CAPÍTULO 10

" Então é aqui me encontro olhando para o espelho vestindo meu vestido de casamento, essas foram as consequências insanas que me levaram a esse casamento".

Lena suspirou e terminou de se arrumar a hora era escassa e ela precisava se apressar com tudo isso.

Ela pegou um buquê de rosas brancas que encomendou na tarde passada, olhou no espelho e sentiu um vazio profundo.

"Cansaço".

Era tudo que Lena sentia, sua roupa estava impecável, sua maquiagem certa para a ocasião, não havia jóias em seu pescoço, nenhum parente a entrar com ela, nenhum amigo para conversar, Lena estava sozinha neste dia.

A porta da frente recebeu algumas batidas e ela foi atender.

— Bom dia senhorita, sou o motorista da família King, madame quer saber se as coisas da senhora já está arrumada e se está pronta.

Ela olhou para o senhor com cara gentil.

— Sim, minha malas estão ali, pode levar para o carro, só preciso fazer uma ligação e estou pronta.

O homem entrou pegando duas malas de roupas ao qual Lena escolheu com cuidado, ela agora será da parte nobre da cidade, suas roupas velhas e gastas não podiam ir com ela.

Ela se virou indo até a sua bolsa, pegou seu celular e ligou para doutor Johansen.

— Bom dia doutor, desculpa incomodar... Ela disse assim que ouviu a voz do médico, ele por sua vez se alegrou ao ouvir a voz de sua amada.

— Você não incomoda Lena, o que foi, aconteceu algo?

Lena coçou a cabeça e suspirou.

— Está tudo bem, posso lhe pedir um grande favor.

— Claro, quantos quiser.

— Hoje tenho que trabalhar até tarde, o senhor poderia visitar meu avô e se algo acontecer me informar, não vou poder ir ao hospital.

Ela disse e o médico suspirou.

— Lena, já lhe disse, você não precisa trabalhar, aceita se casar comigo e resolvo seus problemas.

Na porta ela ouviu o pigarro do motorista, Lena estava vestida de noiva, com o buquê nas mãos, ela se virou e sorriu sem graça, com certeza ele ouviu a conversa.

— Ficarei grata doutor Johansen, se o senhor puder olhar meu avô, amanhã passarei para vê-lo, tenha um bom dia.

Lena desligou deixando o médico sem entender, ela era sempre calma e amiga.

Lena se virou e olhou para o homem que a olhava quase que com um ponto de interrogação, está certo que a família King não gosta muito do jovem Gael, mas casar ele com uma caipira sem eira nem beira, era contra as regras Kings, ele e os outros funcionários não entendiam.

— Vamos senhorita, se não chegaremos atrasados e o que madame King mais detesta são atrasos, mesmo que a noiva possa se atrasar no dia.

Lena olhou em volta, ela ainda retornará a sua casa, sua vida, ela tinha que conseguir dinheiro para pagar o tratamento de seu avô e depois dar um filho a família, tudo isso depois, ela estaria livre para retornar.

Com isso em mente ela saiu decidida, no carro um Rolls Royce preto, ela olhou para as ruas da cidade, antes sua vila, era totalmente diferente simples e rústica, conforme vai avançado para as ruas nobres ela nota como o pavimento, as decorações, as casas vão mudando, até chegar no bairro mais nobre e mais rico da cidade.

Os portões adornados em ouro com uma coroa no meio abriu e a fez suspirar e tremer.

— Eu não vou voltar, nunca mais.....

Ela disse sabendo que tudo que pensou antes não passava de meros delírios para se convencer de algo que nunca acontecerá.

Lena sentiu um frio violento no estômago, que a fez tremer, não era outono e muito menos inverno, o frio que ela sentia era algo como o medo e a estupidez de aceitar se casar com alguém que não conhece por conta de dinheiro.

Espera, agora ela se deu conta de quê esqueceu de procurar saber quem era Gael King, tudo que ela sabia até então era que ele quase nunca era visto nas revistas dos país, ela estava tão preocupada em fazer tudo, no seu avô, na sua casa, na sua vida, que esqueceu do mais importante, saber quem era seu futuro marido.

— Senhorita... O motorista estava falando com ela, mas Lena estava tão concentrada na sua mente que não ouviu.

— Me desculpa, o que disse?

— Que as ordens foram para que a senhorita entrasse para ao jardim naquela direção, levarei suas malas para o quarto do senhor Gael.

Ele disse e saiu do carro, depois abriu a porta do lado dela e foi pegar suas malas sem dar lhes a chance de falar algo.

Lena saiu do carro e sua cabeça virou olhando ao redor, a casa da família King era enorme, digna de uma pintura de Da Vinci, ou melhor uma escultura de Michelangelo.

O belo jardim da entrada estava milimetricamente organizado, suas plantas eram todas da temporada, nenhuma estava murcha, pelo contrário, estavam todas resplandecente e perfeitamente cuidadas, ela olhou para a escadaria de acesso a casa havia dez degraus e todos havia uma faixa de ouro de fora a fora.

A boca de Lena abriu fechou tamanha sua admiração.

— Ei, você, estamos atrasadas. Uma mulher falou chegando perto de onde Lena estava.

— Oi ... Lena educada ia falando, mas foi cortada por uma senhora na casa dos cinquenta anos mal educada e grosseria.

— Eu sei quem você é, e saiba que não é ninguém especial, agora ande logo que madame King está esperando e se tem uma coisa que tem que saber é que uma King jamais espera, ela é que é esperada.

A mulher disse e arrastou Lena passagem a dentro assim que ela andou alguns metros viu algumas cadeiras perfilhadas, nelas estavam sentados Cora, Oliver, um homem que Lena já viu em revistas que é o filho mais velho da família, sua esposa e seus dois filhos e Natalie arrumados, assim que a viu Natalie se levantou correndo para abraçar sua salvadora.

— Oh meu Deus Lena, não acredito....

Lena sorriu para a espontaneidade, pelo menos ela sabia que a única que a trataria bem era Natalie.

— Oi... Disse envergonhada.

— Você é a noiva do meu irmão, isso é incrível.... Mas Natalie não terminou de falar sua mãe a repreendeu firmemente.

— Vá sentar agora Natalie, estamos começando o casamento.

— Madame.... James disse chamando atenção de todos, Cora virou para ouvir o que ele tinha a dizer.

— Qual o teor da sua interrupção James.

Ele sabia que estavam sendo intrometido, mas ele precisava relatar.

— Perdoe madame, mas o jovem King, ainda não chegou.

Pegos de surpresa todos olharam para frente onde ele deveria estar, mas lá estava somente o padre com olhar de sem saber o que fazer.

— ONDE ESTÁ GAEL!!!!! Cora gritou e seu grito ecoou pelo jardim e pela casa, era assustador e Lena tremeu de medo.

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