— Seja bem-vinda a família então. Oliver estendeu a mão e sem jeito ela aceitou e sorriu.
— Bom, agora vamos para minha sala querida quero falar sobre o casamento.
Cora estava muito receptiva, mas a intensidade que ela olhava para Lena dava calafrio.
Ao chegar na sala de Cora, um senhor barrigudo com cara de poucos amigos estava sentado.
— Sente-se. Cora ordenou, aquela mulher de segundos atrás se transformou em um mostro frio e gelado.
— Senhorita Robinson, tenho aqui um contrato com algumas cláusulas que você terá que cumprir para receber o dinheiro do tratamento de seu avô.
O velho rabugento fala.
— Cláusula um.... Nunca dizer a nenhum integrante da família King ou fora dela o real motivo pelo seu casamento.
— Cláusula dois... Nunca se encontrar sozinha com Oliver King.
— Cláusula três.... Nunca mencionar a Gael King que recebeu dinheiro para se casar.
— Cláusula quatro.... Nunca aceitar dinheiro dos King sem avisar a senhora King.
Eram tantos nunca e nãos, que ela pensou se fez mal em ter aceitado esse delírio, talvez ou esse opções, talvez se tentasse achar outro emprego, ou talvez um outro empréstimo, mas se lembrou que nada mais tinha e que as contas de milhares de dólares estavam aumentando dia após dia.
No final ela concordou com tantos nunca e assinou o contrato.
— Ótimo, seu casamento será no sábado, nada grandioso, pois não quero atrapalhar o casamento de Natalie, será na capela de nossa residência, esteja preparada que irei mandar um motorista para te levar para comprar o vestido.
— Não será necessário senhora, eu tenho uma peça da minha autoria.
Cora sorriu, não será preciso gastar dinheiro com ela, isso a deixava feliz contando que não estivesse mal trapilha o resto ela não se importava, nem se Lena fosse vestida com um saco de batatas ela se importava.
— Muito bem sábado de manhã, na capela da minha casa. Ficou de acordo que um motorista a levaria para a casa King, ficou de acordo também que Lena ficaria responsável por toda sua produção.
Com tudo conversado ela saiu, no elevador encontrou o mesmo homem de antes.
— Que coincidência senhorita.
Ela sorriu, ele era tão bonito, elegante e gentil.
— Agora para qual andar. Sua voz grossa e com tom calmo a fez fechar os olhos, pareciam melodias cantadas pelos deuses.
— Térreo por favor. Lena disse e tentou não parecer uma louca.
— Já vai, e como foi seu trabalho?
Ela sorriu sem deixar chegar aos seus olhos.
— Foi bem, se assim posso dizer.
— Hum, posso te ajudar em algo?
— Não será preciso, irei desenhar um vestido para senhora Cora e só vim tirar suas medidas.
Lena era uma péssima mentirosa, então abaixou a cabeça para que o homem não percebesse sua mentira.
Ao chegar no térreo o homem gentilmente se despede.
— Espero ver você em breve.
Ele estendeu sua mão e Lena aceitou por educação.
— Bom, dada as circunstâncias talvez retorne a empresa.
Ao encostar suas mãos, um choque percorreu o corpo dos dois, era inevitável essa situação, o elevador piscou e Lena saiu sem dizer nada para o misterioso homem a sua frente, já Gael retornou para se escritório pensativo, o cheiro de rosas estavam na sua mão.
— O que descobriu sobre ela?
— Nada a não ser o que está nos papéis senhor, parece que Lena Robinson apareceu somente agora.
— Cora apagou o passado dela, busque a rede escura, quero saber quem, o quê ela é, e o como, quero a ficha completa de Lena Robinson na minha mão antes de sábado.
O telefone de Gael tocou e ele olhou o identificador, era um número do qual ele já havia decorado.
— Sim... Atendeu já sabendo quem estava do outro lado da linha.
— Tenho um trabalho para você. O homem do outro lado disse.
— Qual o valor?
— 100 milhões de dólares.
— Me mande as informações.
Ele desligou e segundos depois chegou um e-mail codificado, após trabalhar com suas mãos ágeis, transforma a mensagem criptografada revelando suas informações.
— O que será hoje senhor.
— Estarei no escritório a noite toda, certifique que ninguém entre aqui, envie as imagens e hackear o sistema de monitoramento, não sai da King Choice hoje.
— Sim senhor. Dito isso Jeremy sai deixando Gael arrumar para mais uma missão, dessa vez Atlântico norte. As luzes da cidade era pequena quando o avião aterrissou no aeroporto local, Gael estava vestido com suas fardas, ali naquele pequeno aeroporto estava mais dois homens.
— Rei, quanto tempo ?
Um homem medindo dois metros de altura veio até ele e o abraçou.
— Marco..
— Rei, pensei que dessa vez não viria.
— Abraão... O outro homem abraçou Gael, após se cumprimentarem os três saíram do aeroporto em direção a um hotel contratado pelo pagador.
— Rei, estamos esperando o alvo.
Gael olhou para os dois homens, já faz vinte anos que eles se conhecem, Gael deve sua vida a eles, foi quando tudo mudou, ele estava no exército, queria impressionar seu pai, queria que seu pai sentisse orgulho de quem Gael estava se tornando, mas em uma missão, ele era o alvo, Abraão e Marco o salvou da morte, antes de matar o soldado inimigo ele contou que Cora havia pago dois milhões para que Gael fosse morto naquele combate, ali ele entendeu que poderia fazer de tudo, mas nunca seria aceito por Cora e seria um verdadeiro King, então ele aprendeu e passou a ser o que queriam que fosse, se o mandasse sentar ele sentava, um verdadeiro cão adestrado por Cora, bom era isso que ela pensava.
— Rei... Ele olhou para frente e viu a movimentação na porta da boate da cidade, sua missão era matar o chefe do tráfico regional, um serviço rápido e simples dessa vez, ele estaria em casa para jantar com a família e não levantaria suspeitas.
— Um, dois.... Gael atirou e um alvoroço foi ouvido do outro lado da rua, homens corriam como barata tontas após receber um jato de inseticida.
" Corram"...
" Atirador"...
" Socorro"...
Enquanto eles corriam sem saber de onde veio a bala que matou o chefe, Gael, Abraão e Marco desciam as escadas do pequeno hotel em que estavam, eles pareciam civis, turistas andando nas ruas do Atlântico norte.
— Apagou nossas digitais.
— Sim...
Os três retornaram para o avião que partiu da cidade sem problemas, duas horas depois Gael estava sentado jantando com a família, ele odiava tudo isso, ele ouvia Guster se gabar de mais uma aquisição, aquisição essa que ele fechou, trabalhou e moldou para que o incompetente filho de Cora fechasse negócio.
Natalie era a menos chata da família, era esnobe e levava o dinheiro em primeiro lugar, mas era porque sua mãe a fez assim, por dentro era uma boa pessoa e uma boa irmã para Gael.
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Atualizado até capítulo 117
Comments
Rosilene Narciso Lourenco Lourenco
Cora se achando esperta e não conhece o verdadeiro Gael.
2025-03-13
0
Vivi
Gael tem 30 anos, então essa conta não bate...
2024-12-08
1
Erlete Rodrigues
Gael é muito esperto
2024-12-06
0