Capítulo 13

" Um dos piores dias da minha vida".

Foi o que Lena pensou quanto tudo acabou, não era nem fez da manhã e todos já tinham saído do jardim, não ouve um banquete, não ouve festividade, era como um casamento mal feito de um livro de terror, Lena olhou para os lados e não haviam ninguém, Gael não estava ao seu lado, na realidade ela nem sabe quando ele partiu sem falar nada com ela, Natalie foi a que apresentou aos outros familiares, na realidade ela foi a única que conversou e sorriu para Lena.

Ela se virou e viu a mulher que a recebeu quando chegou, bem mal recebida na realidade.

— Madame King me destinou a te levar para o quarto, Gael está no escritório com seu assistente e irá demorar para sair.

Lena olhou para ela que a analisava com cara de nojo.

— Tudo bem, me leve então. Virando e empinando o nariz ela saiu, Lena revirou os olhos e a seguiu, entrando pela primeira vez na mansão ficou embasbacada com tamanha imensidão da mansão, os lustres de cristais, a luxuosa decoração, o chão de mármore, Lena se sentiu pequena com tudo isso.

As escadas eram enormes o foco central da entrada, Lena subiu cerca de quinze degraus até a mulher se virar e parar bem na frente dela, fazendo as duas se chocarem.

— Me desculpa.. Lena disse.

— Presta atenção. Lena olhou para a mulher e contou até três para não esganar ela. — Vou te falar o que tem que saber, esse lado direito pertence a madame King e do senhor King, nunca em hipótese alguma ultrapasse sem ser convidada. Foi como um aviso para Lena. — Aqui é o quarto da senhorita Natalie, nunca a incomode sem ser convidada. A mulher começou a andar e Lena a acompanhou. — Aqui fica o quarto do senhor Guster e de sua mulher quando visitam a casa, aqui das crianças. Ela andou pelo um corredor grandioso, haviam várias portas de quartos até que chegou no último quarto no final desse corredor e ela abriu a porta. — Esse é o seu quarto e de Gael. Ela abriu a porta e entrou Lena a seguiu. Suas roupas já estão no closet, aqui é a porta dele, ali do banheiro, há uma pequena sacada ali e resto você se vira para aprender, Madame King disse que não quer que você fique zanzando pela casa, limite se apenas a esse quarto e as áreas comuns da casa, jamais entre em nenhum local sem que alguma funcionária a chame entendeu. Lena balançou a cabeça em afirmativo e a mulher saiu deixando ela sozinha, Lena desabou na cama, ela estava tão cansada, tão exausta.

Ela viu sua bolsa em cima da mesa de cabeceira e a pegou, seu telefone estava lá ela o destravou, não havia nenhuma chamada de Johansen então ela se acalmou.

Ela precisava de um banho e descansar, Lena não pretendia ficar naquela casa por muito tempo, ela ficaria a maior parte do tempo no hospital com seu avô, ela só precisaria saber quando Cora pagaria suas contas.

Ela se virou e foi até o closet, suas roupas estavam arrumadas, do lado direito, do lado esquerdo estavam as roupas de Gael, ele era elegante e tinha inúmeras ternos, Lena passou a mão em um terno azul se ela se lembra bem ele usou esse terno no dia em que o viu no elevador.

Ela suspirou, ele sabia do casamento ou foi um encontro casual.

As camisas brancas engomadas, os sapatos alinhados e limpos, ela não viu nenhum terno Armani, nenhum sapato Oxford, reparando bem, os ternos não eram de linha como seria de costume um King ter, ela viu o senhor Oliver usando um Prada e Guster usando um Ralph Lauren, mas Gael usava terno de um alfaiate local e se bem vendo, ela sabia quem o fazia.

— Senhor Giorgio... Ela disse olhando o terno, Lena trabalhou para ele alguns anos atrás ele a ensinou como um terno masculino deve ser feito desde a medida até a sua confecção.

Ela sorriu de lembrando do senhor que a muito não via.

— Mesmo os ternos sendo feito por um alfaiate ela sabia que não custava centenas de milhares de dólares como os outros Lena sorriu.

— Ele está pior do que eu... Falou e se virou indo até sua parte do closet, pegou um vestido leve e foi em direção ao banheiro, tomou um banho pela primeira vez em anos bem demorado, nesse quarto não havia nada luxuoso era como se fizessem especialmente para ele, destoando do restante da casa. Assim que saiu deitou na cama, exausta nem percebeu que acabou adormecendo rapidamente.

O que Lena não sabia era que ela estava sendo observada a distância, assim como toda a família.

— Ela parece ser uma boa pessoa senhor.

Jeremy disse Gael fechou seu notebook com raiva.

— Eu pareço ser uma boa pessoa Jeremy!!! Seu assistente olhou assustado, Gael não era nenhum pouco boa pessoa, ele era articulado, mentiroso, sombrio e misterioso, boa pessoa, nunca foi.

— Na.... Não senhor.... Jeremy tremeu ao dizer isso.

— Descubra o que tem no contrato que ela assinou, descubra por quanto ela se vendeu, quero saber até em que formação está o se Dna, quero tudo dessa mulher na minha mesa, não sei até onde posso confiar nela.

Jeremy olhou para seu patrão.

— Sabe senhor, na situação que ela se encontra se eu estivesse nela, também me venderia para salvar meu avô. Gael olhou para Jeremy que se calou na hora os olhos de Gael escureceram o fazendo se arrepender de abrir a boca mais do que devia.

— Você se venderia para salvar seu avô? Não foi uma pergunta da qual ele queria responder, Jeremy apenas ficou com dó da pobre mulher que ousou atravessar a vida do monstro rei.

— Né desculpa senhor eu apenas falei besteiras desconsidere. Gael olhou pra Jeremy e disse seriamente.

— Traga as informações que ficou faltando e penso se te perdoou, agora somente da minha frente.

Jeremy se levantou e saiu apressado suando e tremendo, passando pela porta ele tinha que fazer cara de mudo e surdo então suspirou quando a porta ele fechou, partiu em busca de algumas informações que ficou faltando.

Gael se levantou indo até o bar, bebeu uma dose de uísque e saiu levando seu notebook, ao chegar no quarto Lena dormia profundamente, ele viu quando ela passou a mão no seu terno, ele a viu analisando o terno que ele usava dias atrás.

Ela dormia pacificamente, Lena era bonita até dormindo.

Gael balançou a cabeça, saiu e foi até o closet pegando sua roupa e entrando no banheiro, ele não era permitido sentir nada, não agora, não nesse fase de sua vida.