Foi minha mãe. - respirei fundo, o assunto mãe não era algo que eu realmente gostava de aprofundar - É um conto de fadas, um nome de uma princesa. Ou algo assim. - ele riu novamente me fazendo sorrir - Giovanna foi meu pai quem escolheu. Era o nome de minha avó.

- Seus pais não foram casados, né? -questionou e eu neguei.

- Não. Não foram. Ele já era casado com minha madrasta naquela época. Minha mãe e meu pai se conheceram em um evento, Meu pai se apaixonou por ela. Eles tiveram um caso, Meu pai iria se divorciar para se casar com minha mãe. Mas ela não aceitou, gostava das coisas do jeito que estavam, sem compromisso. Eles brigaram muito por isso, e acabaram se afastando. Um ano mais tarde meu pai descobriu a gravidez de minha mãe, ela estava em Nova Iorque, e ele foi atrás dela. Eu nasci lá. Mas eles não voltaram a se relacionar. Nunca soube o real motivo. Apenas sei que teve uma briga na justiça pela minha guarda, minha mãe ganhou, e então me levou para o tennessee para morarmos com meu avó. Ela já tinha um filho de um outro relacionamento, também. Michael, meu irmão. E uns anos depois teve minha irmãzinha Amanda, eu tinha 10 anos na época. Sou a primogênita de meu pai, Porque nasci uns meses antes de meu irmão Train. Está confuso para você? - perguntei o encarando

- Na verdade Sim. -riu - entendi que sua mãe teve três filhos, contando com você, que não é de seu pai. E pelo que eu sei, seu pai teve duas meninas e o seu irmão, no total de quatro filhos?

Ri

- Sim. Eu tenho cinco irmão no total. -sorri para ele que arregalou os olhos

- Sinto pena de você! - zombou me fazendo rir

- Meus irmão por parte de mãe, São tudo para mim. Você tem que conhecê-los! - informei eufórica - Já da parte de meu pai, apenas Train me dou bem.

- Vai me dizer que é a cinderella e sua madrasta e irmãs más te tratam mal? - debochou me fazendo dar um tapa nele

- Não! -ri - sobre as irmãs... sim. Mas eu também sou malvadinha com elas. Mas minha madrasta é tranquila. Não cai de amores por mim, mas nos damos bem.

- Então você vivia com seus irmãos, seus avós e sua mãe?

- Não. A minha mãe morreu quando eu tinha 12 anos. -declarei amarga - podemos mudar de assunto?

Ele confirmou.

- Você já teve um namorado, lá no tennesse? - mordi os lábios analisando sua pergunta - não precisa responder se não quiser.

Eu quero saber o que é o amor

Eu quero que você me mostre

Eu quero sentir o que é o amor

E eu sei que você pode me mostrar 🎶

- Tudo bem. Já sim, eu namorei uns três caras no total. - Alfonso me encarou desacreditado - o que? Eu era diferente tá legal? Sem problemas na perna, melhor aluna da escola, líder de torcida. - Me gabei

- Não acredito com você falando. Você sempre se apresentou tão tímida. - respondeu se sentando e eu o segui

- É porque eu não conhecia ninguém aqui, e não gostava nem um pouco daqui também.

- E agora gosta?

- Gosto.

- Porque?

- Por você.

Vou precisar de um tempinho (precisar de um tempinho)

Um tempinho para olhar a minha volta (oh)

Eu não tenho onde me esconder (onde me esconder)

Parece que o amor finalmente me encontrou (oh) 🎶

- E se eu não for o que você espere que eu seja? E se eu for vilão? - Questionou me encarando e eu revirei os olhos.

- Então seremos como Coringa e Alerquina.

- Eu tô falando sério, Any, e se eu partir seu coração?

Suspirei, encarando nossas mais ainda entrelaçadas. Porque isso agora? Estava tudo indo tão bem.

- Eu não sei. - respondi sincera - mas espero que você não faça isso.

Ele se aproximou colando nossas testas. Sorri dando um selinho nele que sorriu também. Me aconcheguei em seus braços quando voltamos a nos deitar na grama. Tentei Limpar, sem sucesso, o sangue seco que ainda tinha em seu queixo. Ele segurou meus braços me fazendo suspirar em seu pescoço. E alisando meu cabelo respondeu:

- Eu também.

{..} Oh, vamos falar sobre amor 🎶

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