Capítulo 11

Era madrugada quando Gael recebeu uma ligação telefônica do qual ele não poderia recusar atender.

— Rei falando.

— Mensagem enviada.

— Valor?

— Quinhentos milhões.

O celular ficou mudo e ele sabia que esse seria um tipo diferente pelo valor.

Gael se levantou, foi até o seu guarda roupas, em um fundo secreto abriu pegando seu notebook, nele estava as informações contidas, após criptografar ele viu de quem se tratava.

— Interessante.

Olhou no relógio e viu que havia quatro horas para o casamento, arrumou sua mala e saiu, Gael era a sombra na escuridão, um fantasma que não era visto saindo e nem entrando em casa, ele sabia onde passar e onde não seria visto por nenhum funcionário.

Na rua atrás da casa, havia um jaguar o esperando.

— Boa noite Rei.

— Boa noite.

Ele disse para Marco, o carro saiu pelas ruas da cidade G apressado.

— Não podemos demorar, tenho que me casar as sete da manhã.

Marco derrapou em uma esquina assim que virava o carro, ele olhou para Gael que estava sem expressão nenhuma.

— Uma punição da megera? Marco perguntou.

— Sim, estou esperando uma confirmação de Jeremy quanto a culpa que a minha futura esposa carrega, assim que descobrir ela morrerá misteriosamente e chorarei um luto longo.

Os dois ficaram em silêncio o restante do trajeto, não precisava de muitas falas ou respostas, Marco sabia quem era Cora king e se não tivesse salvo a vida dele, Gael hoje seria um cadáver apodrecendo no cemitério municipal da cidade.

Abraão já os esperavam no helicóptero que seria usado, uma viagem de uma hora e meia, a hora era escassa para realizar tal façanha.

Missão, matar um Don ao qual estava barrando o avanço da entrada de metanfetamina vinda do país N, Gael não olhava o porquê, analisa o dinheiro e para ele seria o maior preço, o resto seria tratado pelo governo.

Entrar na mansão não foi fácil, mesmo estudando as coordenadas que foram passadas ele ainda teve um pouco de problemas, cães farejadores, segurança de ponta, o dia estava amanhecendo quando entrou no quarto do Don que dormia ao lado de sua esposa tranquilamente, notando algo de errado no quarto ele acordou repentinamente, Gael estava com a arma apontada para a esposa.

— Se você fizer isso eu te mato, irei atrás de toda sua família!!!

Gael atirou na cabeça da esposa que apenas suspirou, ele estava com o rosto encoberto por uma máscara e havia um dispositivo que distorcia sua voz ao falar a fazendo ficar animalesca.

— Você pensa que entrei aqui e teria medo da morte, quem deve temer a morte é você!

Gael levantou a arma e o homem apertou suas mãos no lençol, era seu fim e não havia nenhum segurança para o ajudar, olhando rápido Gael notou as mãos do homem entrando embaixo do travesseiro, ali havia uma arma, mas nem um segundo de espera foi a reação dele ao atirar na cabeça do homem que caiu da cama em um baque no chão, a arma estava em sua mão, se ele não tivesse observado poderia ter levado um tiro.

Gael se virou e encontrou os outros no corredor.

— Todos mortos?

— Sim.

Após Marco dizer isso, Gael pegou em seu bolso um esqueiro e o acendeu jogando na gasolina que estava no chão e por toda a casa, seria um aviso para a máfia rival que agora a cidade N teria um novo comandante, senhor X, estava ganhando território nacional e ninguém sabia quem era esse homem, só seus homens altamente treinados eram vistos, ou melhor, rumores deles eram ouvido, os mais terríveis assassinos, os mais temidos soldados do senhor X, os homens mais cruéis e rápidos da história.

O avião decolou faltava uma hora para o casamento, ainda havia algo que Jeremy não conseguiu, as informações de sua noiva, assim que pousou em solo da cidade G. Ele viu o carro de seu assistente na pista.

— Como foi a missão senhor?

Jeremy perguntou tentando ganhar tempo.

— Chegamos vivo!!!

Isso era um sinal que a missão foi um sucesso e que logo as mídias iriam falar sobre a morte do Don Cornélio Gangorra, um dos Dons mais cruéis que a cidade N já teve, ele era responsável por venda e tráfico internacional de crianças e órgãos, fora as drogas e lavagem de dinheiro, mas o resultado final era sua morte.

— As informações Jeremy.

Ele disse entrando no carro, Marco e Abraão já haviam sumido pelo heliporto, Jeremy suspirou entregando a pasta que continha as informações sobre a vida de Lena.

Gael entrou no carro e sentou abrindo a pasta e lendo as informações.

Ele analisou cada letra ali, cada vírgula e cada ponto.

— Vamos para casa Jeremy.

O farfalhar das folhas era ouvido no carro silencioso pelo caminho, Jeremy não ousava falar e nem respirar alto.

— Lena Marques Robinson....

Ele falou olhando para fora do carro, a paisagem mudando, onde havia muitas casas e prédios, passou a ter árvores e flores, casa grandiosas e jardins enormes eram visto.

— Senhor, descobri onde o avô dela está internado, descobri que no hospital estão mantendo o avô dela em sedação para que não acorde, cada vez que ele dorme mais alto fica a conta dela no hospital.

Gael analisou aquela informação, aquela mulher era uma desgraça ambulante, sem família, endividada, com a corda dependurada pelo pescoço e ainda chantageada por Cora a cobra, bem eles tinham duas coisas me comum pelo menos.

Ao chegar no portão dos fundos ele desceu.

— Me espere no jardim e olhe tudo que está acontecendo.

Gael entrou e Jeremy fez como foi instruído.

Ele entrou sem ser notado e subiu até seu quarto, tomou banho e se arrumou, ao descer as escadas foi ouvido o grito de Cora.

Ele apressou os passos, ali dentro Gael era o obediente filho King, assim que chegou no jardim ele viu os funcionários andando de lado para o outro e sua noiva de costas para ele.

— Me desculpem pelo atraso, tive alguns papéis para assinar antes do casamento.

Sua voz foi ouvida e Lena virou para ver o homem da qual a voz ela se lembrava.

— Você..... Ela disse me surpresa.

Na sua frente estava o rapaz do elevador da King Choice, ele estava mais lindo que naquele dia, Gael usava um fraque azul marinho que contrastava com seu corpo másculo, sua barba feita, seus cabelos penteados para trás e seu óculos dando um charme a sua presença, ele era de tirar o fôlego de qualquer mulher.

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