Lena se viu em uma grande escuridão, ela passou a trabalhar dias e noites, e o que lhe restava ela ficava com seu avô.
Até que um noite o ateliê foi invadido, ela não sabia quem eram os novos donos, nunca saiu da sala dos fundos, mais viu uma mulher elegante sendo amarrada, Lena se escondeu dentro de uma caixa grande do estoque.
Aproveitando que estava sozinha costurando, ela era uma costureira de mão cheia, seu sonho sempre foi ser estilista, aprendeu sozinha desde pequena a remendar as roupas de seu avô e costurar as suas próprias roupas, seu avô comprava lhe tecidos e aos dez anos Lena aprendeu a cortar e modelar, aos doze seu avô achou uma máquina de costura no lixo, ele aprendeu a desmontar e a consertou, a partir daí, Lena se apaixonou pelo corte e costuras, seu sonho era um dia ter um modelo exclusivo sendo vestido por alguma celebridade.
Lena escondeu até que notou uma oportunidade. Ela aproveitando a distração dos assaltantes, libertou a senhorita que foi feita refém, a mulher deveria ter cerca de vinte e cinco anos não mais.
— Shiii, não faça barulhos e me siga. Ela disse assim que libertou a mulher da cadeira em que estava.
— Quem é você, o quê faz aqui? A mulher a confrontou.
— Não temos tempo, me segue e vamos sair daqui eles podem retornar.
Lena pegou a mão da mulher com força e a puxou para fora da sala, havia uma passagem onde as roupas eram jogadas para o andar de baixo, para a lavanderia, Lena empurrou a mulher que caiu em uma pilha de roupas, Lena entrou também.
— Onde estamos? A mulher perguntou temendo por sua vida, ela não sabia quem Lena era e o que pretendia.
— Estamos na lavanderia, ali olha, tem uma porta de acesso a rua, vamos logo.
" Onde ela está"... As duas ouviram os homens gritando na parte de cima do ateliê e o coração das duas dispararam.
— Vamos, tire os saltos ou podem nos ouvir. Lena disse e a mulher arrancou os altos deixando os de lado.
" Lá em baixo". Gritaram os homens e Lena e a mulher correram, a porta estava trancada, Lena pegou a cadeira que ela sempre sentava em sua hora de descanso e acertou os vidro da janela os estilhaçando.
" AQUI... A VADIA DESGRAÇADA".
Os homens estavam perto delas, Lena pegou a mão da mulher e a puxou correndo para fora, as duas correram para um beco, viraram duas ruas correndo, a mulher caiu no chão fazendo seu joelho sangrar.
— Me deixa, eles querem a mim mesmo, salve sua vida. A mulher disse e Lena ficou brava.
— Se você voltar lá, eles te matam, corre estamos perto de um posto policial.
Lena a puxou, de repente, tiros foram disparados na direção delas.
Seria uma sorte se Deus não permitisse que elas morressem.
Ao virar mais uma esquina, elas viram o posto policial e alguns policiais na porta perto de uma viatura.
Lena gritou.
— Socorrrooo.... Socorrrooo .... Os policiais ouviram os gritos e saíram correndo.
Lena e a mulher foram amparadas pelos policiais.
— O ateliê de madame Duval foi invadido e essa mulher foi forçada e sequestrada.
Lena disse enquanto a mulher puxava sua respiração confirmando o que estava acontecendo, viaturas foram mandadas até o ateliê que foi cercado, alguns homens escaparam e outros foram presos.
— Obrigada. A mulher disse a Lena enquanto tomava um gole de água dentro do posto policial.
— Por nada senhorita. Lena disse e se levantou, ela tinha que voltar ao ateliê e pegar sua bolsa, depois tinha que ir até o hospital ver seu avô.
— Me chamo, Natalie. A mulher simpática disse a Lena que sorriu erguendo a mão e as duas cumprimentaram.
— Lena.
— O que você fazia no ateliê a essas horas? Eu pensei que não haveria ninguém ali.
— Trabalho sem escalas fixas senhorita, tinha um trabalho para terminar. Lena disse e Natalie a abraçou.
— Obrigada, se você não estivesse lá, eu nem sei o quê seria de mim, eu havia marcado um horário bem longe do horário recomendado, queria ver meu vestido de noiva sem agitação e olha no que deu.
Lena sorriu, ela sabia que o vestido que ela trabalhou durante cinco meses seria de alguém com muito dinheiro, haviam pedras preciosas em seus adornos, diamantes brancos para ser mais exato, ela trabalhou nesse vestido com um segurança ao lado, a nova gerente sempre a odiou e fazia isso para humilhar ela.
— Senhorita Natalie, sua família está aqui... O policial disse e logo entraram várias pessoas, Lena vendo a cena se afastou, ela teria mesmo que ir, saiu deixando a família confortar a pobre moça.
— Senhor, eu posso pegar minhas coisas que ficaram lá dentro.
Lena estava na porta do ateliê, ela havia voltado, precisava pegar sua bolsa e o passe para o ônibus que ia para o hospital.
— Infelizmente não pode, o ateliê está sob investigação. O policial disse e Lena entristeceu, ela não tinha dinheiro para táxi e o hospital ficava tão longe do centro.
— Por favor senhor, me acompanhe lá dentro eu tenho que pegar minha bolsa para ir para casa. O homem vendo que Lena estava triste cedeu.
— Tá bom, eu vou te acompanhar, não mexa em nada.
Os dois entraram, Lena foi direto até o armário onde estava sua bolsa e blusa de frio, o policial estava de olho em cada movimento dela, não notando nenhuma irregularidade deixou Lena partir com suas coisas, Lena conseguiu pegar o último ônibus, mas cinco minutos ela teria que ir a pé, seria uma caminhada de pelo menos duas horas nessa cidade cheia de carros e pessoas.
— Oi vovô, como passou o dia. Lena beijou a testa de seu avô que dormia, seu avô estava a um mês assim, ele respirava por ajuda de aparelhos, os médicos diziam que um dos efeitos colaterais do tratamento daria muito sono e quê conforme o tratamento fosse fazendo efeito o sono passaria, mas ele ainda dormia.
Lena suspirou e sentou na cadeira ao lado da cama, o cansaço do dia e dos acontecimentos a atingiu com força, ela dormiu rapidamente.
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Atualizado até capítulo 117
Comments
Adriana Marguesdesousa
espero que eu consiga ler mais a história da Lena para compreender mais a história dessa personagem
2025-01-16
1
Adriana Marguesdesousa
Eu gostei muito por que é um livro quê
comta sobri uma joven que tem sonhos e enfrenta lutas e dificuldades quem tem amor pelo seu avô que é a única família que ela tem que ela conhece e tem amor pelas pessoas é uma menina educada
2025-01-16
2
Erlete Rodrigues
tadinha da bichinha 😢
2024-12-06
4