Um Mafioso Dominador em Minha Vida

Um Mafioso Dominador em Minha Vida

June Santiago

Sou June Santiago e vivo na Espanha desde que nasci, meu pai me criou para servir e da forma que me senti útil foi estudando para ser enfermeira, ele não me deixou ir para escola alguma depois de formada e sabia que se não aprendesse poderia acabar servindo da forma que me mataria.

Vivemos sob o domínio apavorante de Arthur Lopez, ele tem dois filhos Suzan e Carlo, mas nós que não queremos cair nas garras desses homens loucos e dominadores ficamos dentro se casa e é isso que eu faço, limpo minha casa, arrumo as coisas do meu irmão e do meu pai, minha mãe cozinha e me ajuda a ficar estudando, agora só com os livros eu já consigo fazer muita coisa e passo as tardes estudando e por ser inteligente já consigo atuar em pontos, cortes, estancar sangramento, casos de doenças e coisas mais graves, meu pai é dono de um bar e no lugar tem um tatame, então algumas vezes tem lutas lá e quando acontece eu tenho serviço.

Meu sonho era casar e constituir uma família, eu sei que na minha situação é pouco provável, meu pai é um homem fiel e meu irmão vive com muitas mulheres, ele disse que logo terei que casar e que vão arrumar o cara ideal para mim.

__ Não entendem que assim me mataria? — questiono e eles resmungam.

__ June não vivemos um conto de fadas, claro que nunca te daremos a qualquer um, mas pode ser que não ame a nossa escolha, não inicialmente, sua mãe foi entregue a mim com 18 anos e não sentia nada por mim, hoje nos entendemos muito bem — percebi que meu pai não usou a palavra amor e isso me deixou tensa, sempre os vi se tratando bem, mas será que não se ama?.

__ Isso é assunto para mais um ano, não se preocupe minha filha, não será agora, e vamos logo Ícaro, hoje Carlo e Suzan vão treinar soldados lá no bar — falou ele e saíram os dois, aproveitei que minha mãe estava sozinha ao meu lado e a perguntei:

__ Mãe, eu posso te perguntar uma coisa? — questionei e ela lavando a louça sem me dar muita atenção assentiu com um movimento de cabeça.

__ Você e o pai se amam? — quando me ouviu ela se virou e suspirou, secou as mãos e me disse:

__ Filha, nos damos muito bem, eu não preciso trabalhar e consegui cuidar de vocês dois direito, não quero que crie expectativas referentes a palavra amor, ele não é o que parece, os homens daqui são fiéis somente a família que domina a cidade, nunca vi nem soube de traição do seu pai, mas sei que todos eles traem, o seu pai gosta de mim, do jeito dele, mas gosta e acredito que sua forma de mostrar isso seja justamente ser o nosso provedor e no mais só vive para honrar a família Lopez, aquele maldito Arthur, aquele infeliz deseja meninas e as leva e seu pai jurou que nunca deixaria isso acontecer, agora vá estudar, enfermeira sem formação precisa estar atenta a cada detalhe e viver com a cara nos livros — ela falou me despachando para o quarto e voltando aos seus afazeres, subi e quando vi meu quarto tão infantil e simples me sentei e me perguntei que tipo de vida eu teria, será que um dia seria amada por alguém?

__ Hija, venha até aqui — chamou minha mãe e larguei os livros, desci a escada e me apresentei.

__ Sim mãe — respondi.

__ Vá até o bar, o senhor Carlo se machucou, foi atacado por um soldado, corre lá que seu pai mandou chamar — quando escutei isso corri até o quarto e peguei o que seria necessário, não imaginava como seria encontrar o temido Carlo Lopez, mas não negava as poucas oportunidades que apareciam para atender alguém, nós moramos na casa atrás do bar e dificilmente eu ou minha mãe vamos ali, a clientela do bar é meio estranha e assustadora e quando tinham essas confusões além de quebrar o bar eu tinha que resolver a parte médica.

Peguei tudo e rapidamente segui para o bar, quando cheguei meu irmão me atendeu na porta de trás e me deu a mão, dessa forma os homens não falavam nada e apesar de me assustarem demais foquei em ajudar quem precisava, ao chegar ali no tatame vi um homem morto e o outro sentado, me aproximei e por um instante perdi a linha com tamanha beleza, será que esse é Carlo? Me questionei.

__ Oi tudo bem? Sou June Santiago e vou cuidar de você — falei e ele ergueu a camisa, o homem tinha enfiado nele um caco de vidro que com certeza o faria levar pelo menos 10 pontos, aquele homem era tão lindo que me fez perder a cabeça várias vezes enquanto ele olhava fixamente em meus olhos, mas tratei de o atender e finalizar logo ali, aí dei algumas orientações e segui para perto do meu irmão, ele me chamou e o encarei mais uma vez.

__ Espere, pelo seu trabalho será recompensada, Suzan pague a moça e vocês seus animais parem de secar a menina — falou e todos se ausentaram, o homem que ele falou me entregou um maço de dinheiro e meu irmão me levou para a porta de trás mais uma vez, ao me dar o dinheiro fez com que meu pai não o dissesse nada e nem Ícaro, também não se despediram de mim e voltei para meu lugar devido, a casa.

__ Como foi? — questionou minha mãe aflita, fechando a porta atrás de mim.

__ Bem mãe, o corte era profundo, levou 10 pontos, ele me pagou mãe, olha — falei mostrando o valor e minha mãe sorriu,dei a ela o dinheiro para que fizesse o que achava necessário e voltei a estudar, mas sem nenhuma concentração, minha mente estava naquele olhar assustador e penetrante, Carlo Lopez, sortuda é a mulher que tem seu coração, se é que ele não é como a minha mãe disse, um homem infiel que vive da máfia.

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Comments

Ivanilde Serra

Ivanilde Serra

Isso é vida?

2024-11-21

0

Silvaneide Ágatha

Silvaneide Ágatha

somos duas 😍

2024-10-29

0

Silvaneide Ágatha

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Será ?

2024-10-29

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